VW Virtus conversível usado por Lula é conceito sem previsão de chegar ao mercado

São Paulo – Chamou a atenção o Virtus Cabrio sobre o qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto do ministro do MDIC e vice-presidente Geraldo Alckmin, transitaram nas linhas de montagem da Volkswagen Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, na sexta-feira, 2, antes do anúncio de investimento de R$ 16 bilhões no Brasil. Segundo a empresa, ao menos por enquanto, não há previsão de produção em série ou venda no mercado brasileiro: é um modelo especialmente desenvolvido para o evento e que ficará na Garagem VW ao lado de outros modelos históricos.

O Virtus Cabrio foi pintado na cor azul Biscay e possui diversas mudanças em seu projeto na comparação com o modelo sedã, como os reforços na carroceria e alterações no sistema eletrônico. O projeto foi desenvolvido em seis semanas, a partir de um Virtus sedã já produzid. Sua lista de itens de série é uma mistura das versões Highline e Exclusive, assim como o acabamento interno, sendo que para a parte externa foram desenvolvidas peças exclusivas. O motor é o 250 TSI com câmbio automático de seis marchas.

É a quinta vez que a Volkswagen desenvolve um modelo especial conversível. Fusca, Polo Sedan e Fox conversíveis já foram construídos no passado e usado por presidentes, o primeiro Fusca por Juscelino Kubitscheck, em 1959, o segundo por Itamar Franco, em 1993, e os Polo Sedan e Fox também por Lula em 2003 e 2005.

Hyundai produzirá comercial leve elétrico para Iveco

São Paulo – A Hyundai assinou acordo com o Grupo Iveco para produzir e fornecer um comercial leve elétrico que será vendido com a marca Iveco na Europa. O veículo será produzido na plataforma eLCV, com a Hyundai responsável pelo chassi cabine pronto e a Iveco pela personalização do modelo na Europa, que será vendido por meio da sua rede de concessionárias.

O veículo será mostrado oficialmente durante o IAA Transportation 2024, em Hannover, Alemanha, em setembro. O veículo será o primeiro comercial leve elétrico produzido pela Hyundai na Coreia na plataforma eLCV e exportado.

Executivos da Hyundai e da Iveco assinaram o acordo durante evento realizado na sede da empresa coreana, em Seul, Coreia do Sul. As duas são parceiras desde março de 2022 e o novo acordo visa à aceleração do avanço de veículos neutros em carbono nos próximos anos.

Volkswagen contrata linha de R$ 500 milhões do BNDES para desenvolver eletrificados

São Paulo – A Volkswagen tomou emprestado ao BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, R$ 500 milhões para financiar projeto de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para veículos eletrificados no País. Os recursos integram programa BNDES Mais Inovação e terão aplicação de TR, taxa referencial.

A verba apoiará a concepção de plataforma para veículos híbridos flex, o que inclui o desenvolvimento de um motor flex, uma transmissão híbrida e um sistema de alta voltagem. E deve apoiar o desenvolvimento de estudos de veículos movidos a bateria e dos impactos nas emissões poluentes e de CO2 no contexto de veículos híbridos flex com uso de etanol e elétricos.

Com o financiamento, alinhado com a Nova Indústria Brasil, que tem como um dos objetivos o desenvolvimento de sistemas de mobilidade sustentáveis, será possível ainda capacitar mão de obra envolvida em tecnologias de testes e de simulações computacionais.

Até o fim do primeiro trimestre o BNDES liberará duas linhas de financiamento dedicadas a ônibus elétricos. Um deles é gerado por
contrato firmado pela Prefeitura de São Paulo, que prevê a liberação de R$ 2,5 milhões
, por meio da linha Baixo Carbono do produto Finame Direto, conhecido pela aquisição e comercialização de máquinas e equipamentos de fabricação nacional.

Outro é Novo Fundo Clima, que conseguiu captar R$ 10 bilhões ao todo, mas não se sabe ainda qual fatia ficará disponível para ônibus a bateria. Diferentemente do acordo com a Capital paulista este recurso poderá ser solicitado por operadores de qualquer parte do País.

Mercado de pesados só alcançará faixa de 200 mil unidades/ano com programa de renovação de frota

São Paulo – O ano era 2020, a pandemia estava prestes a dar as caras e Roberto Leoncini, que ocupou vice-presidência de vendas, marketing, peças e serviços da Mercedes-Benz até 31 de janeiro, estimava que o mercado brasileiro tinha potencial para comercializar 200 mil caminhões por ano, o dobro do que havia sido registrado em 2019, 101,3 mil unidades. E, da mesma maneira, praticamente duas vezes o volume vendido em 2023, 108 mil caminhões, segundo dados da Anfavea.

“Chegaremos a este número no dia em que tivermos um programa de renovação de frota que pare de pé. Esta é a única maneira de alcançá-lo”, assinalou Leoncini. “Se fizermos conta matemática e fixarmos qual idade média razoável deveríamos aceitar para a frota nacional, ainda que sejam quinze anos, é melhor do que a nossa idade de hoje, de dezoito ou dezenove anos.”

Este estímulo é condição fundamental para que o mercado de 0 KM dobre de tamanho. O executivo acredita que, sem isto, as vendas continuarão somando, no período de um ano, de 120 mil a 140 mil unidades, no máximo, “em uma condição normal de temperatura e de pressão”, pois no cenário atual de juros elevados é mais difícil.

“Caminhão precisa de financiamento na veia. Ninguém compra à vista. É uma ferramenta de trabalho que precisa ter retorno”, disparou. Quando a Selic cair — e a tendência é a de que a taxa básica de juros siga em queda, uma vez que na quarta-feira, 31, recuou a 11,25% ao ano, e a expectativa é a de encerrar 2024 na casa de 9% ao ano — ele acredita que será possível reagir.

Mas, para alcançar o patamar de 200 mil, “só com um programa muito rígido de renovação de frota para tirar de circulação os veículos mais antigos e com um incentivo por trás para que aconteça essa mudança.”

Valorização dos caminhões usados no Brasil dificulta migração para modelos mais novos, opina Roberto Leoncini

Outro ponto mencionado por Leoncini foi que o valor de revenda dos caminhões no Brasil é “totalmente fora da casinha”, ao exemplificar que um veículo com quinze a vinte anos de idade, “que não deveria valer nada”, é comercializado por valores de R$ 50 mil a R$ 150 mil, dependendo do modelo.

“Como fazer um programa de renovação de frota? O que oferecer para o transportador? Hoje ele opera porque ninguém fala para ele que não pode fazer seu trabalho com esse veículo e, embora o faça de maneira nada econômica e insegura, ele consegue fazer. Por isso é importante oferecer algo para que ele saia do segmento ou mude de patamar, não para um 0 KM, mas para um intermediário.”

Existe o problema adicional da dificuldade em obter crédito para tornar viável essa troca. As instituições costumam alegar o risco dessa operação, pontuou Leoncini, ao propor que, se o transportador já estava trabalhando com o caminhão inferior, com um veículo mais novo ele seguirá exercendo seu ofício, só que com melhores condições.

Pacto solucionará questão, avalia Leoncini

Para mitigar este risco sugeriu que seja feito pacto por todas as partes, uma vez que, segundo ele, o governo não tomará a dianteira deste processo sozinho assim como a indústria não pagará sozinha e menos ainda os bancos.

“Acho que o programa lançado pelo governo no ano passado enroscou nisto, em como oferecer este incentivo para que a renovação da frota caminhe”, analisou o executivo, referindo-se à medida provisória 1 175, que concedeu descontos para a compra de 0 KM, que não impulsionou a venda de pesados apesar dos abatimentos de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil.

Para conseguir o desconto era necessário dar baixa em um modelo com mais de vinte anos de uso e foi necessário tornar mais flexíveis as regras para que o interessado não tivesse de ser o mesmo proprietário do veículo velho. A startup Octa entrou na jogada ao comercializar certificados de reciclagem de veículos – fez, até, parceria com a Mercedes-Benz – mas como a iniciativa não avançou no Congresso chegou ao fim com saldo de quase R$ 700 milhões para caminhões e ônibus sem ser usado.

Lula passeia pelas linhas da Anchieta e celebra investimento da Volkswagen

São Bernardo do Campo, SP – Em pé a bordo de um Volkswagen Virtus Cabriolet, um carro conceito que, segundo a empresa, foi desenvolvido apenas para a ocasião – e que ficará na Garagem VW – o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, passeou na tarde de sexta-feira, 2, pelas linhas de montagem da fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, repetindo gesto feito em 2003, quando subiu em um Polo conversível, e em 2005, sobre um Fox, em outras visitas à unidade.

Saudado por milhares de trabalhadores presentes na fábrica Lula, ao lado do vice-presidente e ministro do MDIC, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, celebrou em seu discurso o reforço de investimento da Volkswagen no Brasil, que acrescentou R$ 9 bilhões aos R$ 7 bilhões anunciados em 2022 e expandindo o ciclo até 2028: “Mas não é só a Volkswagen. O setor automotivo está anunciando R$ 41 bilhões em investimentos porque todos voltaram a acreditar neste País”.

As ações do governo, segundo o presidente, estão atraindo mais investimentos para o Brasil. Alckmin, que discursou antes, lembrou do NIB, Nova Indústria Brasil, que fomentará investimentos em inovação para melhorar a competitividade da indústria brasileira e ampliar as exportações. Falou também do Mover, Mobilidade Verde e Inovação, a segunda fase do Rota 2030: “Investimento de R$ 16 bilhões é emprego na veia”.

Em cerimônia com público majoritariamente formado por trabalhadores Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil, disse que os acordos coletivos fechados com os sindicatos foram fundamentais para a aprovação do plano de investimento com a matriz. Como o aporte os acordos com os trabalhadores das quatro fabricas, São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté, SP, e São José dos Pinhais, PR, seguem até 2028.

Alguns pontos do pacote de investimento foram divulgados pelo executivo, que adiantou que serão produzidos dois modelos totalmente novos na Anchieta, um desenvolvido inteiramente pela engenharia local em Taubaté, uma picape no Paraná e um motor novo, que será hibridizado, em São Carlos.

Scania vende 180 caminhões movidos a gás no Brasil

São Paulo – A Scania vendeu 180 caminhões movidos a GNL, gás natural liquefeito, para a Eneva e para a Virtu GNL, que usarão os veículos em estradas do Norte e Nordeste do País. O negócio contratado pelas empresas foi além da compra dos veículos, pois a Eneva será a fornecedora do GNL e a Virtu GNL a operadora de serviços logísticos, envolvendo a operação dos veículos e dos postos de abastecimento.

A Scania avaliou o contrato como o primeiro passo de grande relevância para o uso do GNL como combustível para o transporte rodoviário de longas distâncias no País. O uso do GNL no lugar do diesel prevê uma redução de até 20% nas emissões de CO2 dos caminhões. 

Dos 180 caminhões vendidos trinta ficarão com a GNL Brasil, uma joint venture criada pela Eneva com a Virtu, e 150 serão usados pela Virtu GNL.

Governo italiano avalia comprar participação na Stellantis

São Paulo – A Itália poderá comprar uma participação na Stellantis, de acordo com o seu ministro da indústria, Adolfo Urso, citado pela a agência Reuters. O governante aludiu a isto durante anúncio de € 950 milhões para ajudar na renovação de frota do país, incentivando os motoristas a trocarem carros mais antigos por novos menos poluentes. 

O ministro disse que a compra de participação poderia ocorrer para ajudar a Stellantis a voltar a produzir 1 milhão de veículos por ano na Itália, o que não ocorre desde 2017. No ano passado foram produzidas 750 mil unidades:

“Se Tavares afirma que a Itália precisa fazer o mesmo que a França, que aumentou seu investimento ativo na Stellantis, então eles podem pedir. Podemos discutir isto juntos”. 

A Stellantis não comentou o tema após as falas do ministro. A França possui cerca de 6% da empresa desde 2021, após a fusão da PSA com a FCA.

BYD e Raízen Power formam parceria para instalação de eletropostos no Brasil

São Paulo – A BYD contratou parceria com a Raízen Power, divisão focada em soluções de energia elétrica da Raízen, com a intenção de acelerar a mobilidade elétrica no Brasil. O acordo prevê iniciativas como a instalação de hubs de recarga para veículos elétricos em oito capitais nos próximos três anos, começando em 2024.

As capitais que receberão os hubs de recarga com a tecnologia da Shell Recharge são São Paulo, Rio de Janeiro, RJ, Belo Horizonte, MG, Brasília, DF, Curitiba, PR, Florianópolis, SC, Salvador, BA, e Belém, PA.

Volkswagen investirá R$ 16 bilhões no Brasil até 2028

São Paulo – A Volkswagen combinou ao seu atual ciclo de investimento, de R$ 7 bilhões de 2026 a 2028, um novo aporte, de mais R$ 9 bilhões, para lançar dezesseis novos veículos no País, sendo quatro inéditos, e um novo sistema de propulsão híbrido flex. Dessa forma a companhia está investindo, no total, R$ 16 bilhões no Brasil.  

“Trabalhar para validar este investimento não foi fácil”, confessou Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil. “Mas conseguimos fazer esta combinação que ampliará nosso portfólio no Brasil e na região, desenvolvendo produtos inéditos e posicionando nossa operação até para exportar motores híbridos de última geração.”

A matemática desta ampliação do investimento da VW no Brasil é complexa e o cronograma dos dezesseis lançamentos, também. O ciclo atual, que terminaria em dois anos, previa quinze lançamentos. Pelas contas da empresa ainda faltam quatro: “A maior parte dos R$ 7 bilhões serão aplicados em 2024 e 2025, principalmente na preparação das estruturas para produtos inéditos. E estes quatro lançamentos estão incluídos nos dezesseis anunciados hoje”.

Neste cronograma haverá veículos totalmente elétricos importados, novos modelos programados para todas as suas operações fabris no País e, além de motores a combustão flex, haverá a primeira ofensiva da VW na propulsão híbrida.

O Brasil terá uma nova plataforma por enquanto chamada de MQB Hybrid, que poderá ser utilizada na produção de qualquer produto nacional. Possobom disse que já conheceu toda a tecnologia embarcada nesta plataforma, que fará sua estreia na Europa ainda este ano: “A versatilidade de aplicação e a tecnologia alemã utilizada nessa plataforma são a garantia de produtos muito competitivos”.

Ainda sem confirmar o início de produção dos novos modelos o motor flex híbrido, a ser produzido em São Carlos, SP, será um dos protagonistas deste novo ciclo da VW. Possobom disse à reportagem que, assim como os motores TSI feitos no Brasil foram exportados para o México, além de cabeçotes para Alemanha, os novos híbridos também podem ser enviados a outros países: “Ele estará disponível para qualquer operação da VW e acreditamos no potencial de exportação”.

Fábrica de motores de São Carlos, SP

Para o mercado nacional a VW está desenvolvendo dois veículos inéditos que serão produzidos na unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP. Possobom ainda não pode oferecer pormenores destes modelos, mas garante que o desenvolvimento nacional está avançado, com o design criado aqui já aprovado: “Estamos liderando estes projetos, com plataforma nova, desenvolvimento de fornecedores, design e motorização levando em consideração os desejos, necessidades e bolso do consumidor nacional”.

Fábrica em Taubaté, SP

A fábrica de Taubaté, SP, onde é feito o Polo, hatch de entrada do portfólio, também terá um novo veículo, um “modelo icônico para a VW”. Nos últimos dias surgiram rumores do retorno do Gol, mas Possobom desconversou quando questionado: “Já especularam e erraram o valor de investimento anunciado hoje. Podem estar errados aqueles que apostam no retorno do Gol”.

Em São José dos Pinhais, PR, já está definida a produção de uma picape em segmento no qual a empresa não atua. Seu design já está validado e segundo Possobom o projeto já está bem avançado, “mas ainda não será este ano que vamos apresentar esse produto”.

Fábrica de São José dos Pinhais, PR

Um dos parâmetros que permitiu que a matriz da VW aprovasse este aporte adicional no Brasil é a expectativa de vendas desses novos produtos. Possobom raciocina que para entregar rentabilidade à operação os novos veículos precisam ter um volume superior a 60 mil unidades ao ano: “É difícil justificar investimentos sem rentabilidade. Por isso todos esses novos produtos precisam superar esse volume para atingirmos nossos objetivos”.

Outro ponto importante para realizar essa ousada estratégia e garantir os R$ 16 bilhões para os próximos dois anos a VW concluiu acordo estendido com todos os seus trabalhadores e seus respectivos sindicatos até 2028. Não à toa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou presença na sexta-feira, 2, às 15h00, na fábrica Anchieta para comemorar este investimento.

Nota do editor: Durante o anúncio do investimento para os jornalistas o período informado foi de 2024 a 2026. Após a publicação da reportagem a assessoria da VW explicitou que, na verdade, o período deste novo ciclo de investimentos se encerra em 2028. O texto foi atualizado.

Duas linhas do BNDES para ônibus elétricos serão liberadas no primeiro trimestre

São Bernardo do Campo, SP – O financiamento de ônibus elétricos com recursos do BNDES, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, para operadores da cidade de São Paulo, anunciado em outubro, deverá ser liberado nos próximos dois meses. Como esta opção é dedicada somente para veículos que circulem na Capital paulista, outra linha atenderá interessados de outras partes do País, o Novo Fundo Clima, que conseguiu captar R$ 10 bilhões a partir de emissão soberana, ou seja, da venda de títulos do Tesouro, e emprestará parte desses recursos.

Foi o que informou à Agência AutoData Luciana Costa, diretora de infraestrutura do BNDES: “A expectativa é que ambas as linhas com recursos para financiar a eletromobilidade sejam liberadas no primeiro trimestre”.

O contrato firmado pela Prefeitura de São Paulo com o BNDES prevê a liberação de R$ 2,5 bilhões, por meio da linha Baixo Carbono do produto Finame Direto, conhecido pela aquisição e comercialização de máquinas e equipamentos de fabricação nacional. A Capital será a primeira cidade apoiada na compra de ônibus elétricos. O objetivo é que 1,3 mil veículos a bateria possam ser adquiridos, a fim de renovar 10% da frota composta por 13 mil unidades.

De acordo com o BNDES as principais condições para financiamento de ônibus elétrico, que custam até três vezes mais do que um veículos a diesel, serão taxa de juros composta por custo financeiro baseado na TLP, taxa de longo prazo, Selic ou dólar, mais a remuneração do BNDES, a partir de 0,9% ao ano, e remuneração de risco a partir de 0,2% ao ano.

O prazo de pagamento será de até 192 meses, o equivalente a dezesseis anos, sendo concedida carência de até 36 meses. Estão credenciados no sistema do Finame as empresas Mercedes-Benz, Eletra, Marcopolo e BYD.

Ônibus a bateria que circularão em São Paulo, cujos fabricantes estão credenciados ao BNDES Finame, poderão ser pagos em até 16 anos. Foto: Divulgação.

Fundo Clima dará até 25 anos para pagar ônibus elétricos

Com relação ao Novo Fundo Clima o financiamento de ônibus elétricos está enquadrado dentro da área de logística de transporte, transporte público e mobilidade verde. Costa assinalou que não é sabido, por ora, quanto dos R$ 10 bilhões estarão disponíveis para essa finalidade.

Os juros desta linha serão compostos pelo custo financeiro de 6,15% ao ano mais a remuneração do banco de até 3,5% ao ano, para o caso de modalidade direta com BNDES. Quando os recursos forem contratados por meio de agente financeiro a taxa adicional é de até 3,9% ao ano.

O prazo para a quitação do contrato é de até trezentos meses ou 25 anos, sendo que serão oferecidos até sessenta meses ou cinco anos de carência.

“Ressaltamos que o lançamento do Novo Fundo Clima aguarda reunião do Comitê Gestor do Fundo Clima e, após este evento, serão tornadas públicas, integralmente, as condições operacionais”, informou o banco.

O Fundo Clima é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima na forma de um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de garantir recursos para apoiar projetos ou estudos e para financiar empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas.