Preços médios de carros 0 KM sobem 0,5% em janeiro

São Paulo – O Monitor de Variação de Preços da KBB Brasil, da Cox Automotive, apontou discreta alta nos preços médios dos veículos 0 KM em janeiro. Após fechar dezembro com recuo de 0,21%, no mês passado a variação positiva chegou a 0,54%.

No caso dos seminovos a tendência de queda do fim de 2023 foi mantida: os veículos ano/modelo 2022 recuaram 0,91% em janeiro, após recuarem 0,68% em dezembro. Os ano/modelo 2023 tiveram preços 0,81% e 0,61% menores, respectivamente em janeiro e em dezembro.

Os usados, com quatro a dez anos de uso, também seguiram com preços em baixa: na média 0,64%, após leve variação positiva de 0,05% no último mês do ano passado.

Caxiense Fras-le comemora 70 anos no mercado

São Paulo – Sete décadas atrás nascia a Fras-le em Caixas do Sul, RS, hoje integrante da multinacional brasileira Frasle Mobility, e desde 1996 controlada pela Randoncorp. A companhia produz linhas de pastilhas e lonas de freio para veículos pesados e automóveis, para transportes aéreo, metroviário e ferroviário e produtos para aplicação industrial.

Ainda em 1969 a Fras-le iniciou sua internacionalização com exportações para o Paraguai, expandindo, na sequência, suas operações para toda a América Latina. Posteriormente estabeleceu-se na América do Norte, Europa e na Ásia. Hoje está presente em 125 países.

Cinquenta anos atrás constituiu o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Francisco Stédile, integrado por três laboratórios, a fim de impulsionar a criação de produtos inovadores.  Trata-se de um dos maiores centros de pesquisa e desenvolvimento da América Latina.

Um dos projetos mais recentes visando à descarbonização é o da sapata de freio ferroviária, no qual alterações no processo de fabricação e na formulação da peça reduziram a pegada de carbono do produto em 43%.

Sob o mote Essa Marca Faz História a Fras-le planeja série de eventos comemorativos para clientes, investidores, colaboradores, fornecedores. Ações de aniversário também estão previstas durante a Festa Nacional da Uva 2024, que ocorre até 3 de março em Caxias do Sul.

Usiquímica lança borracha EPDM para mangueiras e vedação de portas e vidros

São Paulo – A Usiquímica anunciou o lançamento da borracha sintética de EPDM, etileno propileno dieno, com aplicação no mercado automotivo. O material, que segundo a empresa, apresenta alta durabilidade e resistência a intempéries, como raios UV, e a produtos químicos e à abrasão, pode ser utilizado em mangueiras de arrefecimento para radiadores, perfis de vedação de portas e vidros e juntas de dilatação para pontes.

Ao trabalhar com EPDM, que também pode ser usado pela construção civil, o objetivo da indústria química é expandir seu portfólio no segmento de borracha e oferecer mais uma opção ao mercado distribuidor. Fundada em São Paulo no ano passado a Usiquímica celebrou oito décadas de história.  

Dunlop é fornecedora de pneus do Toyota Corolla 2024

São Paulo – A Dunlop foi escolhida como fornecedora dos pneus do Toyota Corolla 2024, que está no mercado desde setembro do ano passado. O modelo sai da fábrica de Indaiatuba, SP, equipado com o pneu SP Sport Maxx 050+, na medida 215/50 R17, segundo comunicado divulgado pela Dunlop. 

O pneu é produzido pela Dunlop em Fazenda Rio Grande, PR, com a tecnologia Taiyo System, que permite produzir o pneu sem emendas nas partes de borracha.

Driv Tenneco programa investimento de R$ 10 milhões em marketing para 2024

São Paulo – A Driv, divisão para o mercado de reposição da Tenneco, investirá R$ 10 milhões ao longo de 2024 para realizar ações de marketing com foco em dois grandes marcos: 50 anos de produção nacional dos amortecedores Monroe e 65 anos da Monroe Axios no País.

Dentre as diversas ações que serão realizadas para comemorar ao longo do ano a empresa acertou parceria com o Instituto Ayrton Senna para apoiar projetos desenvolvidos pela entidade, destinando parte dos recursos de suas vendas para apoiar os custos.

Fábrica da Bridgestone na Bahia completa 17 anos em meio a obras de expansão

São Paulo – Em 2024 a fábrica da Bridgestone em Camaçari, BA, completa dezessete anos de operação, com mais de 46 milhões de pneus produzidos para automóveis, SUVs e picapes. O aniversário ocorreu poucos meses após a companhia iniciar a primeira fase de expansão da unidade, com investimento de R$ 1 bilhão e previsão de terminar ainda este ano.

A fábrica é responsável por atender a demandas do mercado brasileiro, América Latina e Estados Unidos, empregando 1 mil pessoas.

Mercedes-Benz vende 100 caminhões para transportadora Tombini

São Paulo – A Mercedes-Benz vendeu cem caminhões para a transportadora Tombini, especializada no transporte de cargas secas e refrigeradas, com sede instalada em Palmitos, SC. A empresa está renovando sua frota e adquriu o extrapesado Actros 2548 LS 6×2.

A negociação foi conduzida pelo concessionário Cosmar Veículos, instalada em Jundiaí, SP, com o valor final financiado pelo Banco Mercedes-Benz.

Hyundai anuncia planos de investir US$ 1,1 bilhão até 2032

São Paulo – Em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na quinta-feira, 22, em Brasília, DF, o CEO global da Hyundai, Euisun Chung, anunciou planos de investir US$ 1,1 bilhão no Brasil até 2032. O aporte, de acordo com o executivo, será concentrado no desenvolvimento de carros híbridos, elétricos e movidos a hidrogênio verde, segundo informou o Palácio do Planalto em nota.

Disse Chung que os planos da Hyundai convergem com o programa Mover, Mobilidade Verde e Inovação, anunciado pelo governo no fim do ano passado. A Hyundai, segundo ele, gera em torno de 6,5 mil empregos no Brasil e já investiu mais de US$ 2,5 bilhões em Piracicaba, SP, onde mantém fábrica que atualmente produz o HB20, HB20S e o Creta.

O presidente Lula afirmou que o Mover, aliado à reforma tributária, melhorou o ambiente de atração de investimentos no Brasil e o papel da indústria automotiva dentro da reindustrialização do Brasil: “O País estável e com futuro recebe mais investimentos. É mais uma grande empresa crescendo em nosso País”.

Desde o fim do ano passado, quando a reforma foi aprovada e o Mover publicado, GM e Volkswagen anunciaram novos planos de investimentos e em breve a Stellantis divulgará o seu.

Procurada pela reportagem a Hyundai afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentará o assunto.

EUA retiram incentivos de carros elétricos com baterias fabricadas na China

São Paulo – Desde o início do ano vigora no mercado estadunidense nova regra para aquisição de veículos elétricos que eliminou descontos para modelos que utilizam baterias e outros componentes feitos na China. Esta restrição a conteúdo chinês, que deverá ser ainda maior nos próximos anos, é claramente um movimento protecionista e de incentivo à produção local em um dos maiores e mais relevantes mercados automotivos do mundo.

Enquanto no Brasil a volta do imposto de importação é vista por alguns como medida restritiva ao desenvolvimento do mercado automotivo, em outros lugares este debate está em outra fase e demonstra que o futuro são ferramentas de desenvolvimento à produção local. E que a globalização está com os dias contados.

Não é de hoje que o governo dos Estados Unidos incentiva a retomada da produção como forma de garantir mais empregos aos seus contribuintes e, mais do que isto, manter suas grandes empresas produzindo no próprio território em vez de buscar melhores custos de mão de obra e de insumos em outras regiões.

No caso particular dos veículos elétricos é uma condição estratégica, pois os bilionários investimentos não só em novas tecnologias como em novos e modernos parques fabris ficariam no país, o que vem acontecendo. As marcas locais já anunciaram diversos investimentos na modernização das suas fábricas, na produção de baterias e de outros insumos desta e da próxima geração de modelos 100% elétricos.

Por outro lado há, neste momento, disputas ferrenhas com trabalhadores e seus sindicatos, que reivindicam melhores salários e condições para atuar no que está sendo considerada a nova fronteira do setor automotivo na região: a de desenvolvimento e produção de novas tecnologias eletrônicas e para a eletrificação de carros a cada dia mais modernos.

Mesmo neste caso o governo está do lado dos trabalhadores. O próprio presidente Joe Biden subiu recentemente em um palanque em frente a uma fábrica para apoiar os pleitos dos trabalhadores. E em todos os casos de negociações até agora as montadoras têm atendido às reivindicações trabalhistas.  

A restrição a conteúdo chinês é, portanto, apenas mais uma ação que visa a preparar a indústria estadunidense para dias ainda mais produtivos. E para que planificação seja efetiva o governo restringiu o desconto máximo de US$ 7,5 mil na compra de um veículo elétrico 0 KM apenas para modelos que não tenham baterias fabricadas na China.

Rivian R1T

Os pormenores das regras do Departamento do Tesouro divulgadas em janeiro visam a componentes de baterias fabricados por qualquer empresa sujeita à jurisdição chinesa. Em 2025 as restrições serão ampliadas para incluir fornecedores de matérias-primas essenciais para baterias, como níquel e lítio.

Uma mãozinha para as vendas

Os incentivos movem o mercado de veículos elétricos nos Estados Unidos. Sem estes descontos, que dependendo de fatores como componente da bateria e local de fabricação das peças gera crédito fiscal oferecido pelo governo que pode variar de US$ 3 mil 750 a US$ 7,5 mil, há poucas vantagens para o consumidor. E o preço dos 100% elétricos torna-se inviável para muitos potenciais clientes.  

No ano passado 25 modelos elétricos estavam liberados para o desconto máximo, de US$ 7,5 mil. Mas quando as novas regras ligadas à Lei de Redução da Inflação entraram em vigor em 1º de janeiro, o número caiu drasticamente – para treze modelos.

Tesla Model Y

Fazem parte da lista dos elegíveis ao crédito fiscal máximo o Tesla Model Y, a picape Rivian R1T e a Ford F-150 Lightning, dentre alguns outros. Ficaram de fora algumas versões do automóvel mais vendido da Tesla, o Model 3, a picape Tesla Cybertruck e os elétricos da GM, Chevrolet Blazer e Silverado, além do Nissan Leaf.

O governo também excluiu da lista dos elegíveis a créditos fiscais alguns modelos importados pela fabricante coreana Hyundai. Somando as vendas com a da sua outra marca, a Kia, a Hyundai figura no segundo lugar do ranking de elétricos nos Estados Unidos, muito atrás da Tesla, que vendeu mais de 507 mil unidades em 2023 contra 69,3 mil da vice-líder.

Para manter este ritmo enquanto não fica pronta sua fábrica no Estado da Georgia, que deve produzir modelos elétricos até o fim do ano, a Hyundai está bancando o desconto de US$ 7,5 mil para seus modelos Ioniq 5, Ioniq 6 e Kona elétricos no mercado.

Os descontos oferecidos pela Hyundai demonstram a importância dos incentivos ao consumidor para a adoção dos veículos 100% elétricos e a maturação deste mercado. Com menos veículos elétricos na lista dos descontos os estoques nas revendas começaram a crescer e chegaram a 114 dias contra pouco menos de setenta dias dos modelos a combustão interna em dezembro, de acordo com os dados da consultoria Cox Automotive. Os tradicionais modelos a combustão ainda foram oito em cada dez veículos vendidos nos Estados Unidos no ano passado.

Segundo reportagem da Bloomberg outros fatores, além da restrição aos créditos fiscais ou a falta de descontos mais atraentes, preocupam os consumidores. A acessibilidade às estações de carregamento não é o único obstáculo, contou a reportagem: os potenciais compradores de veículos eléctricos também estão nervosos com o estado da rede de carregamento acima do rio Grande.

Os repórteres da Bloomberg descreveram os casos ocorridos em janeiro, quando uma onda de frio esgotou as baterias dos carros elétricos, gerando longas filas e mau funcionamento das estações de carregamento em cidades como Chicago. Este efeito é de conhecimento geral, mas é bom relembrar que quando as temperaturas caem vertiginosamente a carga se esgota rapidamente e a bateria também perde a sua capacidade de reter a energia.

Ford F-150 Lightning Platinum

Diante de tantos desafios, como a projeção de queda de 11% das vendas de veículos puramente elétricos no mercado estadunidense em 2024, a reportagem da Bloomberg revela pesquisa realizada com 250 mil consumidores pela consultoria Strategic Vision: metade destes compradores disseram que não estão interessados em adquirir estes modelos.

Alexander Edwards, presidente da Strategic Vision, resumiu o dilema: “Muito poucas pessoas querem gastar US$ 55 mil para se preocupar”.

Randon e Stellantis lideram pedidos de patente do setor automotivo em 2023

São Paulo – As indústrias do setor automotivo destacaram-se no ranking de registros de patentes de invenções por empresas do setor privado localizadas no Brasil no ano passado. O posto mais alto registrou empate da Stellantis, com 58 registros — o que a colocou como terceira na lista geral que elencou cinquenta nomes –, e Randon, com o mesmo número de depósitos, quando somados os 43 pleitos do Instituto Hercílio Randon, que renderam, sozinhos, o quinto lugar, e os quinze da Randoncorp, na quadragésima posição.

Em 2022 a Randon ingressou com 38 solicitações, o que a colocaria na quinta posição, à frente da Marcopolo, com 36, que não constou na lista de 2023. Isoladamente o Instituto Hercílio Randon ocupou o décimo-oitavo lugar, com 24 pedidos, e a Randoncorp o trigésimo-sexto, com catorze. A Stellantis realizou 31 depósitos, o que lhe rendeu o oitavo lugar do ranking.

A reportagem somou as solicitações de títulos de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade porque, embora os registros advenham de CNPJs distintos, a Randoncorp é mantenedora do Instituto Hercílio Randon e o que for desenvolvido pela entidade será aplicado nas empresas do grupo. A empresa apenas assentiu a somatória, mas optou por não comentar sobre a lista neste momento.

A Stellantis avaliou que esse movimento reflete o avanço da companhia para tornar-se uma empresa de tecnologia de mobilidade: “Este resultado traduz a essência da nossa engenharia de desenvolvimento na América Latina, onde mais de 2 mil engenheiros e projetistas buscam diariamente, com muita dedicação e criatividade, as melhores soluções técnicas para os nossos clientes”, disse Toshizaemom Noce, gerente de engenharia avançada da Stellantis.

O pódio foi fechado pela CNH Industrial, que ocupou a sexta colocação geral, com quarenta pedidos – em 2022 estava em décimo-terceiro lugar, com 28. De acordo com Artur Schaal, gerente de propriedade intelectual para a América Latina, a empresa possui mais de 1,6 mil patentes ativas no País:  “A cultura de inovação vem sendo trabalhada há mais de dez anos e temos colhido resultados. Muito além das máquinas vendemos soluções tecnológicas para entregar o melhor para os nossos clientes e para o mercado”.

A Robert Bosch ficou em oitavo lugar, com 38 solicitações, frente a trinta do ano anterior, o que a havia posicionado anteriormente como a décima maior requerente de patentes. A WEG ocupou o vigésimo-segundo lugar, com 23 pedidos, oito a mais do que em 2022, que tinha rendido a trigésima-quarta posição.

A Marchesan Implementos e Máquinas Agrícolas Tatu registrou catorze pleitos e ficou no quadragésimo-terceiro lugar. No ano anterior apareceu em dois registros que, somados, chegam a 29 registros, o que a colocaria em décimo-primeiro, empatada com a UFES, Universidade Federal do Espírito Santo – a maioria das solicitações, a propósito, são geradas por universidades.

A Stara Indústria de Implementos Agrícolas solicitou treze pedidos de patentes no ano passado e ocupou a quadragésima-sexta posição no ranking. Em 2022 fizera 23 depósitos, o que a deixou em décimo-nono lugar.

De acordo com o INPI as solicitações de patentes ficam dezoito meses em sigilo, a partir do depósito inicial, e depois são publicados, ficando disponíveis para a sociedade durante todo o período restante de tramitação do processo. Ao todo, em 2023, foram realizados 25 mil 367 depósitos de patentes de invenções no País.