Grupo Renault fechou 2023 com números positivos

São Paulo – O Grupo Renault registrou em 2023 resultados que superaram as expectativas iniciais e obteve valores jamais alcançados. O faturamento alcançou € 52,4 bilhões, aumento de 13,1% ante o ano anterior. A margem operacional foi recorde, de € 4,1 bilhões ou 7,9% da receita – em 2022 o porcentual havia sido de 5,5% e a projeção inicial para o ano passado de 6%.

Com isso o fluxo de caixa livre foi o maior já atingido, ao totalizar € 3 bilhões, contra perspectiva no início de 2023 de € 2 bilhões, valor semelhante ao obtido em 2022, de € 2,1 bilhões. O resultado líquido fechou positivo em € 2,3 bilhões — no ano anterior tinha ficado negativo em € 716 milhões.

A posição financeira líquida da divisão automotiva encerrou o ano em € 3,7 bilhões, ante € 549 milhões de 2022. Um dos pontos foi o incremento de € 764 milhões correspondentes à venda de 211 milhões de ações da Nissan possuídas pela Fidúcia Francesa implementada de acordo com o novo acordo da Aliança.

Luca de Meo, CEO do Grupo Renault, atribuiu os resultados recordes ao plano Renaulution iniciado em 2021, em três fases: ressurreição, até 2023, com foco na recuperação da geração de caixa e margens, renovação, até 2025, para gamas de produtos mais lucrativos, e revolução, a partir de então, com destaque para modelos de negócios em mobilidade, tecnologia e energia.

“Em 2024 nós nos beneficiaremos de um número jamais visto de lançamentos de veículos, demonstrando a renovação do Grupo Renault e continuando a otimizar nossa estrutura de custos.”

No ano passado o grupo vendeu, globalmente, 2 milhões 230 mil veículos, 9% acima de 2022. Na Europa as vendas cresceram 18,6%, acima do mercado, que avançou 13,9%. É onde o grupo possui dois veículos no Top 3 dos mais vendidos e passou do quinto para o segundo lugar no ranking geral. Além disso há carteira de pedidos com 2,5 meses de vendas futuras. Tudo atribuído à renovação da gama.

Este ano haverá dez lançamentos, ao mesmo tempo em que a redução de custo deverá continuar. O plano é que a margem operacional do grupo represente 7,5% do faturamento e que o fluxo de caixa livre atinja € 2,5 bilhões.

A marca Renault assumiu o terceiro lugar em veículos eletrificados na Europa, com alta de 19,7% nas vendas, o que representou 39,7% do total das vendas, sendo 11,3% elétricos. A demanda por híbridos cresceu 62%, com destaque para os modelos Austral, Clio e Captur, que estão reunidos no Top 10 desta forma de propulsão.

O International Game Plan 2027, adotado no Brasil e na Turquia no ano passado, agora será levado ao Marrocos e à Coreia do Sul. Nos próximos três anos a Renault investirá € 3 bilhões para lançar oito modelos fora da Europa, com a ambição de ter um eletrificado a cada três vendidos.

A previsão para 2024 é que os mercados europeu e latino-americano continuem estáveis.

Colômbia registra queda de 16% nas vendas de veículos em janeiro

São Paulo – Assim como no Chile as vendas de veículos na Colômbia começaram o ano em queda, com 11,6 mil unidades em janeiro. O volume é 16,4% menor do que o registrado em igual período do ano passado e 41,7% inferior ao vendido em dezembro, de acordo com dados divulgados pela Andemos, entidade que representa os vendedores locais.

Em janeiro a Toyota liderou o mercado com 1,7 mil veículos vendidos. Em segundo lugar ficou a Chevrolet, com 1,5 mil, seguida de perto pela Renault, que somou 1,4 mil unidades. 

Após o resultado do primeiro mês do ano a Andemos divulgou que a projeção para 2024 é encerrar com 171,3 mil unidades vendidas, contra 186,8 mil em 2023, o que representará queda de 8,3%.

Toyota planeja produzir picape média em Sorocaba

São Paulo – Após colocar na rua seu lançamento aguardado para o comecinho de 2025, o SUV compacto híbrido flex Yaris Cross, a Toyota já planeja trabalhar em um novo projeto para sua fábrica de Sorocaba, SP. De olho na necessidade de transporte e entregas urbanas a empresa cogita, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e região, produzir uma picape média que já nascerá híbrida e concorrerá com a Fiat Toro, a Chevrolet Montana e a Renault Oroch.

O início da produção da picape, no entanto, considerando que o SUV começará a ser fabricado no fim de 2024, é previsto a partir de 2027, a depender do mercado, uma vez que demora, em média, dois anos para preparar a linha de produção para um novo modelo, segundo a entidade sindical.

“As perspectivas de investimento seguem fortes na Toyota”, afirmou o presidente do sindicato Leandro Soares, referindo-se a reuniões realizadas pelos executivos da montadora com trabalhadores e representantes da entidade, apesar do revés tido com a decisão da renovação dos incentivos do Norte e Nordeste.

A empresa informou que “mantém postura reservada com relação a projetos e planos futuros, optando por não comentar sobre esses temas”. No entanto, prosseguiu, “a companhia reafirma seu compromisso contínuo com o País”.

Marcelo Silva, dirigente sindical e integrante do CSE Toyota, assinalou que a intenção é que a nova picape híbrida seja fabricada em Sorocaba, pois, segundo ele, trata-se da única unidade capaz de produzir todos os carros da marca, onde até mesmo a Hilux poderia ser feita caso a companhia desejasse trazer o produto da Argentina para cá.

“Não há outro lugar onde a picape seja produzida. O futuro da Toyota no Brasil é Sorocaba.”

Até que este projeto seja iniciado, porém, a informação que os sindicalistas dispõem é a de que o SUV híbrido, chamado de Next-B dentro da empresa, é o Yaris Cross: “O carro ficará mais robusto e o preço será atrativo, pois, se considerarmos que o Yaris a combustão custa em torno de R$ 110 mil, imagino que o híbrido venha competitivo, com preço na faixa de R$ 130 mil”.

Silva contou que a partir de agosto haverá paradas na linha para que seja produzido e ajustado o protótipo do Yaris Cross híbrido. Ele estimou que a produção terá início em novembro – um mês antes do que o divulgado por Rafael Chang, recém nomeado presidente da Toyota América Latina e Caribe, durante o Congresso AutoData Perspectivas 2024, no fim do ano passado. Mas o modelo deverá chegar ao mercado em 2025.

Na ocasião Chang contou que a Toyota tem estudos para tornar realidade modelo híbrido flex plug-in inédito, mas não deu pormenores de qual carro estrearia esta tecnologia.

Sobre o SUV compacto a Toyota informou que, no momento oportuno, revelará o modelo: “Como líderes e pioneiros na tecnologia híbrida flex a empresa está empenhada em promover a produção local, gerando emprego e renda no País e contribuindo com as suas metas de descarbonização”.

Mercado chileno inicia o ano com queda de 9% nas vendas

São Paulo – As vendas de veículos leves no Chile começaram o ano em queda, com 25,1 mil unidades emplacadas em janeiro, recuo de 9,1% na comparação com janeiro do ano passado. Com relação a dezembro houve queda de 7,4%, de acordo com os dados divulgados pela Anac, entidade que representa os vendedores locais.

A Anac revelou dois fatores principais para este recuo no primeiro mês do ano: a dificuldade de acesso ao crédito que o consumidor chileno está enfrentando, assim como o cenário macroeconômico nacional que está em retração, situações que persistem desde o ano passado.

No segmento de caminhões, que está mais ligado ao desempenho das atividades econômicas, a queda foi de 14,7% na comparação com janeiro do ano passado. O mês passado registrou a venda de 1 mil unidades. O resultado foi 13,6% menor quando comparado com dezembro. 

Os ônibus somaram 129 unidades vendidas em janeiro, volume 60,9% menor do que o registrado em janeiro do ano passado. Na comparação com dezembro houve retração de 51,1%.

Librelato investe R$ 15 milhões para modernizar fábrica

São Paulo – A Librelato investiu R$ 15 milhões na modernização de sua unidade de Criciúma, SC, inaugurada em 2010. Os recursos foram empregados na aquisição de maquinário para a digitalização de processos, a fim de otimizá-los, e na introdução de robotização em determinados pontos da linha de produção, que também foi ampliada, de olho no aumento da demanda por implementos rodoviários.

Os aportes incluíram, ainda, melhorias em estações de tratamento de efluentes líquidos e de água. Instalada em área construída de 20 mil m² a fábrica de Criciúma possui capacidade de produção média de trinta implementos por dia, para aplicações de carga aberta, incluindo a linha de graneleiros e de porta-contêineres. 

Desde 2022 a unidade opera com a maior célula robotizada de soldagem de chassi da América Latina, segundo a Librelato, o que permite a conclusão da soldagem de um implemento em 30 minutos. A aquisição da solda, por R$ 12 milhões, deu início à promoção do avanço à indústria 4.0 na unidade, que emprega em torno de quinhentos profissionais.

Stellantis investirá € 103 milhões para ampliar produção de componentes para EVs

São Paulo – A Stellantis anunciou que aumentará a sua produção de módulos de propulsão elétrica, os EDMs, e para isto investirá € 103 milhões na fábrica de Szentgotthard, Hungria. Por lá a produção dos módulos está prevista para começar até dezembro de 2026, segundo comunicado divulgado pela companhia. 

O valor que será investido faz parte do plano estratégico Dare Forward 2030, que inclui a transformação de fábricas já existentes para funcionarem no futuro eletrificado da empresa. A Stellantis já produz motores e transmissões para veículos eletrificados em outras regiões, como França e Estados Unidos.

BYD estuda fábrica no México de olho nos Estados Unidos

São Paulo – A BYD projeta a construção de fábrica de veículos elétricos no México com o objetivo de torná-la plataforma de exportação para os Estados Unidos. Segundo o relatório Nikkei a empresa já iniciou seus estudos de viabilidade e está negociando com autoridades locais os termos e a localização da unidade. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters.

A marca entrou no Top 10 do ranking do Brasil ao licenciar 4,3 mil veículos em janeiro. Com investimento em torno de R$ 3 bilhões a partir do primeiro trimestre de 2025 a BYD iniciará a produção em Camaçari, BA, em terreno ocupado pela Ford até 2021.

BYD inicia o ano no Top 10 do mercado brasileiro

São Paulo – Em janeiro a BYD emplacou 4,3 mil veículos, volume que deu a ela o décimo degrau do ranking brasileiro de vendas de automóveis e de comerciais leves. A companhia, que por enquanto opera somente por meio de importações, deixou para trás fabricantes como Caoa Chery, Peugeot e Citroën, que nos últimos meses ocuparam a mesma décima posição.

Há um ano a BYD somou, no mesmo janeiro, 150 unidades. O desempenho foi puxado pelo compacto elétrico Dolphin, que registrou 1,8 mil unidades comercializadas. Mas o Song Plus, com 1,5 mil, também teve bom volume de vendas. 

Nas primeiras posições ficaram, pela ordem, Fiat, Volkswagen e Chevrolet. Em janeiro a Hyundai superou a Toyota e conquistou a quarta posição e a Nissan ficou à frente da Honda na briga pelo oitavo lugar.

Veja as dez marcas mais vendidas de janeiro:

Toyota promove mudanças na sua diretoria da América Latina

São Paulo – A Toyota promove mudanças em suas lideranças na América Latina e Caribe a partir de 1º de março, quando o atual CEO Masahiro Inoue, conhecido por Massa, retornará ao Japão para assumir a presidência da Dahiatsu. Ele esteve no cargo nos últimos cinco anos.

Masahiro Inoue

Em seu lugar ficará Rafael Chang, que também nos últimos cinco anos foi o presidente da Toyota do Brasil. Com mais de trinta anos de experiência na companhia Chang passou por diversos cargos no Peru, Japão e Venezuela.

À frente da operação nacional foi nomeado, pela primeira vez, um brasileiro: Evandro Maggio, que ocupava a diretoria regional de pesquisa e desenvolvimento e compras. Ele já passou por diversas posições nas áreas comercial, recursos humanos e na Lexus, no Japão.

Evandro Maggio

Allison fornecerá transmissão automática para ônibus do Caminho da Escola

São Paulo – O anúncio de subsídios do FNDE, Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional, para financiar 320 ônibus equipados com transmissão totalmente automática como parte do Caminho da Escola permitiu acordo da Allison Transmission com a Volare, que produzirá os primeiros veículos escolares com esta característica na América do Sul.

Os ônibus Volare 4×2 e 4×4 serão equipados com as transmissões Allison T2100 xFE. Na avaliação do gerente comercial mercado interno da fabricante de ônibus, Sidnei Vargas da Silva, a introdução das transmissões totalmente automáticas Allison “será revolucionária no progresso do transporte escolar” em uma colaboração que “melhora o bem-estar dos estudantes e dos motoristas”.

Como a proposta do programa do governo federal Caminho da Escola é fornecer ônibus escolares para transportar alunos em áreas rurais e locais de difícil acesso os modelos totalmente automáticos facilitam a sua condução em estradas com lama, cascalho ou areia.