VW Caminhões e Ônibus entrega 144 caminhões para Coca-Cola no Peru

São Paulo – A Volkswagen Caminhões e Ônibus vendeu para a Arca Continental Lindley engarrafadora exclusiva da Coca-Cola e da Inca Kola em Lima, Peru, 144 caminhões Constellation e Delivery, que completam frota de 850 veículos da marca entregues pelo importador Euromotors.

Os veículos Euro 5 foram produzidos sob medida para a empresa, que distribui bebidas engarrafadas para mais de 300 mil clientes. Eles trazem espelhos adicionais que favorecem visão panorâmica de 360 graus para o motorista, sensores de alerta e câmara de ré com visibilidade de até 30 metros.

Após dois anos São Paulo desbanca Minas Gerais e volta à liderança nos emplacamentos

São Paulo – São Paulo voltou a liderar os emplacamentos de veículos no País após um hiato de dois anos. Em 2021 e 2022 Minas Gerais desbancou, pela primeira vez, a soberania do Estado mais rico do Brasil, historicamente o que mais contabilizava registros de veículos 0 KM. O motivo para esta mudança foi atribuído ás vantagens às locadoras, como menor valor dos impostos no licenciamento, oferecidos pelo governo mineiro para que suas frotas fossem emplacadas por lá. Só que no ano passado veio a revanche com a oferta de IPVA mais baixo por parte da gestão paulista.

Foram comercializados ao longo do ano passado 2 milhões 308 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil e, destes, 26% do total ou 607 mil 483 veículos em São Paulo, de acordo com dados da Anfavea. Minas Gerais veio na sequência com 527 mil 153 veículos ou quase 23% do total.

Para efeito de comparação, das 2 milhões 104 mil unidades vendidas em 2022 cerca de 25% ou 521 mil 85 unidades, foram emplacadas em Minas Gerais e 510 mil 597 ou 24,5% em São Paulo.

Embora os Estados da Região Sudeste, como um todo, tenham apresentado crescimento acima da média do País na comparação de 2022 com 2023, de 9,7%, o avanço porcentual de São Paulo, de 19%, ficou bem acima do incremento do balanço apurado pelo Estado mineiro, de 1,2%.

Um dos fatores que pode ter ampliado os licenciamentos foi o programa do governo federal estabelecido pela MP 1 175, que vigorou em meados do ano passado oferecendo descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil para a compra de carros novos de até R$ 120 mil e que, no caso de caminhões e ônibus, propunha abatimentos de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil.

Embora não haja uma segmentação por Estados infere-se que pelo fato de São Paulo deter a economia mais pujante do País, assim como a maior frota, o reflexo do programa de incentivo deve ter sido proporcional.

Segundo a Anfavea o aumento expressivo em São Paulo é atribuído não só ao aquecimento do varejo mas, também, ao crescente papel das locadoras no Estado. Contribuiu para este movimento a redução da alíquota de IPVA para locadoras para 1%, assim igualando ao porcentual praticado por dezessete estados, a exemplo de Minas Gerais.

Na avaliação de Paulo Miguel Júnior, vice-presidente da Abla, Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis, “isto possibilitou que diversas locadoras que antes emplacavam seus carros em suas filiais passassem a registrar seus veículos onde estão as matrizes, em São Paulo”.

Miguel Júnior contou que a alíquota para locadoras dispunha de benefício que a deixava em 2%, após pleito do segmento de locação para obter desconto de 50%. Mas durante o governo de João Doria, de 2019 a 2022, voltou a 4%, mesmo porcentual cobrado da população em geral, “e esta decisão provocou a saída de muitas locadoras do Estado”, lembrou.

Somente no fim da gestão de Rodrigo Garcia, que assumiu no lugar de Doria, em 2022, é que a alíquota foi reduzida para 1%, igualando ao que é cobrado na maioria dos Estados do Brasil, “o que impulsionou bastante o mercado em São Paulo”. Miguel Júnior segue o raciocínio afirmando que “embora os dados fechados do setor em 2023 ainda não tenham sido divulgados é razoável afirmar que este IPVA é um dos principais custos”.

Dados da Fenabrave mostram que 49,5% dos emplacamentos de automóveis e comerciais leves realizados em 2023 foram feitos por meio de venda direta. No caso das picapes e utilitários este porcentual chega a 66,7% — 44,9% para carros.

Para Paulo Miguel Júnior, vice-presidente da Abla, a redução da alíquota de IPVA a 1% foi definitiva para encorpar os emplacamentos em São Paulo. Foto: Divulgação.

O dirigente da Abla citou ainda que são pleiteadas outras reduções, como o custo de licenciamento em São Paulo, segundo ele um dos mais caros do Brasil se comparado com Minas Gerais e Paraná.  

O Paraná aparece em terceiro lugar no ranking elaborado pela Anfavea dos Estados que mais emplacaram em 2023, com 155 mil 895 unidades, aumento de 10,7% com relação ao ano anterior. O Rio Grande do Sul ficou com o quarto lugar, com 117 mil 593 unidades, alta de 12,4% na comparação anual, e Santa Catarina em quinto, com 114 mil 784 unidades, 14,2% a mais do que em 2022.

O Rio de Janeiro, mesmo tendo alíquota de 0,5% de IPVA para locadoras, aparece apenas na sexta colocação de vendas gerais de veículos, direta e varejo, com 101 mil 619 unidades 0 KM registradas, alta de 11,2%. Outros estados têm alíquotas do imposto de 1,25%.

O mais importante, na avaliação da Anfavea, é que as vendas de veículos novos cresceram em 2023 em quase todo o País, exceções feitas aos Estados de Roraima, em que as 4 mil 815 unidades representaram recuo de 16,1% com relação a 2022, e Rondônia, onde as 16 mil 490 unidades ficaram 0,9% abaixo do ano anterior.

Para 2024 a Anfavea projeta vendas de 2 milhões 450 mil unidades, incremento de 6,1% ante o ano passado. Mais otimista a Fenabrave prevê alta de 12%. Essa disputa entre estados tende a continuar por mais alguns anos até que, conforme a reforma tributária caminhar e a guerra fiscal for colocada de escanteio quando o IVA, Imposto sobre Valor Agregado, entrar em vigor, esta será questão ultrapassada. E levará a melhor quem oferecer melhores preços e condições de licenciamento.

Mover garante segurança jurídica para investimentos, diz GM

Brasília – O Mover, Mobilidade Verde e Inovação, a segunda fase do Rota 2030, e a nova política industrial, anunciada esta semana pelo governo federal, garantem ao setor a previsibilidade jurídica que, aliada à política fiscal que o governo se compromete a cumprir, ajudam a atrair novos investimentos para o mercado brasileiro. Todos os assuntos foram pauta da reunião de Shilpan Amin, presidente da GM Internacional, Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul, e Fábio Rua, vice-presidente de relações governamentais, comunicação e ESG da GM, com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e com alguns ministros.

Segundo Rua o papo pode ser resumido em três palavras: “Diálogo, segurança jurídica e confiança. Com o Mover e a política industrial temos previsibilidade, um Norte que pretendemos seguir”.

Ele destacou alguns pontos do Mover, como o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento e a criação do IPI verde, que estimula a descarbonização, “mas ainda estamos buscando entender todos os capítulos do programa. A partir daí poderemos tomar novas decisões”.

Ele evitou criticar o retorno do imposto de importação para eletrificados, em vigor desde o início do ano, embora tenha se posicionado contrário pelo fato de haver ainda pouca participação das vendas destes modelos no mercado total: “Precisamos entender até que ponto o consumidor adotará estas tecnologias, se precisamos de um passo de transição mais espaçado. Mas é um ponto que será continuamente conversado com o governo”.

Já está decidido, entretanto, que a GM seguirá investindo em seu centro de engenharia brasileira: segundo Chamorro parte do investimento de R$ 7 bilhões será aplicado para reforçar a área, que hoje conta com 1,5 mil engenheiros.

Primeiros 99 anos

Na sexta-feira, 26, a GM completa 99 anos de Brasil. O anúncio do investimento, segundo o Chamorro, abre o ano de comemoração do primeiro centenário: “O futuro da GM, que emprega 13,4 mil pessoas, além dos mais de 26 mil funcionários dos nossos mais de seiscentos pontos de venda, começa hoje. Compramos, anualmente, mais de R$ 19 bilhões de nossos fornecedores. A GM completa 99 anos de história e presenteia o Brasil com mais desenvolvimento econômico e social”.

Um dos desafios é reduzir a ociosidade das fábricas brasileiras. Para isto, segundo Chamorro, é preciso ampliar as exportações: “Hoje 80% dos nossos veículos vendidos na região são produzidos no Brasil. Queremos crescer este volume para elevar a utilização de nossas linhas de produção”.

General Motors investe R$ 7 bilhões no Brasil até 2028

Brasília – Horas após reunir-se com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e com alguns ministros o presidente da General Motors Internacional, Shilpan Amin, anunciou o que disse ser a primeira etapa do novo ciclo de investimentos da companhia no Brasil. Serão R$ 7 bilhões aplicados de 2024 a 2028 para modernização das fábricas, para a renovação do portfólio de veículos e para o lançamento de novos modelos.

A jornalistas, ao lado do presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, Amin evitou dizer se este ciclo contempla a introdução de veículos 100% elétricos manufaturados nas unidades locais: admitiu, apenas, que seguirá com o planejamento de importação, que este ano inclui os já anunciados Blazer EV e Equinox EV. E que durante o período “estudará o comportamento do consumidor para definir os próximos passos da GM rumo ao seu objetivo zero zero zero: zero emissão, zero congestionamento e zero acidente”.

Nos últimos meses a GM flexibilizou o discurso ao admitir que o desenvolvimento e a produção de veículos híbridos flex está em seu radar. Antes era categórica: seu próximo passo no Brasil seria o 100% elétrico. Amin e Chamorro mantiveram o mistério, sem dizer qual seria o passo a seguir, mas deixaram claro que as possibilidades existentes estão todas na mesa.

“A solução não será uma só tecnologia”, disse Chamorro. “O elétrico é melhor do que o híbrido que, por sua vez, tem mais benefícios do que o motor a combustão. Vamos trabalhar sobre estes benefícios ambientais e das regulamentações de cada mercado.”

Do plano de R$ 7 bilhões seis modelos já serão introduzidos este ano no mercado. Três deles já são conhecidos: os dois elétricos e a nova geração do Spin, produzido em São Caetano do Sul, SP, que será lançado ainda no primeiro trimestre. Chamorro acrescentou que todo o portfólio atual, Onix, Onix Plus, Tracker, Montana, S10, Blazer, deverá ser renovado e outros modelos acrescentados.

Após dez meses Scania retorna produção em dois turnos no ABC

São Paulo – A Scania retomou a operação de sua fábrica em São Bernardo do Campo, SP, para dois turnos na quarta-feira, 24, após o retorno das férias coletivas em janeiro, período em que as linhas passaram por manutenção. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Durante os últimos dez meses a fábrica operou em turno único: a queda na demanda por caminhões enxugou a estrutura e resultou também na decisão de não renovar contratos temporários que venceriam em abril passado.

Em nota a Scania informou que faz parte de um sistema de produção global que permite um rebalanceamento constante de seus volumes de produção. “Com isso, a partir de fevereiro, a empresa passa a trabalhar em dois turnos e para isso novas contratações foram feitas.”

De outubro a janeiro alguns postos de trabalho vieram sendo retomados e, hoje, são contabilizados 380 novos operários temporários na linha de produção. Agora o efetivo de São Bernardo do Campo totaliza 4,8 mil profissionais, sendo em torno de 3,5 mil no chão de fábrica.

“A perspectiva é que ainda no primeiro semestre deste ano mais contratações sejam feitas”, afirmou o coordenador do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na Scania, Francisco Souza dos Santos, o Maicon. “E que a fábrica volte a produzir em três turnos em alguns setores.”

De acordo com Maicon a empresa trabalha com a possibilidade de alcançar um recorde de produção este ano, com a produção de mais de 28 mil unidades. O sindicalista disse que no segundo semestre do ano passado já houve um aquecimento na venda de caminhões. E, segundo ele, o cenário se deveu ao movimento de redução dos juros pois a maioria dos clientes necessita do crédito.

“A taxa de juros, alta como estava, tornava a compra inviável. A sua baixa começou a alavancar o mercado de caminhões.”

A Selic, que começou 2023 aos 13,75% ao ano chegou a dezembro em 11,75% ao ano. A próxima reunião do Copom será nos dias 30 e 31 de janeiro.

Otimismo

Em novembro do ano passado, durante o Congresso AutoData Perspectivas 2024,  o presidente e CEO da Scania Latin America, Christopher Podgorski, surpreendeu com seu otimismo para este ano, para o qual projetava incremento de 25% apesar de 2023 ter sido um dos piores da história para o setor e, àquela altura, já estar amargando queda de 20%.

Sem pormenorizar Podgorski avaliou: “Do ponto de vista operacional foi um ano conturbado, que começou complexo mas que terminará bem, com um cenário em que o Euro 6 não é mais um bicho de sete cabeças”.

H2Tech transforma caminhões diesel em híbridos

São Paulo – A incessante busca por tornar o transporte de cargas menos custoso e a pesquisa acerca de formas para reduzir o uso de diesel e, consequentemente, a emissão de CO2 no meio ambiente, levou os engenheiros Henrique Eckert e Henrique Petry a idealizar, lá em 2017, projeto que transformasse caminhão dotado de motor a combustão em híbrido e diminuísse seu consumo em até 30% em veículos de pequeno porte, como VUCs, e em até 25% para extrapesados que percorrem longas distâncias.

De lá para cá testaram a viabilidade do negócio, buscaram recursos no edital gaúcho de inovação do Sistema S, firmaram parceria com operadora para testar a invenção na prática e tinham como objetivo terminar 2024 com faturamento de R$ 2,5 milhões – a meta é quadruplicar este valor no ano que vem.

“Nosso negócio começou com o objetivo identificar as maiores dores das transportadoras, que estavam nos altos gastos com manutenção e combustível”, contou Eckert. “Foi então que surgiu a ideia de desenvolver um produto acessório de tração elétrica que minimizasse o consumo e também o desgaste do veículo.”

Ele reconheceu que o Senai teve papel essencial para gerenciar e direcionar o projeto, assim como na aquisição de insumos, construção de protótipos e realização de testes. Além de conquistarem R$ 500 mil para aplicar no desenvolvimento da proposta, sendo parte a fundo perdido, os vencedores do edital usufruíram de equipe técnica da instituição para conduzir o processo, o que permitiu que ambos seguissem como funcionários em outras empresas.

Em 2022, por meio de acordo com a TRD Transportes, de Caxias do Sul, RS, decidiu-se que a operadora validaria seus protótipos com os caminhões de sua frota, e então tornou-se possível comprovar a eficácia do sistema e realizar ajustes sobre o que não funcionava na prática.

Sistema da H2Tech que adiciona tração elétrica a caminhões a combustão custa R$ 350 mil para veículos extrapesados. Foto: Divulgação.

Sistema chamado de e-Trax não altera o modo de condução

Segundo Eckert o sistema híbrido patenteado pela H2Tech e batizado de e-Trax é indiferente ao condutor pelo fato de ser totalmente autônomo e acionado por um botão: “Se não dissermos que está ligado o motorista nem percebe que tem o sistema híbrido porque não há ação diferente”, afirmou, referindo-se ao fato de ser instalado no caminhão a diesel um motor elétrico movido a baterias de lítio e inversor de frequência. “Funciona de forma similar ao que se vê de tecnologia dos carros. Desenvolvemos toda a parte de software e gerenciamento de controle da energia da bateria, assim como do comando do motor elétrico, para avisar quando ele deve entrar em funcionamento, tanto para frear quanto para auxiliar na tração do caminhão”.

Petry ilustrou dizendo que, quando o condutor pisa no acelerador, o sistema conversa com a central do motor diesel e identifica que está entregando potência necessária para o veículo se mover: “É quando o motor elétrico ajuda a tracionar. Quando tira o pé do acelerador ele ajuda a frear o caminhão e recarrega a bateria”.

Quanto ao fato de que em veículos leves o desempenho do híbrido é melhor na cidade do que na estrada, por causa do número de frenagens, o que regenera a bateria, ele assegurou que, por se tratar de extrapesado que carrega acima de 50 toneladas e pouco circula em ambiente urbano, a eficiência do kit se dá a partir de 40 km/h e que esses caminhões andam, geralmente, na faixa de 60 km/h.

Com valor de R$ 350 mil o kit dedicado a veículos extrapesados começou a ser comercializado em setembro e possui um payback de dois a três anos, segundo Petry. Para tornar híbrido o de pequeno porte o custo é menor, em torno de R$ 200 mil, só que como o retorno do investimento estava com prazo muito longo o sistema voltou para a bancada para que seja estudada fórmula mais interessante para o transportador.

Até o momento, contou Petry, foram vendidas quinze unidades. Ele ponderou que o período de entrega estende-se de 120 a 140 dias e são necessários mais quinze dias para fazer a instalação: “A maior morosidade, hoje, deve-se ao fornecimento de baterias. A WEG, de quem as compramos, também não fabrica desde o início do processo, ela importa insumos, o que, diante do aumento da demanda, tem um prazo de entrega maior. E esse tempo está embutido no que informamos ao cliente”.

Henrique Eckert (em pé) e Henrique Petry, idealizadores do projeto do e-Trax, esperam faturar até R$ 2,5 milhões no primeiro ano de vendas do conversor de sistema híbrido. Foto: Divulgação.

Com os negócios já fechados até o momento a ideia da dupla é que o faturamento alcance R$ 2,5 milhões no fim de 2024 e de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões em 2025, diante da projeção de tornar híbridos mais 24 caminhões.

Com base na estimativa de que existam cerca de 2 milhões de caminhões extrapesados em circulação no País, Eckert assinalou que “o potencial a ser explorado é enorme”. Os engenheiros afirmam, inclusive, que é possível instalar o sistema em um veículo a gás, da mesma forma que no movido a diesel.

No ano passado a H2Tech mudou sua sede da gaúcha Tapera, com tradição agrícola, para a industrializada Caxias do Sul, a fim de ficar mais próxima às transportadoras e aos fornecedores. E, quem sabe, futuramente, ampliar sua equipe hoje composta por cinco funcionários, estimou Eckert.

“Conforme formos ganhando escala nesse processo, que inclui a cadeia de suprimentos, teremos mais velocidade na entrega e maior presença nas estradas. Este é um caminho sem volta.”

Stellantis abre seu programa de estágio 2024

São Paulo – A Stellantis tem inscrições abertas para seu programa de estágio 2024, com vagas em Betim e Itaúna, MG, Goiana e Jaboatão dos Guararapes, PE, Porto Real, RJ, e São Paulo. Interessados podem se inscrever até 19 de fevereiro em https://www.estagiostellantis2024.com.br/.

São vagas para graduandos em administração, ciência da computação, comunicação, publicidade e propaganda, design de produto, direito, engenharias, finanças, jornalismo, marketing, química com previsão de formação de 2024 a 2027.

Todas as etapas serão realizadas online.

Bafômetro portátil desenvolvido por brasileiros impede acionamento do motor

São Paulo – Na semana passada, em um fim de tarde, um motorista da empresa Eucatur, que opera ônibus rodoviários, foi parado pela PRF, Polícia Rodoviária Federal, no Mato Grosso do Sul. Após realizar o exame do bafômetro, segundo a imprensa local relatou, foi constatado 1,11 mg de álcool por litro em seu sangue, índice que já caracteriza crime de trânsito. Ele confessou ter bebido, na madrugada anterior, 24 latas de cerveja e seis doses de pinga.

Este caso, e muitos outros que geram inclusive acidentes fatais nas rodovias Brasil afora, poderá ser evitado quando uma tecnologia desenvolvida pela startup SIGHIR, do Rio de Janeiro, em parceria com o IFF, Instituto Federal Fluminense, apoiado pela Embrapii, Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, chegar ao mercado. É um etilômetro portátil, do tamanho da palma de uma mão, que é acoplado ao veículo e pode bloquear a ignição do motor caso, ao assoprar, seja constatada a presença de álcool no motorista.

“Além de milhares de acidentes fatais que ocorrem nas estradas existe o prejuízo material”, afirmou Ricardo Tostes, CEO da startup. “Conseguimos fazer seguro de vida, da carreta, do casco de veículo, da carga e para terceiros. Mas um acidente que envolve motorista embriagado pode derrubar a cobertura de todas essas apólices.”

Tostes é também CEO da Expresso Predileto e da Lógika Transportes, em Macaé, RJ. Em uma feira do setor de transportes conheceu Robson Santos, pesquisador e professor do Instituto Federal Fluminense. A ele lançou o desafio: os bafômetros existem nas sedes das transportadoras, em alguns postos de fiscalização e em locais de embarque e desembarque de cargas. Mas seria possível ampliar a segurança, ao desenvolver um produto portátil e interligado ao veículo?

A equipe de Santos passou a pesquisar produtos semelhantes em todo o mundo. Achou soluções semelhantes, mas que não atendiam a todas as necessidades do transportador brasileiro. Então colocou a mão na massa e desenvolveu o bafômetro que é conectado à ignição e pode ser interligado, também, a diversos serviços de telemetria, o que inibe a possibilidade de burlar o teste.

Bafômetro impede o acionamento do motor. Foto: Divulgação/Embrapii.

“Fizemos alguns ajustes para evitar fraudes. O bafômetro apita durante o trajeto porque, se o motorista pediu para outra pessoa realizar o teste no ponto de parada, ele será obrigado a refazer durante a viagem. Também fizemos um botão de adiar, para caso haja falta de segurança no local em que foi solicitado o teste.”

Com todos estes ajustes, e mais alguns que podem vir a surgir neste período ainda de testes, o bafômetro foi desenvolvido sob medida para transportadores brasileiros. Seu preço também não será muito elevado, de acordo com Tostes: enquanto o custo de um similar alemão está na casa dos R$ 15 mil o seu será de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil, acredita: “E desenvolvemos um sistema que usa qualquer canudo descartável para assoprar. Este da Alemanha tem um canudo próprio, que só pode ser comprado da empresa desenvolvedora”.

Algumas unidades estão em testes nas transportadoras de Tostes e a ideia é expandir para outras empresas, antes de colocar à prova sua viabilidade comercial: “Não tenho pressa: queremos colocar no mercado um produto pronto. Mas acredito que até abril ele possa ser comercializado”.

Produto foi testado na Expresso Predileto, de Ricardo Tostes, o idealizador. Foto: Divulgação/Embrapii.

O projeto, de investimento de cerca de R$ 1 milhão, foi financiado em parte pela Embrapii, pelo IFF e por Tostes, que contou ainda com ajuda do Sebrae. Por enquanto o bafômetro será produzido nas instalações do IFF, mas outras parcerias não estão descartadas. Tostes disse que a venda será feita primeiramente no mercado de reposição, mas está aberto a parceria com montadoras para que seja item de série. Também há planos de começar a testar em veículos leves, comerciais e automóveis. Outra meta sua é garantir a maior quantidade possível de itens produzidos no Brasil.

A parceria com a Embrapii e o IFF que gerou a SIGHIR seguirá, garante o CEO, que já tem outros projetos em andamento: “Temos que valorizar a indústria e o desenvolvimento nacional”.

Basf fará a reciclagem de baterias de veículos elétricos do Grupo Iveco

São Paulo – O Grupo Iveco anunciou a Basf como sua primeira parceira para reciclar baterias de íon-lítio utilizadas em seus veículos elétricos. O acordo inclui o recolhimento, a embalagem, o transporte e a reciclagem de baterias em diversos países europeus, como França, Alemanha e Reino Unido.

O processo de reciclagem das baterias usadas em vans, ônibus e caminhões da marca Iveco será realizado em Schwarzheide, Alemanha, onde a Basf inaugurou recentemente seu primeiro centro co-localizado de produção de materiais de baterias e reciclagem da Europa. Após a coleta a Basf processará mecanicamente as baterias até formar uma massa negra, da qual matérias-primas essenciais, como níquel, cobalto e lítio, poderão ser extraídas e recuperadas para uso na fabricação de novas baterias. 

Dessa forma, segundo comunicado do Grupo Iveco, “será estabelecida de forma completa a cadeia de valor de reciclagem na Europa, a fim de fornecer localmente metais reciclados com baixa pegada de carbono para a indústria de baterias”.

thyssenkrupp abre vagas para PcDs em Campo Limpo Paulista

São Paulo – A thyssenkrupp Metalúrgica Campo Limpo está com inscrições abertas para nova turma do seu programa de desenvolvimento para pessoas com deficiência. O objetivo é treinar os profissionais para que possam executar processos de usinagem, como operação de máquinas e inspeção visual das peças para garantir a qualidade, interpretação de desenhos técnicos e especificações, dentre outras atividades, em parceria com o Senai Alfried Krupp, de Campo Limpo Paulista, SP.

Interessados em se candidatar devem acessar https://www.oportunidadesespeciais.com.br/thyssenkrupp/. Segundo a companhia, caso não haja uma vaga à qual o profissional se enquadre, é possível submeter o currículo por meio do banco de talentos oferecido no mesmo site.

A unidade, a primeira da thyssenkrupp instalada fora da Europa, opera desde 1961 e fabrica virabrequins, bielas e outros componentes para veículos pesados, e pontas de eixo, cubos de roda, peças para suspensão forjada e componentes semiusinados para caixa de transmissão para carros de passeio. Sua capacidade de produção é de 750 mil unidades por ano.