Exportações de veículos refletem em recorde da balança comercial de 2017

A balança comercial de 2017 fechou o ano com saldo de US$ 67 bilhões, o maior resultado desde o início da série histórica do País, iniciada em 1989. Ainda que a marca tenha sido atingida por meio das exportações de produtos primários ligados ao agronegócio, o setor industrial, principalmente fabricantes de veículos e peças, teve participação relevante no computo final dos dados. Também pudera – nunca se exportou tantos veículos made in Brazil como no ano passado.

 

Segundo dados do MDIC, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, as exportações totalizaram US$ 217,7 bilhões em 2017, com alta de 18,5% sobre 2016 pela média diária, o primeiro crescimento após cinco anos. A alta do ano passado, no entanto, foi insuficiente para retomar o recorde de exportações registrado em 2011, quando somaram US$ 256 bilhões.

 

Do total exportado no ano passado, US$ 6 bilhões 669 milhões 802 mil foram gerados a partir dos embarques de veículos de passageiros. A receita supera em 42% a obtida em 2016, e o produto foi o quinto principal em termos de receitas, sendo responsável por uma fatia de 3% da balança. Partes e peças de veículos trouxeram aos cofres do País US$ 2 bilhões 144 milhões 382 mil, alta de 15,5% ante 2016.

 

As exportações de motores brasileiros responderam por US$ 1 bilhão 772 milhões 222 mil 440 no valor total gerado com o comércio exterior, 10,6% mais que no acumulado de 2016. Alta também na receita conseguida com a venda de chassis: US$ 1 bilhão 73 milhões 613 mil 345, expansão de 18,4%. Os embarques de ônibus renderam US$ 282 milhões 474 mil 191, crescimento de 21,3%.

 

Importações – O reaquecimento da economia também fez as importações subirem no ano passado. As compras do exterior somaram US$ 150,7 bilhões em 2017, com alta de 10,5% sobre 2016 pela média diária, o primeiro crescimento após três anos. As importações de combustíveis e lubrificantes aumentaram 42,8%. As compras de bens intermediários e de consumo subiram 11,2% e 7,9%, respectivamente. Somente as importações de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) caíram 11,4% em 2017.

 

O ministro do MDIC disse que os dados apontam para a retomada do crescimento da economia brasileira: “Em 2016, as exportações tinham caído 3,5% e as importações tinham caído 20%. No ano passado, houve uma diferença brutal, com crescimento das exportações e também das importações. Os economistas leem esses dados como sinal da recuperação da economia”.

 

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Rota 2030 só depois da Reforma da Previdência

Sem acordo entre os ministérios da Indústria e Comércio e da Fazenda, o Rota 2030, novo regime automotivo, segue sem data para entrar em vigor e só deve voltar a ser discutido pelo governo em fevereiro, depois da Reforma da Previdência. O Rota 2030 deveria suceder o InovarAuto, que vigorou até o dia 31 de dezembro. De lá para cá, o País segue sem plano para o setor automotivo.

 

O principal impasse para a entrada em vigor do novo regime automotivo está na renúncia fiscal para o setor, estimada em R$ 1,5 bilhão ao ano. Com queda na arrecadação nos últimos anos devido à crise financeira, a Fazenda não quer abrir mão deste valor.

 

Além disso, com o argumento de que é necessário equilibrar as contas, o governo tenta aprovar no Congresso Nacional a Reforma da Previdência e liberar qualquer tipo de incentivo ou renúncia fiscal antes desta aprovação pode interferir na negociação com os parlamentares.

 

Para o professor dos MBAs da FGV e coordenador do MBA Executivo em Administração: Gestão de Empresas da Cadeia Automotiva, Antonio Jorge Martins, a decisão de deixar a discussão do Rota 2030 para depois da Reforma da Previdência é estratégica:

 

“Primeiro o governo precisa minimizar o impacto da crise, com a Reforma da Previdência, para depois falar em renúncias e incentivos. Acho que foi uma decisão estratégica e fiscal.”

 

Procurada a Anfavea informou que o presidente Antonio Megale só falará sobre o assunto na sexta-feira, 5, durante a coletiva para apresentar o balanço de 2017 do setor. Informou, no entanto, que a posição da entidade é de que o setor terá que esperar até fevereiro para aprovação da Reforma da Previdência, para depois o governo aprovar o Rota 2030.

 

E disse que, dos nove pilares principais que foram defendidos pela Anfavea ao longo dois oito meses de reuniões para definição do programa, alguns já estão certos, como o de apoio aos fornecedores, inspeção técnica dos veículos e reforma trabalhista. Outros devem ser definidos nos próximos dias, como o dos investimentos em P&D e metas de eficiência energética para os próximos anos. 

 

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Grupo PSA: Carlos Gomes deixa cargo no Brasil para assumir a China

A partir de 1º de fevereiro, mudanças acontecerão no comitê executivo do Grupo PSA para beneficiar o plano estratégico Push to Pass, com foco no crescimento na China e na reconstrução dos fundamentos econômicos da Opel Vauxhall. Carlos Gomes, que era presidente do grupo no Brasil e na América Latina, será vice-presidente executivo da China e da região Asean, em sucessão a Denis Martin, que decidiu focar em projetos pessoais fora do grupo.

 

Carlos Gomes, que ganhou o prêmio de Personalidade do Ano, da Agência AutoData, nos anos de 2012 e 2017, usará experiência adquirida na região para dar um novo impulso nos negócios e questões estratégicas do grupo na China e na Ásia. Enquanto isso, para Brasil e América Latina, Patrice Lucas será o novo vice-presidente, responsável por explorar o crescimento do grupo na região, respondendo pelas áreas de P&D, vendas e atividades industriais.

 

E as mudanças continuam com Brigitte Courtehoux integrando o comitê executivo e tornando-se vice-presidente executiva de serviços de mobilidade e conectividade, substituindo Grégoire Olivier, que foi nomeado secretário-geral e sucede Olivier Bourges, que é o novo vice-presidente executivo de programas e estratégia, no lugar de Patrice Lucas, que assumiu o Brasil e a região da América Latina.

 

Xavier Chéreau assumirá o cargo de vice-presidente executivo de recursos humanos, encarregado da gestão da transformação da empresa com a responsabilidade do gerenciamento digital, da gestão imobiliária, além do comitê de custos fixos pelo qual é responsável.

 

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Mercedes exporta 115 caminhões para o Chile

A Mercedes-Benz do Brasil realizou a venda de 115 caminhões Atego 1729, com câmbio automático, para coleta de lixo nas empresas do Chile. São 75 unidades para a Starco Demarco, que utilizará os veículos em serviços urbanos em Antofagasta, Los Ángeles e Vitacura, e 40 unidades para a Veolia, para operações em Maipú.

 

De acordo com Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina, essa venda reafirma a importância do mercado chileno para as exportações de veículos comerciais da empresa:

 

“O Chile é o segundo principal comprador de caminhões e chassis de ônibus que produzimos aqui no País, atrás apenas da Argentina. Na América Latina, também se destacam o Peru e o Equador”.

 

Entre janeiro e novembro do ano passado, a Mercedes-Benz do Brasil exportou 859 caminhões para o Chile, o que significa um crescimento de 44% em relação ao mesmo período de 2016. Nos onze meses de 2017, também comercializou 1.261 chassis de ônibus, aproximadamente 18% a mais em comparação com o ano anterior.

 

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Banco Mercedes-Benz fecha contrato de R$ 80 milhões pelo Refrota

O Banco Mercedes Benz financiará R$ 80 milhões para a VIP Transportes Urbanos, empresa que atua na cidade de São Paulo, visando a viabilização da compra de 112 ônibus.

 

A negociação foi realizada por meio do Refrota 17, sigla para Renovação de Frota do Transporte Público Coletivo Urbano, que tem o objetivo de financiar a compra de cerca de 10 mil ônibus. Para essa iniciativa, o governo federal destinou R$ 3 bilhões para o ano de 2017, valores que fazem parte da captação dos recursos do FGTS.

Podem participar empresas do setor privado, denominadas concessionárias ou permissionárias, que trabalham com transporte público coletivo urbano. O programa contempla veículos do sistema de transporte sobre pneus: micro-ônibus, miniônibus, midiônibus, ônibus básico, padron, articulado e biarticulado. De acordo com o Ministério das Cidades, hoje o sistema de transporte coletivo conta com 107 mil ônibus e mais de 30 milhões de usuários por dia.

SP libera R$ 21,8 milhões para renovação de frotas

O governo de São Paulo anunciou no fim de dezembro, no Palácio dos Bandeirantes, a concessão de dez novos financiamentos para prefeituras por meio da Desenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista.

 

No total, R$ 21,8 milhões serão investidos na renovação da frota de veículos municipais para modernizar a prestação de serviços públicos e em obras de infraestrutura voltadas à melhoria da qualidade de vida da população, como o recape de ruas e avenidas e a construção de uma arena multiuso para a realização de eventos esportivos e culturais.

 

O primeiro anúncio foi referente à assinatura dos primeiros oito contratos de financiamento, no valor de R$ 3,2 milhões, do Programa Frota Nova Municípios. Administrado pela Casa Civil e operado pela Desenvolve SP, o programa financia, a juro zero, a renovação de veículos utilizados para a prestação de serviços públicos, como ambulâncias, ônibus escolares, viaturas, tratores, escavadeiras, retroescavadeiras, caminhões basculantes, pipas e de coleta, entre outros.

 

De acordo com as condições do programa, o prazo é de até seis anos para pagar, incluso seis meses de carência, e as prefeituras ficam isentas da taxa de juro, equalizada pelo governo paulista, pagando apenas a amortização do valor principal, atualizado pelo IPCA. Em caso de inadimplência, os juros cobrados por parcela em atraso são de 9,5% ao ano. O limite máximo de financiamento é de R$ 500 mil por município.

 

Os outros R$ 18,6 milhões anunciados serão destinados para obras de infraestrutura. Os recursos serão financiados diretamente pela Desenvolve SP, por meio de linhas de crédito próprias da instituição, que pratica taxas juros a partir 0,60% ao mês, atualizada pelo IPCA.

 

Foto:  Fernando Pereira / ASCOM- PMSP.

Ministro que coordenava Rota 2030 pede demissão

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, pediu demissão na quarta-feira, 3, em carta entregue ao presidente da República, durante reunião no Palácio do Planalto. O ministro foi o principal articulador do programa Rota 2030, que sucederá o Inovar-Auto, durante os oito meses de reuniões da indústria automotiva com o governo e que não foi aprovado pelo Ministério da Fazenda – agora o programa vai ter que esperar a aprovação da Reforma da Previdência, em fevereiro, para voltar à pauta.

 

Na carta, Pereira explica que deixa o cargo para se dedicar a questões pessoais e partidárias, já que é presidente licenciado do PRB e pode disputar cargo eletivo na próxima eleição. O Palácio do Planalto não comentou o pedido de demissão.

 

Em comunicado publicado em suas redese sociais, o ex-ministro fez um balanço de suas ações durante a gestão do ministério, iniciada em maio de 2016, destacando que: “Assumimos um governo falido, despedaçado, com todos os índices econômicos negativos e sem perspectiva de melhora de vida” e que o governo enfrentou os desafios e o País “encontrou seu curso novamente”.

 

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Automóveis: a arquitetura dos grandes impérios.

Faz anos que as Três Grandes de Detroit – Chrysler, Ford e General Motors – deixaram de ser tão grandes no panorama mundial de veículos. Players inesperados adentraram no jogo e alteraram as grandezas então aceitas. Hoje, como recorda série publicada nos últimos dias de 2017 pelo Flash de Motor, de Caracas, Venezuela, o Grupo Toyota, do Japão, é o líder mundial de produção e de venda de veículos.

 

Além da própria Toyota o grupo é composto pelas divisão Daihatsu e pela premium Lexus. As outras divisões, Hino e Scion, foram, digamos, desconectadas.

 

O segundo lugar é do Grupo Volkswagen, da Alemanha, guarda-chuva que abriga as marcas Audi, Bentley, Bugatti, Lamborghini, Porsche, Seat, Skoda e Volkswagen.

 

Ainda é cedo para saber qual o ranking definitivo de 2017 mas uma de suas surpresas certamente será a posição da Aliança Renault Nissan, da França e do Japão, idealizada por Carlos Ghosn, que integra oito marcas: as próprias Renault e Nissan mais Mitsubishi, Samsung Auto, Alpine, Datsun, Lada e Dacia. Infiniti.

 

Quem sabe virá, a seguir, a outrora toda poderosa General Motors – hoje Company e não mais Corporation – , dos Estados Unidos, que reúne as marcas Buick, Cadillac, Chevrolet, GMC e, na China, Bajoun e Wuling. Mantém fortes laços com Suzuki, que até agora não se integrou ao grupo.

 

Outra antiga gigante, a Ford, dos Estados Unidos, opera com as divisões Ford, Lincoln e Troller.

 

Nessas cercanias estará o Grupo Hyundai, da Coréia do Sul, que inclui 55% do controle acionário da Kia. Pouco representativo até há cinco, seis anos, o grupo ganhou destaque mundial e criou recentemente sua divisão premium, a Genesis.

 

A Honda, do Japão, que mantém uma divisão de luxo, a Acura, é outra companhia que não pode ser esquecida.

 

Na Alemanha fortalece-se, sempre, o Grupo Daimler Benz, titular de alianças externas bem sucedidas – com a Renault Nissan, por exemplo. Mantém a AMG na área de grande rendimento, sua marca geral Mercedes-Benz e a Smart.

 

Da mesma forma como Carlos Ghosn Sergio Marcchione consolidou aliança – de europeus de nome Fiat com estadunidenses de nome Chrysler na FCA, Fiat Chrysler Automobiles, o Grupo FCA, que mantém as marcas Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Dodge, Fiat, Jeep, Lancia e Maserati.

 

Prestígio e não altos resultados de receita e de produção ainda são segredo do Grupo BMW, da Alemanha, que se esforça muito por manter sua independência. Produz veículos de alta qualidade e de grande conteúdo tecnológico: BMW, Mini e Rolls Royce.

 

E há lugar ao sol para o Grupo PSA, da França, particularmente depois de ter adquirido da General Motors marcas e ativos Opel, da Alemanha, e Vauxhall, da Inglaterra – que se somam a Citroën, a Peugeot e a DS.

 

Nesse pequeno mapa da arquitetura atual da indústria do automóvel há espaço, ainda, para os grandes esforços desenvolvidos principalmente na Índia pela Tata, que reúne as marcas Tata, Land Rover, Rover e Jaguar, que traz consigo a Triumph.

 

Na China o destaque é a Geely, que cresce sem parar e que também administra a Volvo.

 

Ferrari e McLaren Automotive seguem independentes, assim como Aston Martin e Subaru não querem integrar lista que tem Hummer e Saab.

 

A título de curiosidade: há, ainda, a Nevs, da China, e a Tesla, dos Estados Unidos.

 

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JAC: vendas crescem 40,2% em 2017

A JAC Motors aproveitou a recuperação do mercado no ano passado e registrou aumento de 40,2% nas vendas na comparação com 2016, emplacando 3 mil 823 unidades. No mês de dezembro as vendas da empresa cresceram 27,4% com relação ao mesmo mês do ano anterior, com 641 unidades emplacadas.

 

Apostando no crescimento do setor em 2018 e beneficiada pelo fim do Inovar-Auto, que limitava as cotas de importação para empresas que não produzem no Brasil, a JAC prepara quatro ou cinco lançamentos para o ano, incluindo novo SUVs, uma picape e uma van: “Estimamos dobrar nossas vendas em 2018 com relação ao que comercializamos em 2017”, disse Sergio Habib, presidente da empresa.

 

Para Habib, a grande responsável pela recuperação do mercado foi a taxa Selic: “A queda sucessiva na taxa de juros em 2017 ampliou sensivelmente o volume de negócios. Prestação mais baixa aumenta venda. É simples”. O executivo utilizou a sua rede de concessionárias para exemplificar a recuperação: “Em março de 2017, um cliente disposto a adquirir um T5, com valor aproximado de R$ 70 mil, dando 30% de entrada e financiando o saldo em 48 vezes, arcava com um prestação mensal de R$ 1.477. Em dezembro, no entanto, o mesmo modelo de negócio já rendia um pagamento mensal de R$ 117 a menos”.

 

A expectativa do executivo para o ano é de 15% de crescimento da indústria: “Teremos uma Selic de 7% não somente no finalzinho do ano, como foi em 2017, mas a tendência é que prevaleça essa taxa durante 2018 inteiro. E há muito represamento de consumo. Há milhares de brasileiros que compraram carros em 2012, 2013 e 2014 que queriam trocar por um zero km em 2017, mas ficavam receosos com o custo do crédito. Eles vão comprar agora”.

 

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JCB do Brasil anuncia diretor de pós-vendas Brasil e América Latina

A JCB do Brasil anuncia esta quarta-feira, 20, a contratação de Cleber Carvalho como diretor de pós-vendas Brasil e América Latina.

Responsável pela gestão nacional e latino-americana, Carvalho tem como principal missão fortalecer o dia a dia na rede de Distribuidores JCB, garantindo o atendimento de primeira linha e excelentes índices de suporte e tempo de resposta aos clientes. Com grande vivência no setor de automóveis e bens de capital, principalmente em máquinas de construção, o executivo é formado pela Unesp em engenharia mecânica e mestre em estratégia de negócios pela Universidade Positivo.

Para José Luis Gonçalves, presidente da JCB Latam, “a chegada de Cleber ao time JCB vem de encontro à estratégia de oferecermos o melhor atendimento e garantirmos a satisfação completa de nossos clientes. Com sua visão e conhecimento trabalharemos para identificar oportunidades de entregar uma experiência ainda melhor aos nossos clientes, em total alinhamento com nossos distribuidores”.