São Paulo – A Neuman & Esser inaugurou sua nova fábrica de geradores de hidrogênio de baixo carbono em Belo Horizonte, MG, na quarta-feira, 27. A unidade, construída em área de 3,5 mil m², é quatro vezes maior do que a anterior.
A nova fábrica tem capacidade para produzir até 70 MW/ano de geradores de hidrogênio conteinerizados e poderá entregar até sete vezes mais eletrolisadores na comparação com o volume produtivo atual da empresa. Segundo a Neuman & Esser também será possível elevar a capacidade de empacotamento de compressores de gases industriais como H2 e CO2.
Segundo o diretor presidente da companhia no Brasil, Marcelo Veneroso, a capacidade inicial da nova fábrica é só o começo: “Estamos preparados para expandir conforme o mercado de hidrogênio de baixo carbono evolui no Brasil e na América Latina”.
São Paulo – A Lecar, futura montadora brasileira de veículos eletrificados, informa que abriu mais 1 mil vagas na sua lista de espera pelo Lecar 459 Model Híbrido. Os interessados podem se inscrever até 31 de dezembro e pagar R$ 1,5 mil, valor referente a 1% do preço do veículo.
A inscrição na lista de espera deve ser feita por meio do site da Lecar ou nos marketplaces Mercado Livre, Amazon, OLX, NetMotors e Webmotors. A expectativa da Lecar é que toda a produção do seu primeiro ano de operação, cerca de 120 mil unidades, seja para atender os clientes da lista de espera.
São Paulo – A Abla, Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis, projeta que as locadoras instaladas no Brasil encerrarão 2024 com a compra de 620 mil automóveis e comerciais leves. Este volume representa alta de 5% na comparação com 2023, de acordo com os dados da entidade.
De janeiro a outubro as locadoras compraram 502,5 mil unidades, o equivalente a 25,1% do total de automóveis e comerciais leves emplacados no País, porcentual que subirá para 25,3% caso a projeção da Anfavea de 2 milhões 450 mil vendas seja atingida até dezembro, assim como a projeção da Abla que calcula em 620 mil as compras até dezembro.
Marco Aurélio Nazaré, presidente da Abla, disse que os números mostram que o setor de aluguel de carros continua sendo essencial para fazer a roda girar em termos de vendas de veículos no Brasil:
“Mais pessoas, empresas e órgãos públicos estão chegando à conclusão de que é mais inteligente pagar só pelo uso dos veículos do que gastar tempo e dinheiro com a compra, manutenção e com a gestão das frotas próprias”.
São Paulo – Esperava-se que 3 mil ônibus elétricos estivessem em circulação em São Paulo até o ano que vem. Mas até o momento foram vendidos em torno de seiscentos em todo o País, dos quais duzentos trólebus. Dos quatrocentos a bateria trezentos estão na Capital paulista e os cem restantes distribuídos pelo Brasil – ou seja, apenas 10% do total programado.
Destes trezentos ônibus elétricos a metade é Mercedes-Benz, de acordo com o vice-presidente de vendas e marketing de ônibus da montadora, Walter Barbosa. E, até o fim do ano, outros noventa deverão ser entregues, somando 240. Diante do cenário, dificultado pela precária infraestrutura nas garagens, ele propôs, durante o Congresso AutoData Perspectivas 2025, realizado em São Paulo, que sejam revistas as regras para a compra dos veículos na Capital paulista.
“Isto será rediscutido e um novo plano deverá ser ajustado. O diesel provavelmente voltará a São Paulo, uma vez que a cidade precisa de algo em torno de 1,5 mil novos carros em 2025. A solução para descarbonizar não será exclusivamente elétrica, ao menos não por enquanto”, avaliou, ao complementar que há aumento progressivo do porcentual de biocombustível na mistura do diesel, hoje em 14% e, no ano que vem em 15%, e que há opções como o diesel verde na busca pelo lançamento de menos poluentes.
Barbosa disse que não é possível acelerar a renovação da frota em dois anos: “Acontecerá mas não no tempo inicialmente previsto. São Paulo discute lei em que até 2027 haverá a redução de 50% das emissões de CO2 e, até 2037, 100%. Talvez esta meta seja alcançada apenas em 2040, quiçá 2050. A lei existe, mas precisa passar por alguns ajustes”.
Algumas operadoras de ônibus de São Paulo estão conseguindo migrar sua rede elétrica de baixa para média tensão, tem havido avanço gradativo nos grandes centros, porém essa melhora é suficiente para prover a recarga de dez a quinze ônibus na garagem. Para dar conta de volumes maiores, acima de cinquenta ônibus, somente a alta tensão é capaz de resolver.
O vice-presidente da Mercedes-Benz reiterou que não há nada oficial quanto à volta do diesel, ainda não foi autorizado e está prevista apenas a aquisição de novos ônibus elétricos. Porém, a partir de janeiro, ele crê que o diesel deva ser liberado e, os volumes, revistos. O executivo vislumbra que no ano que vem deva haver a compra de cerca de seiscentas unidades a bateria, sendo quinhentas de sua empresa, que, inclusive, já estão encomendadas.
“Cidades como Curitiba, Goiânia, Salvador e Vitória estão promovendo a inserção de veículos elétricos para o transporte de passageiros. Porém possuem planejamento mais conservador, com uma média de cinco ônibus a bateria nas garagens. E São Paulo talvez dê um passo atrás até que, no futuro, em condições adequadas, o produto chegue a 100% da frota.”
Quanto a exportações do modelo Barbosa contou que, embora não haja, por ora, venda expressiva, existem veículos em demonstração no México, Argentina e Chile.
Setor de ônibus tem projeção de manter crescimento em 2025
O executivo lembrou que este ano tem sido muito positivo para o setor de ônibus como um todo, em todos os segmentos, sendo que quase a metade do mercado, 45%, referem-se a urbanos. No total, até outubro, houve crescimento de 6%, para 18,2 mil unidades comercializadas.
A projeção é a de que encerre o ano com 21,5 mil emplacamentos, acima, portanto, dos 20,2 mil de 2023, o que está sendo ajudado por incentivos públicos de financiamento. Para 2025 a expectativa é que alcance 24 mil vendas.
Ônibus de fretamento têm puxado esse movimento, com 1 mil 950 unidades comercializadas até o décimo mês de 2024, e 50% acima do ano passado. Até o fim do ano a projeção é de 2,3 mil unidades, alta de 35%: “Todos os segmentos seguirão crescendo no ano que vem”.
E mesmo com o fato de a empresa ter ficado de fora do Caminho da Escola, como o governo licitou, até o momento, volume menor que o esperado, que pode chegar 16 mil, mas deverá alcançar, no máximo 80%, Barbosa disse que isso pode ser revertido de forma positiva para a marca pois deverá sobrar orçamento para reforçar a compra de outros produtos.
São Paulo – O ano de 2024 foi positivo para a Scania, com a produção recorde de 30 mil caminhões em São Bernardo do Campo, SP. A expectativa é de um 2025 promissor, sobretudo nos caminhões de 16 toneladas para cima, que devem fechar o ano com 92 mil a 95 mil unidades vendidas, segundo estimou Christopher Podgorski, CEO e presidente da Scania Latin America durante o Congresso AutoData Perspectivas 2025.
O bom presságio para o próximo ano é baseado nos setores que alavancam o segmento, como agronegócio, pecuária, carnes refrigeradas, mineração, florestal, que apontam para um futuro promissor e mais demanda por transporte. Outro indicador positivo é a Scania exportar 35% de sua produção para 47 países.
No novo ciclo de investimentos, na ordem de R$ 2 bilhões, boa parte será voltada para realizar a manutenção do parque fabril. Outra parte para viabilizar a industrialização da nova plataforma e a oferta de portfólio eletrificado ao longo do tempo. “Vamos fabricar localmente o chassi de ônibus 4×2, com as primeiras unidades produzidas em março e que chegam às ruas a partir de setembro”.
Podgorski acrescentou que é imperativo a implementação perene do Programa Nacional de Renovação de Frotas para impulsionar a adoção das novas tecnologias de descarbonização dos veículos pesados e retirar de circulação a frota antiga, que não cumpre com normas de emissões e segurança.
Bons negócios
A Fenatran, realizada no início de novembro, foi uma injeção de ânimo com recorde de visitantes e serviu para criar uma boa expectativa para o próximo ano. Podgorski lembrou que a Scania contou com 17 veículos expostos e recebeu a visita de 20 mil clientes.
A locação de caminhões é uma realidade, uma opção que entrega maior flexibilidade ao cliente para utilizar seu capital em outras frentes. “É um caminho, tem crescido, é sustentável, mas ainda significa um volume menor. De 20 mil veículos comercializados este ano, o portfólio de locação deve chegar a quatrocentos veículos. Mas veio para ficar”.
São Paulo – O objetivo da Volkswagen para 2025 é claro: seguir sua trajetória de crescimento superior à média do mercado, já desempenhada no ano passado e repetida em 2024. Até outubro as vendas da companhia avançaram 19%, em comparação ao crescimento de 15% do mercado, o que deu ganho de 0,5 ponto de participação. Foi a única, das cinco líderes, a registrar aumento do share, segundo Roger Corassa, vice-presidente de vendas e marketing, que apresentou suas expectativas no Congresso AutoData Perspectivas 2025, organizado pela AutoData Editora em São Paulo.
Para manter o desempenho a companhia prepara três lançamentos no ano que vem, que integram o ciclo de investimento de R$ 16 bilhões programados para o País até 2028: o SUV compacto Tera, o Nivus GTS e o Golf GTI.
“Em 2024 tivemos diversos destaques: o Polo vem sendo o carro de passeio mais vendido no Brasil, com 112 mil unidades comercializadas, e o T-Cross é o SUV mais vendido, com 58 mil unidades. Estamos com recorde de exportação, com um aumento de 48,5% em comparação a 2023, enquanto a exportação caiu 7,6% em todo o setor.”
Ele destacou também as ações de marketing promovidas pela VW durante o ano, como os patrocínios aos festivais Rock in Rio e Circuito Sertanejo.
“No mês da Festa do Peão de Barretos, quando promovemos a Amarok, vendemos 1,5 mil unidades contra seiscentas comercializadas, em média, nos meses anteriores.”
Corassa declarou também que várias de suas fábricas já atingiram 100% de produtividade em dois turnos, com destaque para as unidades de Taubaté, onde será produzido o Tera, e a da Anchieta, onde será produzido o Nivus GTS. Já a planta do Paraná começará a produzir o Virtus nos próximos meses.
Blindagem contra problemas na matriz
Com relação aos problemas que a Volkswagen enfrenta na Alemanha, onde uma reestruturação da matriz deve ocasionar demissões e fechamentos de fábricas, Corassa afirmou que acompanha a situação de perto. Mas disse que, graças aos bons números obtidos nos últimos anos, a filial brasileira estaria protegida contra eventuais turbulências.
“Estamos avaliando o que ocorre na Alemanha mas nosso desempenho nos dá segurança. Recentemente ultrapassamos os Estados Unidos em volume e o nosso market share chegou a ultrapassar o da própria Alemanha. Logo, mesmo com um cenário desafiador para a economia brasileira em 2025, com encarecimento do crédito [devido a um provável aumento da taxa Selic] e uma possível queda no PIB, estamos muito otimistas em repetir o desempenho deste ano.”
São Paulo – Cláudio Rawicz foi promovido a chefe de comunicação e sustentabilidade da Volkswagen do Brasil, passando a responder diretamente ao presidente e CEO Ciro Possobom e a integrar o Comitê Executivo da companhia. Ele, que era gerente executivo de imprensa, sucede a Silene Chiconini, que deixou a empresa em agosto.
Nascido em Belo Horizonte, MG, Rawicz é formado em jornalismo pela UniBH e possui especialização em comunicação empresarial pela Syracuse University, em Nova York, Estados Unidos.
Começou a carreira no Grupo Fiat, onde passou pela divisão de powertrain e chegou a trabalhar na matriz, na Itália. Depois assumiu a comunicação da CNH Industrial, o que o levou para a diretoria de comunicação da Renault e depois da Audi. Ingressou na Volkswagen em agosto de 2023.
São Paulo – A Renault atingiu a marca de 4 milhões de veículos produzidos no Brasil, na sua fábrica instalada em São José dos Pinhais, PR, após 26 anos de operação. O modelo que registrou o marco foi o SUV Kardian, equipado com o motor TCe 1.0 turbo de 125 cv de potência e câmbio automático de dupla embreagem:
“É motivo de grande satisfação atingir a marca de 4 milhões de veículos produzidos no País”, disse o presidente Ricardo Gondo. “A Renault oferece uma gama completa de veículos aos clientes, produzidos por meio de um moderno e completo processo de fabricação, que começa desde a estamparia com a chegada das bobinas de aço até a linha final de montagem.”
O Kardian, que elevou o nível dos veículos produzidos pela Renault no Brasil, é o primeiro modelo do Renault International Game Plan 2027, plano estratégico da montadora para mercados internacionais.
São Paulo – A fábrica da Maxion Structural Components de Contagem, MG, completou 50 anos de operação no Brasil. Ela é uma das dez unidades produtivas que a empresa possui no continente americano, com foco no fornecimento de componentes para montadoras de veículos leves, os seus principais clientes.
Inaugurada em 1974 a fábrica é considerada um pilar essencial para os negócios da companhia na América do Sul, afirmou o CEO Renato Brighenti. A unidade conta com cerca de cem robôs de solda e manipulação “e processos automatizados com máquinas especiais, garantindo maior precisão, produtividade e excelência em todas as etapas produtivas”.
São Paulo – João Librelato será o diretor comercial da Librelato a partir de 1º de janeiro de 2025. A mudança tem a intenção de fortalecer e ampliar os planos comerciaiais da companhia, tanto no Brasil quanto nos mercados externos, aumentando a satisfação dos clientes e a capilaridade da rede.
O novo diretor comercial deverá se reportar diretamente ao CEO da Librelato, Roberto Lopes Júnior, e será responsável pelas vendas internas e externas, marketing de produtos, marketing estratégico, inteligência de mercado, desenvolvimento de rede e administração de vendas.