BMW e Toyota ampliam parceria para célula de combustível de hidrogênio

São Paulo – O BMW Group e a Toyota Motor Corporation estão reunindo suas capacidades de inovação para desenvolver geração de tecnologia de trem de força de célula de combustível para as estradas. Ambas as montadoras partilham da intenção de avançar a economia do hidrogênio e desenvolver, conjuntamente, sistemas de células de combustível de próxima geração e expandir a infraestrutura, visando a realização de uma sociedade de hidrogênio.

O resultado desse esforço colaborativo será utilizado em modelos individuais da BMW e da Toyota e expandirá a gama de opções de FCEV, veículo elétrico de célula de combustível, disponíveis. A BMW planeja lançar seu primeiro FCEV de produção em série em 2028. Será o primeiro do tipo oferecido por um fabricante premium global.

ZF inicia produção local de nova geração de discos de embreagem

São Paulo – A ZF anunciou o início da produção nacional de nova geração de discos de embreagem TD200. Projetados para equipar caminhões médios e ônibus, com a proposta de oferecer alto desempenho em aplicações severas, inicialmente os componentes atendem ao mercado de reposição e, até o fim do ano, a expectativa é a de que já estejam disponíveis para as montadoras.

Com diâmetros de 330mm até 395mm, os discos trazem inovação tecnológica, maior capacidade de eliminar vibrações torcionais dos motores dos veículos e também maior sustentabilidade, uma vez que seu design inclui remanufatura, segundo a ZF.

Esses componentes substituem produtos novos de duas famílias, a TD188 e TD212, que permanecem sendo ofertadas na linha de remanufaturados.

Venda de veículos eletrificados supera as 100 mil unidades no ano

São Paulo – As vendas de veículos leves eletrificados superaram a marca das 100 mil unidades comercializadas de janeiro a agosto deste ano, chegando a 109,3 mil unidades emplacadas, alta de 123% sobre igual período do ano passado.

Em agosto foram comercializadas 14,7 mil unidades, aumento de 57% na comparação com idêntico mês do ano passado e leve queda de 4% com relação a julho, segundo os dados divulgados pela ABVE, entidade que representa o segmento.

Para o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, o crescimento dos veículos eletrificados está em ritmo forte no Brasil: “Esse crescimento constante mostra que o veículo elétrico ganha cada vez mais a confiança do consumidor brasileiro”.

No ano a maior demanda foi por veículos elétricos, que somaram 41 mil vendas e participação de 37,5%. Em segundo lugar ficaram os híbridos plug-in, com 35,7 mil unidades comercializadas e 32,7% de share, seguidos pelos híbridos convencionais com motor flex, que somaram 14,3 mil vendas e 10,9% de share. O quarto lugar ficou para os híbridos convencionais movidos a gasolina, com 9,7 mil vendas e fatia de 9% do mercado e em quinto os micro-híbridos com 8,5 mil vendas e 5,8% de participação.

A ABVE também divulgou o número atualizado de eletropostos no Brasil, que chegou a 10,6 mil unidades até agosto, sendo 9,6 mil de carga lenta e 1,1 mil de carga rápida.

Karin Rådström será a nova CEO da Daimler Truck

São Paulo – Karin Rådström, responsável globalmente pela divisão de caminhões da Mercedes-Benz, assumirá novo desafio a partir de 1º de outubro: a sueca foi nomeada pelo Conselho Administrativo da Daimler Truck Holding AG como a nova CEO da empresa, em sucessão a Mart Martin Daum, que após quase quatro décadas no grupo renunciará simultaneamente ao cargo, mas permanecerá como integrante do conselho até 31 de dezembro, a fim de assegurar transição mais tranquila.

Com o objetivo de abrir caminho para o próximo capítulo de transformação da empresa, Rådström permanecerá na nova posição até 31 de janeiro de 2029. A executiva é reconhecida pela companhia por ter remodelado, em um curto período – ela ingressou no Conselho da Daimler Truck em 2021– a rentabilidade do segmento com sucesso e por ter avançado na transformação em direção à sustentabilidade.

“Com visão e espírito empreendedor, introduziu gama de novos caminhões elétricos e, juntamente com sua equipe, impulsionou o foco no cliente, levando a uma oferta de serviços aprimorada, ampliando a satisfação dos clientes com a marca”, disse comunicado da empresa.

Antes de ingressar na Daimler Truck, a engenheira supervisionou vendas e marketing como membro do Conselho Executivo na Scania, ocupando também a posição de vice-presidente sênior, chefe de ônibus e ônibus rodoviários.

Karin Rådström continuará responsável pelos caminhões Mercedes-Benz até que sua sucessão seja decidida.

Produção de veículos na Argentina reage em agosto

São Paulo – Agosto foi o melhor mês de produção de veículos na Argentina, de acordo com os dados divulgados pela Adefa, entidade que representa a indústria local. No mês passado foram fabricadas 51,6 mil unidades, alta de 16,2% na comparação com julho, mas 18,6% abaixo a agosto do ano passado.

“Com o final de agosto vemos que a tendência de crescimento está se consolidando. Pelo terceiro mês consecutivo, as três principais variáveis ​​do nosso setor mantiveram a tendência de alta”, disse Martín Zuppi, presidente da Adefa, que ressaltou o aumento das exportações como um ponto que puxou o crescimento da produção.

Ainda que o setor esteja consolidando o início de uma recuperação, de janeiro a agosto a produção de veículos na Argentina caiu 23,4% na comparação com iguais meses do ano passado, somando 312,8 mil unidades.

Em agosto foram exportados 32,8 mil veículos, alta de 15,6% sobre julho e incremento de 13,5% na comparação com agosto do ano passado. No acumulado dos oito meses do ano, os embarques somaram 187,9 mil unidades, retração de 10,3% com relação ao mesmo período de 2023.

As vendas, conforme já noticiado pela Agência AutoData, atingiram o segundo maior patamar do ano em agosto, com 41,4 mil veículos emplacados, expansão de 4,8% sobre agosto do ano passado e queda de 4,1% com relação a julho, que foi o melhor mês do ano.

No acumulado o mercado argentino registrou queda de 16,1% na comparação com os mesmos meses do ano passado, somando 268 mil vendas.

Montadoras ainda preferem gasolina para o primeiro abastecimento

São Paulo – Eleito, ao menos no discurso do governo e das montadoras, como principal alternativa para a descarbonização do transporte no Brasil, o etanol hidratado corresponde a apenas 25,5% do combustível consumido pelos brasileiros, segundo dados da Unica referentes ao período de janeiro a julho. Somado o anidro, aquele que é misturado à gasolina na proporção de 27% do volume, a presença do biocombustível chega a 45,6%.

Ou seja, ainda mais da metade do combustível usado nos carros pelo País têm origem fóssil e maior emissão de CO2. De positivo temos a consciência de que há ainda espaço para crescer – e o etanol vem crescendo: de janeiro a julho consumo do biocombustível hidratado subiu 50%, enquanto o da gasolina C caiu 7%.

No começo da semana a Stellantis anunciou que, a começar pela fábrica de Goiana, PE, usará etanol no primeiro abastecimento de todos os seus veículos flex produzidos, ainda na linha de montagem. O tanque recebe gasolina ainda em Betim, MG, e Porto Real, RJ, até o ano que vem, quando também será feita a conversão para o biocombustível.

A reportagem da Agência AutoData foi consultar como é feito o primeiro abastecimento nas demais fabricantes que têm carros flex nas linhas. Apenas a Hyundai o faz com etanol, e desde 2012, em sua fábrica de Piracicaba, SP.

General Motors, Renault, Nissan e Toyota usam gasolina no abastecimento dos caros flex das suas linhas de montagem. A Volkswagen “por questões estratégicas” não revela qual o combustível utilizado. Honda e Caoa não responderam os questionamentos até a publicação da reportagem.

Segundo a Toyota a opção por gasolina se dá por logística: equipamentos dos polos produtivos, como empilhadeiras, e os veículos destinados à exportação utilizam o combustível.

Toyota e Renault acrescentaram que seus veículos de frota, executivos, circulação interna e de imprensa, são preferencialmente abastecidos com etanol. Esta medida foi adotada pela Volkswagen em 2021, anunciada pelo então presidente Pablo Di Si.

Mudança é complexa

Seria uma iniciativa louvável, portanto, que as montadoras passassem a adotar etanol em vez de gasolina no primeiro abastecimento. Além de indicar ao consumidor a opção que ajudaria a descarbonizar o setor, a iniciativa reduzirá, segundo a Stellantis, mais de 2,1 mil toneladas de CO2 emitidas na queima de combustível do primeiro abastecimento, uma redução de 87% em emissões.

Mas a mudança é complexa, conforme explicou Fabrício Biondo, diretor de comunicação da Stellantis América do Sul. “O trabalho demorou quase dois anos. Na linha de montagem, que produz 250 mil carros por ano, existem ícones que identificam o abastecimento: tem benzina, diesel, gasolina, gasolina para exportação, que é diferente, e agora o etanol”.

Segundo o executivo a Stellantis precisou fazer um processo para que o etanol, que é um combustível mais sujeito a deterioração, não seja perecido durante o transporte, que pode demorar dias ou meses no caso de exportação – para o Paraguai, por exemplo, os veículos enviados são flex. “E como toda mudança de produto ou processo precisamos de um tempo de validação”.

Colaboraram Caio Bednarski, Leandro Alves e Soraia Abreu Pedrozo

Stellantis investirá R$ 2 bilhões em Córdoba para produzir nova família de veículos

São Paulo – A Stellantis produzirá em sua unidade de Córdoba, Argentina, dois novos modelos a partir de uma nova plataforma ainda não utilizada na região. Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis na América do Sul, esteve com seus funcionários na fábrica argentina para anunciar o investimento de US$ 385 milhões, justamente os R$ 2 bilhões adicionais ao plano de R$ 30 bilhões que se transformou em R$ 32 bilhões para a região de 2025 a 2030.

“Viemos até aqui para fazer, na realidade, vários anúncios: novos produtos, que serão fabricados já no ano que vem, uma fábrica de motores e a instalação do fornecedor Suramericana em Córdoba”.

O presidente da Stellantis ainda comemorou que haverá novas contratações, das quais 50% serão mulheres. Hoje a unidade de Córdoba emprega 1,1 mil funcionários para a produção do Fiat Cronos, o sedã compacto mais vendido na Argentina, que também é exportado para o Brasil. Segundo o executivo naturalmente será ampliada a capacidade de 162 mil unidades ao ano com o novo ciclo de investimentos.

Sobre a nova família de veículos e a produção de motores a combustão Capellano afirmou que em breve haverá novidades sobre esses novos projetos que serão exportados para outros mercados além da América do Sul e, no caso do motor “claramente será utilizado também em nossa produção no Brasil e, além disso, já está preparado para receber novas tecnologias”.

A Suramericana, que será incorporada à rede de provedores da produção de Córdoba, é uma empresa argentina adquirida pela Stellantis há um ano e meio e que fornece vários componentes como chicotes, peças plásticas injetadas e taque de combustíveis.

Além do investimento em Córdoba Cappellano fez um breve balanço sobre o desempenho da companhia, ressaltando a liderança nos mercados do Brasil [29,8% de participação nos licenciamentos] e da Argentina [também 29,8% de market share], além do primeiro lugar no Uruguai e segunda posição no Chile, o que garante 23,1% das vendas totais na América do Sul somadas todas as marcas da Stellantis.

Sobre o lucro operacional ajustado de € 1,1bilhão, no primeiro semestre, alta de 7,7% sobre igual período do ano anterior, Cappellano afirmou que os volumes negociados foram muito parecidos em 2023 e 2024, mas que o resultado poderia ser ainda mais positivo porque “de fato fomos impactados em parte pela greve do Ibama e o acontecimento do Rio Grande do Sul, mas também a redução do mercado argentino na primeira parte do ano. Mesmo assim, ficamos muito próximos em termos de volume absoluto”.

A expectativa segue positiva para os próximos meses diante dos bons resultados no Brasil e na Argentina: “Para o segundo semestre, por enquanto, considerando o que nós fizemos em agosto, estamos vendo um mercado que continua impulsionando um certo crescimento no Brasil, uma retomada na Argentina. Então eu diria que não estamos esperando reduções de volume no curto prazo. Sabemos que há volatidade a todo o momento, as coisas podem mudar, mas por enquanto o mercado na região tem uma performance em linha com o esperado”.

Até o final do ano a Stellantis pretende lançar o Citroën Basalt, feito em Porto Real, RJ, e outros três modelos, dentre os quais dois com a plataforma Bio Hybrid, ou seja, modelos com a tecnologia híbrido flex. “Já estamos produzindo esses novos Bio Hybrid, e passamos agora para a fase de validação da produção e do produto”.

O último modelo a ser lançado este ano no Brasil será um veículo importado, que Cappellano deixou escapar, no fim da entrevista coletiva,“provavelmente a nova RAM 1500”.

Anfavea entrega estudo sobre descarbonização para o governo

São Paulo – Pouco mais de três anos depois de apresentar o estudo O Caminho da Descarbonização do Setor Automotivo no Brasil a Anfavea, em parceria com a mesma BCG, Boston Consulting Group, finalizou uma versão atualizada e a entregou a Geraldo Alckmin, ministro do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, na quinta-feira, 5. O trabalho atualiza alguns dados e reforça o discurso que vem sendo feito nos últimos anos: a solução para o Brasil é a eletrificação combinada com biocombustíveis.

Se em 2021, quando o então presidente Luiz Carlos Moraes apresentou o estudo original, a perspectiva era chegar a 2035 com pelo menos um terço das vendas domésticas compostas por eletrificados em cenário de inércia, agora a expectativa é de que mais da metade do mercado será de híbridos e elétricos já em 2030, podendo chegar a 90% dez anos depois. De lá para cá diversos investimentos indo para esta direção foram anunciados, além da crescente demanda por elétricos, a preços mais acessíveis, trazidos da China.

Já em pesados as novas tecnologias de propulsão poderão representar 60% do mercado em 2050. No segmento de ônibus urbanos a expectativa é de que, já em 2035, os elétricos respondam por metade das vendas.

Cenários de redução de emissões

Segundo a nova etapa do estudo Avançando nos Caminhos da Descarbonização Automotiva no Brasil, apresentado pelo presidente Márcio de Lima Leite, atualmente 242 milhões de toneladas de CO2 são emitidas, por ano, pelo setor de transporte, ou 13% do total do Brasil. Caso siga no ritmo atual a emissão subirá para 246 milhões de toneladas de CO2 nos próximos quinze anos.

“A combinação dos esforços de intensificação das novas tecnologias de propulsão com maior uso de biocombustíveis pode gerar redução de 280 milhões de toneladas de CO2 nos próximos quinze anos.”

Medidas complementares, segundo o executivo, poderão elevar esta economia para 400 milhões de toneladas de CO2. Seriam elas, e dependentes de medidas do governo: renovação de frota, inspeção veicular, aumento do poder calorífico dos biocombustíveis e adoção de programas de reciclagem veicular.

O estudo apontou também para a necessidade de investimento em infraestrutura. Com o aumento dos eletrificados na frota, tanto em leves como em pesados, e da mistura do etanol na gasolina para 35% e do biodiesel no diesel para 30%, mais energia elétrica e produção de biocombustíveis seria necessária para manter o ecossistema em pé.

Jefferson Kohler é o novo gerente comercial de pós-vendas da Volvo CE

São Paulo – Jefferson Kohler é o novo gerente comercial de pós-vendas da Volvo CE no Brasil. O executivo será responsável por dar continuidade à expansão de serviços na rede de distribuidores na América Latina.

Para expandir seus negócios de pós-vendas a empresa tem desenvolvido novas soluções como inteligência de negócios, e-commerce de peças, telemática e soluções digitais. Kohler tem mais de vinte anos de experiência na indústria de máquinas e trabalhou por mais de treze anos no grupo CNH Industrial.

Por R$ 183 mil BYD Yuan Pro, elétrico, concorre com os SUVs compactos a combustão

São Paulo – O SUV compacto elétrico Yuan Pro é a novidade da BYD para o mercado brasileiro. Opção menor e mais barata do que o Yuan Plus, que é mais refinado e briga em uma categoria acima, a dos SUVs médios, a novidade disputará mercado com modelos como Hyundai Creta e Volkswagen T-Cross. O preço de lançamento é de R$ 182,8 mil e reforça o objetivo da marca de vender 100 mil unidades até dezembro.

De janeiro a agosto a BYD vendeu 45,3 mil unidades e, nos próximos quatro meses, terá que comercializar 54,7 mil para atingir sua projeção. Para acelerar o ritmo a picape Shark chega em outubro e ações comerciais, com descontos exclusivos para alguns modelos, também serão realizadas com a intenção de impulsionar as vendas.

E no Yuan Pro ações chegaram junto com o modelo: a BYD fez parceria com o Santander para financiamento com condições exclusivas e carência de noventa dias para iniciar o pagamento, enquanto o seguro da Porto Seguro será gratuito durante o primeiro ano de uso do modelo. As revisões anuais programadas também serão sem custo para os proprietários durante cinco anos, ou até o SUV completar 100 mil quilômetros. 

Além do preço, do motor elétrico e de condições diferenciadas a BYD também pretende atrair clientes a partir dos materiais usados na produção do Yuan Pro, que tem 80,2% da sua carroceria composta por aço de alta resistência, que suporta mais de 10 toneladas de pressão por cm², tornando o veículo mais seguro.

Posicionado com preço similar ao de algumas versões de SUVs compactos disponíveis no mercado o Yuan Pro será vendido em configuração única e almeja ser o primeiro SUV elétrico de muitos brasileiros. A bateria é de 45 kWh e sua autonomia é de 390 quilômetros na cidade e de 316 quilômetros na estrada, segundo os números divulgados pela BYD, que realizou testes seguindo os padrões do Inmetro.

Os números do PBEV, Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, porém, apontam para uma autonomia de 250 quilômetros. O tempo de recarga em um eletroposto rápido é de 20 minutos para recuperar a capacidade de rodar 180 quilômetros.

A lista de itens de série oferece ar-condicionado automático e digital, multimídia com tela sensível ao toque de 12,8 polegadas, quadro de instrumentos digital, câmara panorâmica 360º, sistema que permite usar a bateria do veículo como fonte de energia para equipamentos externos, conexão com internet, GPS nativo, chave digital NFC que permite abrir e fechar o carro por meio de um smartphone.