Herdeiro de respeitável saga familiar dedicada à vida associativa Luiz Eduardo Guião, desde 2016 presidente da Assobrav, que reúne os concessionários Volkswagen no Brasil, tem boas notícias para a rede neste fim de ano:
- já há entendimento fechado com a Volkswagen a respeito da devolução do IPI retido pela empresa. Resta, agora, decisão junto ao STF para modular a ação e tê-la transitado em julgado; e
- já existe negociação avançada com o novo presidente da Volkswagen, Pablo Di Si, visando a entendimento com relação às vendas diretas de veículos.
“Temos buscado, e continuaremos buscando, sempre, em conjunto com a Volkswagen, a melhor alternativa para os interesses da rede. O caso do IPI, por exemplo, é um caso resolvido que quase só depende da burocracia, de um recurso para o âmbito de decisão.”
Guião é filho de pioneiro presidente da Assobrav, Ruy Flávio Chúfalo Guião, e sobrinho de igualmente pioneiro presidente da Acav, que representa os concessionários de caminhões e ônibus Volkswagen, Augusto Penna de Barros Cruz. No negócio da família, o Grupo Santa Emília, de Ribeirão Preto, SP, conheceu todos os desvãos das atividades, e na própria entidade desde há muito tempo integrou-se ao mundo dos jovens sucessores. Na presidência sucedeu a Sérgio Reze, hoje diretor executivo do Grupo Disal.
Reeleito recentemente montou a mais jovem diretoria da história da Assobrav, composta também de mulheres e de um jovem sucessor – de certa forma sua gestão começa, mesmo, nos primeiros dias de janeiro, depois de dois anos que misturaram pequenos incêndios, como falta de produtos por falta de fornecimento de peças e componentes.
O Jovem Guião reconhece que esses últimos anos foram de crise para a rede Volkswagen, “uma crise profunda”, que afetou confiança e, particularmente, a rentabilidade.
Ele considera, também, que as vendas diretas efetuadas pela Volkswagen, objeto de muito questionamento, ofendem alguns princípios da Lei 6 729 reformada e personificam “assunto muito sério”, mas acredita que a porta aberta com o novo presidente da Volkswagen também levará essa negociação a porto seguro para todos.
“Realmente é difícil conviver com descontos que extrapolam as nossas próprias margens de rentabilidade.”
Guião recorda que, no caso da Rede Volkswagen, cerca de 25% das vendas diretas – coisa de 47,9% de suas vendas totais até outubro, que somaram 220 mil 212 unidades, de acordo com dados do Renavam – são realizadas para pequenos negócios, pequenas empresas e microempresas, taxistas, pessoas com necessidades especiais.
“Acredito que 2018 venha a ser um ano realmente útil para os negócios Volkswagen e para a Rede Volkswagen, e confio muito no nosso novo portfólio, com Polo e Virtus à frente.”
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