Vendas de implementos diminuem 2,4% em 2017

É verdade que foi anotada, no ano passado, a recuperação do setor de caminhões – mas a indústria de implementos rodoviários fechou 2017 com retração de 2,4%: foram vendidas 60 mil 497 unidades ante 61 mil 996 no mesmo período do ano anterior, segundo os dados divulgados pela Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, na segunda-feira, 8.

 

A queda foi justificada pelo seu presidente, Alcides Braga, “à medida que não conseguimos zerar as perdas por causa do comércio urbano, que ainda não respondeu à onda de recuperação da economia. A recuperação do segmento de carroceria sobre chassis depende do resultado das vendas do comércio de varejo e do desempenho de micro e pequenas indústrias que geram muita carga própria”.

 

O setor leve, de carroceria sobre chassis, citado pelo presidente, entregou 35 mil 569 unidades ante 38 mil 809 em 2016, queda de 8,35%, o que já era esperado pela Anfir, que acredita na recuperação deste setor este ano mas depende da retomada da economia no mercado de varejo. No ano passado os segmentos que registraram as maiores quedas foram: betoneira -42,23%, basculante -23,24%, baú lonado -21,39%.

 

Os demais segmentos apresentaram queda abaixo de 10%, próxima da retração do setor.

 

Pesados em alta

 

Nem toda a indústria de implementos rodoviários encerrou 2017 com queda, caso do segmento pesado, reboques e semirreboques, que comercializou 24 mil 928 unidades ante 23 mil 187 em 2016, alta de 7,5%. De acordo com Braga “a recuperação do segmento pesado representou para a indústria um momento importante em 2017”.

 

Os segmentos que registraram a maior alta foram tanque alumínio 136%, baú lonado 49,3%, dolly 32,4% e baú frigorífico 30,78%. Apesar da alta alguns segmentos não acompanharam o crescimento, como o canavieiro -28,5%, silo -24,3% e especial -21,4%.

 

Para 2018 a Anfir espera que o segmento continue crescendo, “pois deveremos ampliar esse resultado acompanhando a recuperação da economia, que também deverá trazer o setor leve para o desempenho positivo”.

VW e Hyundai fecham parceria com Aurora Innovation por veículo autônomo

O Grupo Volkswagen e a Hyundai estabeleceram parceria com a Aurora Innovation, startup focada em carros autônomos com escritórios na Califórnia e na Pensilvânia, Estados Unidos, para o desenvolvimento dos seus primeiros veículos autônomos, que devem chegar ao mercado em 2021, de acordo com as informações divulgadas pelo site Flash de Motor, de Caracas, Venezuaela.

 

A parceria foi fechada em 2016 mas divulgada apenas no começo deste ano, pois os primeiros testes de veículos foram realizados no fim do ano passado e prosseguirão este ano. A Hyundai testará a tecnologia num futuro SUV, que será lançado com motor movido a hidrogênio, e a VW não revelou qual modelo será usado para testar essas novas tecnologias.

 

Os dirigentes da Aurora Innovation são Chris Urmson, ex-funcionário da divisão de carros autônomos do Google, Sterlin Anderson, ex-diretor da Tesla, e Drew Bagnell, ex-chefe de autônomos do Uber.

TMD Friction anuncia Edílson Jaquetto como novo presidente

A TMD Friction do Brasil, fabricante de pastilhas e lonas de freio para o mercado original e detentora da marca Cobreq, fabricante dos mesmos itens para o mercado de reposição, anunciou Edílson Jaquetto como seu novo presidente.

 

Ele é formado em química com especialização em engenharia de produção e estratégia de empresa e começou sua carreira profissional em 1989, como operador de máquinas, na própria Cobreq, e logo após assumiu o cargo de técnico em pesquisa e desenvolvimento.

 

De 1999 a 2001 Jaquetto trabalhou na Espanha como gerente de pesquisa e desenvolvimento da TRW/REMSA. Voltou ao Brasil para assumir a gerência de pesquisa e desenvolvimento da TMD Friction, ascendendo para o cargo de diretor geral da unidade de negócios OE e, agora, à presidência da empresa.

Anúncio do Rota 2030 fica para depois. E isso não é um problema.

Considerado o marco mais importante para a indústria automotiva ter uma perspectiva de futuro no País, definindo assim as estratégias de longo prazo das empresas, o Rota 2030 acabou não saindo no tempo inicialmente projetado, em agosto, tampouco nos últimos dias de 2017. A decisão de não referendar uma nova política automotiva para o País partiu única e exclusivamente do governo federal, que neste momento dá prioridade para as negociações políticas em torno da reforma da previdência para, depois, pensar em outros projetos.

 

Inicialmente toda a cadeia automotiva esteve engajada em reuniões e negociações complexas envolvendo diversos ministérios, no intuito de construir um marco robusto e que daria a tão desejada previsibilidade para os negócios. No entanto, após meses de exaustivas reuniões em Brasília, DF, surgiram as primeiras declarações de representantes do ministério da Fazenda refutando uma proposta de renúncia fiscal e um suposto embate dessa pasta com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que liderou todas as tratativas do Rota 2030. Nesse momento o setor automotivo deixou, aos poucos, de enfatizar a importância da entrada em vigor do novo programa em 1º de janeiro de 2018.

 

De fato, segundo Antonio Megale, presidente da Anfavea e o principal interlocutor com o governo, há um sentimento de frustração no ar por não ter sido cumprido o cronograma. Mas isso não é o fim do mundo. “Seria importante aprovar um marco regulatório apontando as prioridades para a indústria no longo prazo. Porém, o adiamento não torna inexequível as estratégias das empresas nem compromete o futuro da indústria no curto prazo”.

 

Na prática não será um problema para o setor ficar sem um norte com relação à política automotiva do Brasil nesses primeiros dias/meses de 2018. As alíquotas do IPI retornam aos patamares de 2011 – não há penalidades como os 30 pontos porcentuais adicionais do Inovar-Auto –, pelo menos neste momento, e também caiu a principal proteção do mercado aos importados: as cotas de volumes de importação. Ou seja, todas as empresas poderão trabalhar as vendas sem qualquer restrição ou contrapartidas.

 

Quando? – Megale acredita que o Rota 2030 será aprovado após a votação da reforma da previdência, a maior preocupação do governo federal, que é esperada para 19 de fevereiro. “A prioridade é com o ajuste das contas no longo prazo, por isso, na visão deles [governo] a reforma da previdência tem que vir primeiro”.

 

Entretanto, executivos consultados por AutoData – que pediram para não serem identificados – levantam dúvidas sobre a entrada em vigor do Rota 2030 ainda em 2018. O argumento é simples: mesmo com a estabilidade econômica este é um governo com baixa popularidade e claramente com foco em temas de interesse político. A avaliação é de que não há vantagens [políticas] em aprovar uma política industrial exclusiva para um setor que esteve intimamente atrelado a administrações anteriores. Isso poderia gerar mais rejeição. Assim, não seria um absurdo deixar a definição de nova política industrial para o próximo mandatário.

 

Curioso é que o próprio presidente da república afirmou diante dos presidentes das fabricantes de veículos, segundo Antonio Megale, que o Rota 2030 sairia ainda em 2017, no máximo, antes da desincompatibilização dos ministros que concorrerão nas próximas eleições.

 

Alguns presidentes das empresas do setor – sobretudo os estrangeiros – estão perplexos com a falta de comprometimento do governo brasileiro. Antonio Megale, já escolado, no entanto, minimiza o ocorrido: “É importante ressaltar que os quadros técnicos dos ministérios que trabalharam na elaboração dos pilares do Rota 2030 ainda estarão em seus postos este ano. Dessa forma, o risco de alterações substanciais é pequeno. Basta uma assinatura dos novos ministros para o programa entrar em vigor”.  

 

Com a debandada já confirmada nos últimos dias e o provável desligamento do ministro da Fazenda até abril, não restará mais líderes no atual governo que participaram das negociações do Rota 2030. E a sintomática falta de continuidade de programas criados por ex-gestores no setor público coloca mais uma interrogação na esperança do Rota vingar ainda este ano.

 

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Consumidor confiante elevará vendas de carros em 11,7%

As vendas de veículos leves, categoria que engloba automóveis e comerciais leves, fecharam 2017 com a marca de 2 milhões 175 mil 987 unidades, volume que representou crescimento de 9,4% sobre os licenciamentos feitos em 2016. De acordo com a Anfavea, que apresentou o balanço do ano passado na sexta-feira, 5, o crescimento se deu pela retomada do crédito e a redução do desemprego, que possibilitou a realização de financiamentos por um consumidor mais confiante. Dados da entidade mostraram que a média de financiamentos nas vendas foi de 50%.

 

Os automóveis responderam por 1 milhão 856 mil 97 unidades do total vendido pelo setor ano passado, alta de 9,9% frente o acumulado de 2016. O modelo Chevrolet Onix, da General Motors, foi o carro mais vendido no País, alcançando a marca da 188 mil 654 unidades. As vendas do modelo consolidaram a GM como líder do mercado ano passado –  no total, a empresa vendeu aqui 348 mil 829 veículos, segundo dados do Renavam.

 

De acordo com Antônio Megale, presidente da Anfavea, o otimismo do consumidor deverá manter o crescimento das vendas de automóveis em 2018. Ainda que os veículos considerados de entrada pelas montadoras tenham sido os mais vendidos no País no período, a entidade espera que a alta de 11,7% projetada para o ano seja viabilizada pelas vendas de SUVs e sedãs:

 

“Uma categoria que pode impulsionar as vendas de veículos este ano é a dos automóveis sedãs, porque aumentou o número de modelos que concorrem neste segmento que andou esquecido”. De fato, o número de sedãs no mercado brasileiro com a chegada dos modelos Volkswagen Virtus e Fiat Cronos, com vendas projetadas para começarem este ano e, mais para adiante, a do Toyota Yaris. “Ainda que tenham sido lançados também modelos compactos, que têm grande penetração na base de clientes, os sedãs devem movimentar o mercado e refletir positivamente nas vendas”.

 

Seguem a GM em maiores volumes de vendas as feitas pela FCA, segunda empresa que mais emplacou veículos ano passado, chegando a 261 mil 72 unidades. O volume, que representa alta 4,4% ante o desempenho comercial de 2016, inclui as vendas dos veículos Fiat, 172 mil 361 unidades, e Jeep, 88 mil 201 unidades.

 

Estes últimos, especificamente os modelos Renegade e Compass, permitiram ao grupo terminar o ano com um indicador positivo em meio às suas demais das marcas. Os emplacamentos de ambos foram 49,4% maiores no ano passado que em 2016. Desempenho importante da marca também foi na categoria de comerciais leves – as vendas do modelo Fiat Toro levou a empresa a terminar como líder no segmento. Foram 118 mil 986 unidades vendidas, mais da metade das vendas de toda a categoria em 2017: 317 mil 369, alta de 6,7% ante acumulado de 2016.

 

Combustível – Os flex fuel representaram 88,6% das vendas totais de automóveis ano passado, 1 milhão 927 mil 224 unidades. Os movidos apenas a gasolina responderam por uma fatia de 3,2% das vendas, 68 mil 900 unidades.  Os veículos híbridos fecharam o ano com vendas da ordem de 3 mil 296 unidades e representam 0,2% do mercado de automóveis.

 

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Volkswagen exporta mais de 160 mil veículos em 2017

A Volkswagen encerrou 2017 com 163 mil 306 veículos exportados para 15 países, sendo que em 2016 o volume foi de 107 mil 322 veículos, alta de 52,16%. O Gol foi o modelo mais exportado, com 73 mil 848 unidades embarcadas.

 

O país que mais recebeu carros da Volkswagen foi a Argentina, com 93 mil 891 unidades, onde a empresa foi líder de mercado em 2017, pela 14ª vez consecutiva. Pablo Di Si, presidente e CEO da VW na América do Sul e Brasil, comentou o desempenho:

 

“O ano de 2017 já foi bastante positivo e a Volkswagen foi o motor das exportações do setor automotivo brasileiro. Como maior empresa nesse segmento, apresentou um desempenho muito forte, fruto da estratégia de regionalização das suas operações na América do Sul, Central e Caribe”.

 

A Volkswagen é uma das maiores exportadoras de veículos do Brasil, com mais de 3,6 milhões de unidades embarcadas a 147 países desde 1970.

 

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Produção de veículos sobe 25,2% em 2017

A produção de veículos fechou 2017 com alta de 25,2% na comparação com 2016, atingindo 2 milhões 699 mil 672 unidades entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Na comparação com novembro, houve crescimento de 6,9%. Os dados foram divulgados na sexta-feira, 5, pela Anfavea.

 

O setor de máquinas agrícolas e rodoviárias, por sua vez, ficou praticamente estável no ano passado na comparação com o ano anterior, com elevação de 1,8%, com a produção de 54 mil 988 unidades em 2017.

 

Para o presidente da Anfavea, Antonio Megale, os números do ano passado trazem motivos para comemorar: “Mas não podemos perder de vista que a capacidade ociosa da indústria ainda é alta, com 47% na média do setor e chegando a 75% no segmento de caminhões”.

 

São 219,1 mil unidades em estoque o que, na opinião de Megale, é um bom número já que corresponde a 31 dias de vendas: “O ideal é estoque de trinta dias”.

 

Emprego – Outro dado importante do fechamento do ano passado é em relação ao emprego. O setor fechou o ano com 126 mil 696 funcionários, alta de 4,6% no número de trabalhadores da indústria automotiva em 2016. “São 5,5 mil postos de trabalho a mais no ano”.

 

Vale destacar ainda a redução no número de trabalhadores que fazem parte de algum programa de proteção ao emprego, como lay off ou PSE, Programa Seguro-Emprego.

 

Em dezembro 1 mil 885 trabalhadores estavam em algum programa de proteção ao emprego. Em novembro, o setor contabilizava 3 mil 332 profissionais.

 

“No auge dos programas, em março de 2016, chegamos a ter 38 mil 792 pessoas”.  

 

Projeções – Para 2018, a entidade prevê expansão de 13,2% na produção, devendo atingir 3 milhões 55 mil unidades no ano.

 

As vendas no mercado interno devem crescer 11,7%, atingindo 2 milhões 502 mil unidades.

 

E a previsão da entidade é que as exportações subam 5%, com 800 mil unidades no ano.

 

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Ford reativa centro de produção em Detroit

A Ford anunciou, no fim de dezembro, a reativação do seu centro de produção no bairro de Corktown, em Detroit, Estados Unidos, onde tudo começou. Inaugurado há 110 anos com o nome The Factory, A Fábrica, em português, o local concentrará os esforços da marca em veículos autônomos e elétricos. A decisão é estratégica e alinhada com o compromisso da Ford de criar novos modelos de negócios de transporte e serviços.

 

A unidade, com 4 mil 180 m², permitirá que um time com mais de 220 pessoas faça uma imersão nos desafios e soluções de mobilidade em um ambiente urbano. 

 

A equipe em Corktown será comandada por Sherif Marakvy, vice-presidente de veículos autônomos e eletrificação da Ford, e também abrigará projetos estratégicos.

 

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Caminhões: setor projeta vendas 24% maiores em 2018.

O setor de caminhões conseguiu reverter o quadro negativo nas vendas de 2016 e fechou 2017 com alta de 2,7% no volume. A marca, considerada pequena e calculada sobre uma base menor ainda, representou um alento às fabricantes, que traçam para 2018 um cenário melhor, com crescimento de 24,7% nas vendas de veículos pesados sobre as vendas do ano passado, que atingiram a marca de 63 mil 696 unidades de caminhões e ônibus.

 

O crescimento foi creditado pelas fabricantes ao processo de renovação de frota pelo qual passaram alguns grandes clientes ligados principalmente ao agronegócio, área da economia que esteve aquecida ano passado em função das demandas da super safra. O setor, no entanto, quer crescer mais este ano e chegar a marca de 79,5 mil veículos licenciados. Para atingir a meta, o discurso de é que preciso aumentar o PIB se mantém firme na indústria.

 

Os dados divulgados pela Anfavea na sexta-feira, 5, mostraram que o volume de caminhões emplacados chegou a 51 mil 941 unidades, marca um pouco acima dos 50 mil 559 caminhões vendidos no acumulado de 2016. As vendas realizadas em dezembro, o melhor mês do ano em termos de emplacamentos, chegaram a 6 mil 76 unidades, um salto de 36,5% sobre as vendas feitas em dezembro de 2016. Foi a melhor marca desde julho de 2015, quando o setor vendeu 6 mil 494 unidades.

 

Os modelos pesados foram os que apresentaram o maior crescimento nas vendas dentro do segmento, no ano passado. Foram vendidos 18 mil 747 unidades, alta de 23,4% frente o volume de 2016. A fabricante Volvo terminou o ano como líder de vendas na categoria, com 5 mil 44 unidades emplacadas, crescimento de 18,9% na comparação com o desempenho comercial de 2016. A Mercedes-Benz terminou o ano em segundo lugar na categoria, emplacando 4 mil 914 caminhões pesados, crescimento de 23,3%. A Scania, em terceiro, vendeu 4 mil 901 unidades, mais 38,4%.

 

Na categoria de semipesados, em 2017, queda de 6,5% ante o volume acumulado em 2018, sendo vendidos ano passado 13 mil 542 veículos. A MAN terminou o ano como a empresa que mais vendeu veículos desse modelo – 4 mil 952 unidades, leve alta de 1,4% na comparação com o desempenho comercial de 2016. Mercedes-Benz, a segunda colocada, vendeu 3 mil 857, queda de 16,5%. A Ford, em terceiro, vendeu 2mil 158 unidades, alta de 5,4%.

 

Nas demais categorias, o volume de caminhões médios vendidos em 2017 chegou a 4 mil 443 unidades, mais 5,3% que em 2016. Queda de 11,2% nas vendas de caminhões leves. Foram vendidos 11 mil 687 veículos da categoria ano passado. Fechando o segmento, as vendas de semileves ano passado se mantiveram praticamente estáveis ante as realizadas em 2016, com 0,2% positivos.

 

O volume de ônibus vendidos ano passado chegou a 11 mil 755 unidades, alta de 5,3% na comparação com o desempenho de vendas de 2016.

 

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Venda de máquinas agrícolas decepciona com alta de apenas 1,5%

Apesar do bom desempenho do setor do agronegócio no País, o setor de máquinas agrícolas e rodoviárias ficou praticamente estável em 2017 na comparação com 2016.

 

O setor vendeu 44 mil 362 unidades no ano passado, contra 43 mil 701 em 2016, crescendo apenas 1,5% e ficando bem abaixo da alta próxima de 5% que era esperada pela Anfavea, que divulgou os dados do setor na sexta-feira, 5. Considerando apenas o mês de dezembro, foram vendidas 3 mil 829 máquinas, contra 3 mil 63 no mês anterior, alta de 25% e na comparação com o mesmo mês de 2016 houve queda de 8,8%.

 

Algumas máquinas foram as principais responsáveis pelo crescimento abaixo do esperado nas vendas, caso das colhedoras de cana, cuja venda caiu 20,8% no ano, e as retroescavadeiras com queda de 5,3%. Por outro lado, os tratores de rodas aumentaram as vendas em 2,7% e as colheitadeiras de grãos 0,9%. Para 2018, a expectativa da Anfavea é que as vendas cheguem a 46 mil unidades, crescendo 3,7%.

 

A produção foi de 54 mil 988 máquinas no ano passado, contra 54 mil 032 unidades em 2016, alta de 1,8%, que também ficou abaixo do que era esperado pela Anfavea. Considerando apenas o mês de dezembro, foram produzidas 2 mil 727 unidades, queda de 31,1% com relação a novembro e de 52,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Para 2018 a expectativa é que a produção cresça 11,8%, com 61,5 mil unidades produzidas.

 

Para Ana Helena de Andrade, vice-presidente da entidade, “a grande queda em dezembro aconteceu por causa das férias coletivas que as empresas decidiram dar aos funcionários, paralisando a produção no meio do mês, o que não aconteceu no mesmo período de 2016”.

 

Exportações – As exportações são o lado positivo do setor de máquinas agrícolas e industriais, com crescimento de 46,9% na comparação com 2016 e 14 mil 96 unidades vendidas para outros países, superando e muito as expectativas da Anfavea para o ano passado. Em dezembro embarcaram para outros mercados 1 mil 321 unidades, volume 39,1% maior do que no mesmo mês de 2016 e 1% menor do que em novembro.

 

O principal mercado foi a Argentina, que com a recuperação, absorveu um volume de máquinas 195% maior do que no ano de 2016, seguido pelos Estados Unidos, que importou 80% mais máquinas no mesmo período. “No caso dos americanos, eles importam muitas máquinas para construção e tratores de rodas, mas esse segundo em menor quantidade”, destacou a vice-presidente.

 

Para 2018, a expectativa da Anfavea é que as exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias continue crescendo, chegando a 15,5 mil unidades, alta de 9,9%.

 

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