Aftermarket da Eaton busca manter alta de dois dígitos em 2024

São Paulo – O plano desenhado para 2023 deu certo e a área de aftermarket da Eaton atingiu o objetivo de crescer na casa de dois dígitos. O desafio para este ano é manter este crescimento e, para tanto, serão mantidas as apostas na ampliação de portfólio e no ingresso em novos mercados.

Além disso é prevista a adoção de ferramentas digitais e a maior capacitação dos profissionais envolvidos na cadeia. No ano passado foram realizados mais de duzentos treinamentos em campo e qualificados cerca de 5 mil profissionais, mecânicos, frotistas, distribuidores e equipes de vendas, o dobro de pessoas treinadas em 2022.

Dentre os novos produtos aplicados em caminhões, ônibus e no mercado agrícola a divisão de aftermarket da Eaton destaca nova linha de embreagens para vans.

Produção de veículos recua 17% em janeiro na Argentina

São Paulo – Em onze dias úteis de janeiro foram produzidos 22,6 mil veículos na Argentina, volume 16,7% menor do que o registrado em igual período do ano passado, de acordo com dados divulgados pela Adefa, entidade que representa as montadoras locais. Na comparação com dezembro a retração foi ainda maior, 38,8%. 

As exportações somaram 15,3 mil unidades, incremento de 34,7% na comparação com janeiro de 2023 e queda de 29,8% na comparação com dezembro. O Brasil recebeu 73,3% dos veículos exportados pela indústria argentina, que em unidades chegou a 11,2 mil, 6,4 mil a mais do que em janeiro do ano passado. 

Acompanhando a queda nas exportações as vendas internas registraram o pior janeiro dos últimos vinte anos, como já foi antecipado por AutoData, chegando a 33,7 mil unidades, volume 33% menor do que em igual mês do ano passado e avanço de 81,6% na comparação com dezembro:

“Devido às férias de verão na maioria das fábricas, que se estenderam de meados de dezembro a meados de janeiro, somado a questões de sazonalidade, o setor iniciou o ano com os principais índices em queda”, disse o presidente Martín Zuppi. “Exceto pelas exportações por causa da melhoria nos embarques para o Brasil.”

Enel X inaugura eletroposto em shopping center com vinte vagas

São Paulo – A Enel X, divisão da Enel dedicada a soluções energéticas avançadas, inaugurou na terça-feira, 6, eletroposto de 230 m² e capacidade para realizar recarga simultânea de vinte veículos no estacionamento do Shopping SP Market, na Zona Sul de São Paulo.

Com 193 kW de potência instalada o espaço inclui a opção de recargas rápidas, pela qual em 30 minutos a bateria é totalmente recarregada. O serviço terá tarifa promocional durante este mês, segundo a Enel X. O pagamento pode ser feito por meio do aplicativo Zletric, que também oferece a localização dos carregadores, a visualização da disponibilidade e o planejamento da rota até o local.

No ano passado a Enel X instalou em torno de quinhentos carregadores públicos e semipúblicos e forneceu mais de 6 mil carregadores para uso privado, incluindo modelos de recarga rápida. Estes equipamentos estão em estradas, postos de combustíveis, áreas comerciais, industriais e residenciais, e incluem parceria com montadoras, concessionárias e redes de estacionamentos.

De acordo com a companhia seu portfólio abrange desde carregadores de 7 kW AC até 350 kW DC, que possibilitam recargas completas em menos de 15 minutos.

Venda de eletrificados tem o melhor início de ano da história

São Paulo – As vendas de veículos leves eletrificados registraram o melhor janeiro de sua história, com 12 mil 26 unidades emplacadas, de acordo com dados da ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico. O volume foi 167% maior do que o comercializado em igual mês do ano passado, mas 26% menor do que o vendido em dezembro

Janeiro também foi o segundo melhor mês de toda a série histórica registrada pela ABVE, mesmo com o aumento do imposto de importação em 10% para os modelos elétricos e de 12% para os híbridos. O resultado ficou apenas atrás de dezembro, quando somou 16,3 mil vendas, por causa da antecipação de compras.

Do total vendido no mês os elétricos somaram 4,4 mil vendas, alta de 477,2% sobre janeiro do ano passado. Os híbridos plug-ins cresceram 138,9% na mesma base comparativa e somaram 3,9 mil, e os híbridos flex chegaram a 1,6 mil, volume 18,4% maior. 

Os híbridos movidos somente a gasolina aparecem como a quarta principal opção de compra dos brasileiros em janeiro, com 1,3 mil unidades, avanço de 1067,6%, e os híbridos leves, MHEV, são a última opção, com 904 unidades, crescimento de 37,6%.

A BYD encerrou janeiro como a marca mais vendida do segmento, com 4,3 mil veículos. A GWM ficou na segunda posição, mas bem atrás da BYD, com 2,3 mil, seguida pela Toyota, 1,6 mil.

Mercedes-Benz cria seu próprio negócio de locação de caminhões

São Bernardo do Campo, SP – Apenas 2%, de uma frota estimada em 2,5 milhões de caminhões em circulação nas estradas brasileiras, foram adquiridos por meio de locação, calcula Hilke Janssen, presidente e CEO do Banco Mercedes-Benz e da recém-criada Daimler Truck Locações e Serviços, controlada pelo braço financeiro da Daimler Truck no Brasil. Em mercados maduros, como Europa e Estados Unidos, a fatia chega a 25%, afirmou: “O mercado de locação de pesados tem tudo para crescer. E sem concorrer com os financiamentos”.

De olho neste potencial foi criada a nova divisão da Daimler Truck Financial Services, a primeira na América Latina a explorar a locação de caminhões. Em parceria com a empresa e com a rede de concessionárias oferecerá, de início, cem unidades para clientes de médio porte interessados em alugar seu caminhão, com a vantagem de ter impostos, manutenção, serviços de telemetria, seguro e a parcela do financiamento em uma só fatura. O serviço oferecido pela companhia loca, também, o implemento. Em planos que variam de 36 a sessenta meses.

“Existem também vantagens contábeis e tributárias”, explicou Cristina Rensi, chefe da Daimler Truck Locações e Serviços. “Por conseguir declarar as parcelas como despesa, e não bem, é possível pagar menos imposto de renda e contribuição social, por exemplo. Além de não imobilizar ativo, mantendo a capacidade de investimento, e sem comprometer a possibilidade de obter crédito.”

Cristina Rensi. Fotos: Divulgação.

Os passos serão pequenos e firmes, contou a CEO Janssen, que no fim do mês deixará a operação brasileira, onde esteve à frente nos últimos três anos, para assumir novo cargo na América do Norte. De início cem unidades serão negociadas em lote mínimo de três modelos para cada interessado, das linhas Accelo, Atego e Actros. Mais adiante está nos planos incluir os off-road Arocs e ônibus e o elétrico eO500U. A meta é fechar o ano com duzentos caminhões locados.

“Queremos começar pequenos e ter o aprendizado deste novo negócio para poder crescer. Entendemos que duzentas unidades é pouco, mas nosso desejo é ter uma fundação sólida e passo a passo melhorar o produto. Conseguiremos acelerar se for preciso.”

Ao fim do contrato a SelecTrucks, unidade de revenda de seminovos da Mercedes-Benz, tem o compromisso de adquirir o caminhão e ofertá-lo em sua rede.

Rensi disse que, nas pesquisas feitas, não foi possível identificar um tipo de cliente exato para o mercado de locação: “Existem casos e casos. Frotistas de perfil semelhante podem optar pela compra ou pela locação porque, para ele, faz sentido. Existem aqueles que querem ter a propriedade do caminhão e outros que enxergam a frota como serviço, preferindo deixar a gestão terceirizada”.

Ela diz haver, também, espaço para todos concorrerem no mercado, desde as montadoras, que passaram a oferecer serviço de locação nos últimos anos, às empresas especializadas que surgiram recentemente.

No ano passado, destacou Rensi, em torno de 10% dos emplacamentos dos caminhões foram para locação, como afirmou em recente entrevista a Agência AutoData Fábio Leite, CEO da Addiante. Ainda longe dos 25%, mas demonstrando a capacidade do segmento no mercado brasileiro.

Vendas de leves crescem 17% com melhor acesso ao crédito

São Paulo – Com 152,1 mil automóveis e comerciais leves emplacados janeiro apresentou crescimento de 17% sobre o primeiro mês de 2023, segundo divulgou a Fenabrave na segunda-feira, 5. Há um ano o volume licenciado somou 130,4 mil unidades.

O segmento puxou para cima o resultado do mês, em que 161,6 mil veículos leves e pesados foram emplacados, volume 13,2% superior ao de igual mês do ano passado. Os comerciais pesados apresentaram queda na comparação anual.

“O custo e o acesso ao crédito melhoraram a partir do último trimestre”, afirmou José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave. “Isto, aliado à expectativa de redução dos juros oficiais ao longo de 2024, tem melhorado a disponibilidade e diminuído a restrição do crédito por parte dos agentes financeiros.”

Ele destacou também a participação do varejo no resultado do mês, com 60% do total de vendas, ante 40% dos emplacamentos para pessoas jurídicas.

Comparado com o resultado de dezembro houve queda: 35,7% nas vendas de automóveis e comerciais leves e de 35% no geral. Segundo o presidente da Fenabrave este resultado é sazonal e a expectativa ainda é de crescimento para o setor.

“Os primeiros meses do ano concentram algumas despesas que afetam a decisão de compra dos consumidores, como a compra de material escolar, pagamentos de IPVA, IPTU e matrículas, dentre tantos outros.”

Mercado de pesados inicia o ano em queda

São Paulo – As vendas de caminhões começaram o ano em baixa, com 8 mil unidades emplacadas em janeiro, volume 21,7% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando veículos com motor Euro 5 ainda podiam ser vendidos e representavam a maior parte da demanda.

“Precisamos lembrar que houve uma certa concentração decompras de caminhões nos primeiros mesesde 2023, devido ao prazo para comercialização de veículos Euro 5″, disse José Maurício Andreta Júnior, presidente da entidade. “Durante o ano o setor sofreu com problemas de preço da nova tecnologia e para financiamentos, mas aos poucos, foi ocorrendo acomodação”.

No primeiro mês de 2024 apenas unidades Euro 6 foram vendidas, de acordo com os dados divulgados pela Fenabrave. Na comparação com o último mês de 2023 a retração foi parecida, 20,6%. 

O segmento de ônibus somou 1,5 mil vendas, queda de 28,2% na comparação com janeiro de 2023, quando vivia situação semelhante à dos caminhões, impulsionado por vendas de modelos Euro 5. Com relação ao último mês de 2023 houve retração de 17,6%.

AutoZone investe e projeta manutenção do crescimento anual de 40%

São Paulo – Há onze anos no Brasil a AutoZone vem crescendo ao ritmo de 30% a 40% ao ano, principalmente depois da pandemia, na esteira da disparada na venda de veículos usados e seminovos e por causa da maior demanda pela manutenção dos carros. E está investindo US$ 5 milhões na aquisição de terreno em Paulínia, SP, para a construção de um novo centro de distribuição, já em obras, que exigirão aporte equivalente a duas ou três vezes este valor ao longo de 2024. A perspectiva é que seja inaugurado até dezembro.

Foi o que contou à Agência AutoData o presidente da AutoZone no Brasil, Maurício Braz. Se no princípio havia apenas oito lojas, durante os seis anos iniciais no País, que foram espécie de laboratório para entender como o mercado e o consumidor brasileiro funcionam, em 2017 o crescimento foi acelerado e, hoje são 107 revendas de autopeças e acessórios em sete estados. Até o fim do ano a proposta é alcançar 150 unidades nessas mesmas regiões, que abrangem São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, a fim de fortalecer sua presença.

“Percebemos, na pandemia, que o Brasil detém mercado muito resiliente. Até porque operamos com itens de necessidade, uma vez que os carros precisavam continuar rodando.”

Segundo ele, passado este período, o negócio continuou a se expandir em um perfil semelhante, com menos itens na cesta e mais focado em produtos de entrada, e a oferta foi adequada a essa procura. Tanto que a rede possui o propósito de constantemente diversificar o portfólio, assegurou o executivo, com opções de produtos que equilibram menor tempo de garantia para chegar a um preço menor, por exemplo, além de itens de qualidade superior, equivalente à das OEMs, e da linha premium:

“Estamos sempre abertos para experimentar novos produtos. Inclusive temos itens de marcas próprias da AutoZone fabricadas na China, que representam em torno de 15% das vendas”.

Neste cenário a empresa vê com otimismo moderado as perspectivas de retomada da economia, redução de juros e maior acesso ao crédito. E a aposta do retorno financeiro se dá mais sobre o crescimento da rede e a maior penetração no mercado do que, de fato, no avanço econômico: “Como nosso crescimento é orgânico seguimos projetando o crescimento de dois dígitos de 30% a 40%, pelo menos”.

AutoZone projeta terminar 2024 com pelo menos 150 lojas no Brasil e com crescimento do portfólio, reforçado por marcas próprias fabricadas na China. Foto: Divulgação.

Expansão e relação de confiança

Hoje, a operação brasileira, composta apenas por lojas próprias, emprega 1,3 mil funcionários no varejo e nos escritórios, além de outros duzentos no centro de distribuição, diretos e indiretos. O CD opera em ambiente alugado de 16 mil m2 e comporta até 40 mil itens. A sede própria dobrará o espaço para 35 mil m2. A expectativa é fechar o ano com pelo menos 2 mil empregados, considerando próprios e terceirizados.

“Estamos em um negócio cujo propósito é atender ao cliente, identificar sua necessidade de locomoção e reparar seu meio de transporte, independentemente de sua demanda, que se for por peças de veículos elétricos atenderemos. Nos Estados Unidos, onde temos mais de 6,5 mil lojas, já fazemos isso.”

Braz enfatizou que o propósito da empresa é compreender o que o proprietário do veículo precisa e focar em oferecer orientação, mais do que vender a peça. O plano é estabelecer relação de confiança e, por isto, alguns serviços são gratuitos, como teste de bateria.

“Costumo dizer que somos distribuidores de nós mesmos. Temos nosso CD, distribuímos para as lojas, onde falamos com o mecânico e com o cliente final adepto do faça você mesmo.”

Para dar apoio à ampliação da atividade em meio à expectativa de retomada do mercado de 0 KM o presidente da AutoZone avaliou que há espaço para os dois, tanto o novo como o usado. E que o carro novo hoje será seu cliente daqui a alguns anos.

“Somos a loja de proximidade e, por enquanto, o cliente pode dizer: há uma loja AutoZone na minha cidade. Mas queremos que ele diga em breve: há uma loja AutoZone no meu bairro.”

Caoa Chery reduz R$ 10 mil em quase todos os modelos da linha Tiggo

São Paulo – A Caoa Chery anunciou a chegada da linha Tiggo 2025 com redução de até 7% no preço final. De acordo com a empresa este movimento foi possível pelo ganho de escala e pela produtividade alcançada desde janeiro, quando a fábrica de Anápolis, GO, começou a produzir em dois turnos, ampliando o volume produzido por dia, assim como o número de colaboradores da unidade

O Tiggo 5x, porta de entrada para os SUVs Chery, custa R$ 115 mil na versão Sport, contra R$ 120 mil na linha 2024. As versões 5x Pro e 5x Pro Hybrid Max Drive, tem preços de R$ 130 mil e R$ 145 mil, respectivamente, sendo que na linha 2024 os valores eram R$ 140 mil e R$ 155 mil.

O SUV Tiggo 7 tem o mesmo preço de R$ 170 mil para as versões Pro Max Drive e Pro Hybrid Max Drive, redução de R$ 10 mil na comparação com a linha 2024. O Tiggo 8 Max Drive, com sete lugares, fecha o portfólio em versão única com preço de R$ 180 mil, também R$ 10 mil mais barato do que no ano passado.

Stellantis nega interesse em fusão com Renault

São Paulo – O presidente da Stellantis, John Elkann, negou qualquer tipo de interesse da empresa em uma fusão com a Renault, após surgirem alguns rumores no mercado, de acordo com a agência de notícias Ansa. Ele disse que não existe qualquer plano de fusão e que a Stellantis está focada em seu plano global Dare Forward:

“Não existe qualquer plano a respeito de operações de fusão com outras montadoras. A empresa está concentrada na execução do plano estratégico Dare Forward e na realização de projetos para reforçar a atividade em cada mercado onde está presente, incluindo na Itália”.

Vale lembrar que a Stellantis dispõe de marcas francesas em seu portfólio, como Peugeot e Citroën, após a fusão do Grupo FCA com a PSA.