Evandro Tozati assume como gerente geral de aftermarket da Mahle na América do Sul

São Paulo – A partir de 1º de março o chefe de vendas e marketing da Mahle para a América do Sul e Central, Evandro Tozati, passa a responder pela gerência geral do aftermarket nesta mesma região e reporta-se diretamente ao vice-presidente executivo corporativo e gerente geral do aftermarket, Philipp Grosse Kleimann.

Em um primeiro momento Tozati acumulará, interinamente, sua antiga e nova funções. Com 25 anos de experiência no mercado de reposição e desde 2020 no grupo o executivo é formado em engenharia industrial mecânica pela Universidade Metodista de Piracicaba e possui MBA em executive marketing pela ESPM.

Porsche inicia pré-venda do novo Macan elétrico

São Paulo – A Porsche anunciou o início da pré-venda do novo Macan no mercado brasileiro a partir da sexta-feira, 1. Será o segundo modelo elétrico da marca vendido no Brasil, juntando-se ao esportivo Taycan. O SUV já pode ser encomendado em todas as concessionárias por R$ 580 mil, na versão Macan 4.

O Macan Turbo também será vendido por aqui, por R$ 770 mil, mas sua pré-venda começará em 13 de março.

O Macan 4 possui motor elétrico de 408 cv de potência, e o do Macan Turbo 639 cv. Ambos utilizam bateria HV de 100 kWh, com arquitetura de 800V, com capacidade para carregamento DC de até 270 kW, permitindo recargas de 10% a 80% em 21 minutos, em um eletroposto adequado.

A bateria também possui uma tecnologia interessante, dividindo-se em duas unidades de 400V ao identificar que essa é a potência máxima do ponto de recarga, melhorando a eficiência da recarga.

A lista de itens de série do Macan 4 é composta por assistente de estacionamento, piloto automático adaptativo, bancos dianteiros com oito ajustes elétricos, teto solar panorâmico, assistente de manutenção em faixa e de cruzamentos, ar-condicionado digital e automático de zona dupla.

Sétima geração do Ford Mustang GT desembarcou no Brasil

São Paulo – O novo Ford Mustang GT chegou ao Brasil em sua sétima geração, que foi lançada globalmente em 2022, no Salão de Detroit, Michigan, Estados Unidos. As primeiras unidades desembarcaram esta semana no Porto de Vitória, ES, indicando que o seu lançamento está próximo.

A versão que chegou ao Brasil é a topo de linha GT Performance, equipada com o motor Coyote V8 mais rápido de todos os tempos. O lançamento do esportivo acontece no ano em que o modelo completa sessenta anos de mercado e a Ford pretende realizar diversas ações para explorar mais o tema.

Vendas de veículos crescem 27% em fevereiro e somam 165 mil unidades

São Paulo – O mercado de veículos, no Brasil, começou o ano aquecido: em fevereiro os emplacamentos de veículos somaram 165,2 mil unidades, segundo dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData. O volume representa crescimento de 27% sobre fevereiro do ano passado, que registrou 129,9 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus vendidos.

O desempenho do mês passado foi superior também ao de janeiro, o que é incomum pelo fato de o mês ter menos dias e as vendas costumarem desacelerar por causa do carnaval. Comparado com os 161,6 veículos do primeiro mês do ano fevereiro avançou 2,3%.

A média diária foi de 8,7 mil unidades licenciadas em cada um dos dezenove dias úteis do mês. Bem acima da de janeiro, 7,6 mil/dia. Em fevereiro do ano passado foi de 7,2 mil/dia.

O primeiro bimestre fechou com 326,9 mil unidades vendidas, avanço de 19,8% sobre os dois primeiros meses do ano passado. Foi o melhor resultado para o período desde 2021.

O desempenho do mercado responde à postura mais ofensiva de diversas marcas que realizaram muitas promoções no mês, oferecendo aos consumidores taxa zero, bônus e valorização do seminovo, dentre outras ferramentas para atrair clientes. Roger Corassa, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen do Brasil, afirmou que o mercado ainda está se readequando: houve distorções geradas pelas medidas do governo que, em meados do ano passado, deram descontos para aquisição de 0 KM.

“Muitas empresas acabaram colocando o pé no acelerador da fábrica, esperando que a demanda continuasse, e acabaram o ano com estoques altos. Agora estão com promoções para liberar esse estoque e recalibrar a produção”.

Mas mesmo com as promoções o tíquete médio das vendas, medido pela Jato do Brasil, cresceu 7,7% sobre a média de 2023, somando R$ 151,5 mil. Segundo Milad Kalume Neto, consultor da empresa, é comum subir o tíquete médio no início do ano porque começam a ser vendidos os carros de ano/modelo 2024.

Em janeiro a Fiat Strada liderou o mercado, com 8,6 mil emplacamentos, seguida por Volkswagen Polo, 8,1 mil, e Fiat Argo, 6,5 mil.

Venda de veículos na Argentina recua 27% no primeiro bimestre

São Paulo – As vendas de veículos na Argentina somaram 58,7 mil unidades no primeiro bimestre, recuo de 27,4% na comparação com igual período de 2023, de acordo com dados divulgados pela Acara, entidade que representa os concessionários locais, na sexta-feira, 1º. Os veículos produzidos no Brasil perderam espaço, representando 26% do total vendido, contra 29% em 2023.

Em fevereiro o mercado somou 24,8 mil vendas, recuo de 18,7% na comparação com igual período de 2023. Com relação ao primeiro mês do ano o volume de fevereiro foi 26,9% menor. 

Até fevereiro a Toyota liderou as vendas com 9,2 mil unidades. Em segundo lugar ficou a Fiat com 8,5 mil, seguida de perto por Volkswagen que vendeu 8,3 mil.

O Fiat Cronos foi o modelo mais vendido, 7,5 mil unidades. O segundo lugar ficou com o Peugeot 208 que somou 5,4 mil, seguido pela Toyota Hilux 3,5 mil unidades. Os três modelos são produzidos na Argentina.

Nissan pretende vender serviços de mobilidade autônoma em 2027

São Paulo – A Nissan traçou como meta iniciar a comercialização de serviços de modalidade com condução autônoma no Japão em seu ano-fiscal de 2027. Até lá seguirá com um cronograma de testes, que começaram em 2017, e em negociações com parceiros operadores de transporte e com governos locais.

Pelo cronograma neste ano um veículo autônomo baseado na minivan Serena será testado no distrito financeiro de Minato Mirai, em Yokohama. Em 2025 e 2026 os testes serão ampliados para vinte veículos, ainda com motoristas presentes, em outras regiões da cidade para que, em 2027, as vendas comecem em três ou quatro cidades.

Além do Japão a Nissan testa mobilidade com condução autônoma em Londres e áreas próximas, com apoio do governo do Reino Unido.

Hyundai assume importações e usará fábrica da Caoa em Anápolis

São Paulo – Hyundai e Caoa reformularam a parceria que funciona há mais de vinte anos e que já fora alterada em 2012, quando a companhia sul-coreana abriu fábrica em Piracicaba, SP, para produzir o HB20. A partir de agora as importações, que no acordo de 2012 ficaram sob responsabilidade da Caoa, serão feitas pela Hyundai, que poderá, também, produzir modelos na fábrica de Anápolis, GO.

Na prática a Hyundai assumiu toda a operação de sua marca no mercado brasileiro, incluindo o pós-vendas, e ganhou a possibilidade de produzir novos modelos sem investir em uma nova fábrica. A Caoa, segundo comunicado conjunto divulgado, será remunerada por todas as importações feitas pela Hyundai e pelos veículos produzidos em Goiás.

A rede de concessionárias, que também era dividida em importados e nacionais, será unificada e as 250 revendas terão todo o portfólio. O Grupo Caoa segue sendo o principal parceiro, com 46 unidades, e com o maior volume de unidades Hyundai vendidas no País.

Parceiros desde 1999 Hyundai e Caoa recentemente brigaram na Justiça pela representação da marca no País, com a empresa de Carlos Alberto de Oliveira Andrade sendo a vitoriosa.

JLR espera vender 2 mil Evoque e Discovery Sport nacionais em 2024

Itatiaia, RJ – A JLR, que se reorganizou em uma montadora de luxo que produz carros e agora trabalha individualmente as marcas – e não os produtos – Range Rover, Discovery, Defender e Jaguar, atualizou seus dois veículos produzidos no Brasil: o Range Rover Evoque e o Discovery Sport. O objetivo, com esse toque de modernidade minimalista no interior e algumas mudanças estéticas na carroceria é vender 2 mil unidades desses SUVs nacionais em 2024.

“Nossa produção é ajustada à demanda de mercado e esperamos, este ano, atingir o resultado de 2 mil unidades negociadas, considerando os dois modelos. O Discovery Sport, pela proposta que atende mais os anseios das famílias, deve ter uma performance de 1,2 mil unidades. E o Range Rover Evoque um produto mais caro e para um público mais jovem, 800 unidades”, disse Paulo Manzano, diretor da JLR.

Os dois modelos receberam discretas atualizações visuais no exterior, como novas grades frontais com formato específico utilizados em todos os produtos das duas novas marcas, rodas com desenhos exclusivos e pormenores como os faróis superfinos em premium led do Range Rover Evoque e um para-choque com entradas de ar laterais em formado de garras no Discovery Sport.

Range Rover Evoque

O interior deles é muito parecido e destaca-se o minimalismo, ou um design mais limpo, sem a presença de botões no console frontal ou entre os bancos. Ali, há apenas a alavanca da transmissão automática de nove velocidades como uma peça de decoração, espaço para objetos e um alçapão para carregar o smartphone por indução ou pelas entradas USB-C.

Eles são montados na fábrica da JLR em Itatiaia, RJ, e recebem praticamente todos os seus itens importados do Reino Unido. A carroceria já vem pintada da unidade da JLR em Liverpool. Quando prontos, além da identidade visual externa, eles se diferenciam pelo interior mais espaçoso no Discovery Sport, que não tem o teto rebaixado, marca registrada do Range Rover Evoque. Outros pormenores, como os botões de acionamento dos vidros na parte superior da porta no Discovery Sport e posicionados no apoio de braços no Range Rover Evoque e o acabamento dos volantes, pouca coisa diferente, podem passar despercebidos pelos clientes.  

Discovery Sport

Os dois também compartilham uma tela curva de 11,4 polegadas bem posicionada no console central, de fácil acesso tanto ao motorista quanto ao passageiro. Esse sistema integra praticamente todos os comandos do veículo, desde as diversas configurações de condução, o sistema de infoentretenimento, os ajustes do ar-condicionado, dentre outras funções. Batizado pelas marcas como Pivi Pro 2 ele é capaz de atualizar as mais diversas configurações pelo software over the air, ou conexão sem fio com a nuvem de dados das marcas.

Como todo modelo de luxo esses dois SUVs oferecem conteúdos de série tanto de segurança ativa quanto passiva, como bolsas de airbag nas posições de motorista e passageiros e sistemas de condução semiautônoma – aceleração, frenagem e controle de faixas.

Range Rover Evoque

O Range Rover Evoque, um produto direcionado para um público do segmento de luxo mais jovem oferece apenas uma opção de motorização na versão Dynamic HSE, a P250 turbo flex de 250 cavalos de potência. Já está recebendo pedidos ao preço de R$ 471 mil 950.

Já o Discovery Sport oferece duas opções de motorização: a mesma P250 turbo flex por R$ 434 mil 490 e uma opção diesel, a D 200 com sistema híbrido leve e bateria de íon-lítio de 48V pelo preço de R$ 466 mil 490.

Discovery Sport

Dirigindo as duas versões de São Paulo a Itatiaia e também num percurso por estradas de terra e obstáculos off road leves, entre as divisas dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, foi possível verificar que esses SUVs oferecem desempenho, segurança e conforto no asfalto e na terra. Os clientes capazes de possuírem um Range Rover de entrada ou um Discovery na versão Sport terão à disposição produtos montados no Brasil com ótimo desempenho e qualidade.

Pneus de carga deverão representar 10% da produção da Dunlop no Paraná

Fazenda Rio Grande, PR – A Dunlop está focada em ampliar a produção de pneus de carga até o fim desta década. A quantidade de pneus fornecida para caminhões já avançou 50% de outubro ano passado até o momento, de 1 mil para 1,5 mil unidades por dia.

O próximo passo será ampliar a 2,2 mil unidades até 2025 e, em 2029, uma década após o início da fabricação de pneus para caminhões e ônibus, dobrar os números atuais chegando a 3 mil pneus por dia, o que equivalerá a 10% do total produzido em Fazenda Rio Grande – haja vista que a meta é utilizar a capacidade máxima produtiva da fábrica, de 30 mil pneus por dia.

A pneumática lançou, inclusive, pneu para caminhão de uso misto, ou seja, adequado para rodar tanto na terra como no asfalto, o SP926. O objetivo é conquistar como clientes as 430 usinas canavieiras espalhadas pelo País.

Como consequência do aquecimento da demanda frente aos sinais de melhora da economia e dos juros, assim como da substituição de importações da matriz japonesa, a projeção é ampliar as receitas a fim de compensar a “pequena queda em 2023”, conforme Alonso, sem dar pormenores – o mercado, de acordo com a Anip, encolheu 8%. Mas o crescimento aguardado não chegará a dois dígitos.

Embora não abra seu market share, o diretor de vendas afirmou que o objetivo é brigar pelo top 3 do mercado brasileiro, composto pela concorrentes centenárias Goodyear, Bridgestone e Pirelli.

Como reforço a empresa vem investindo em ação de marketing focada em amplificar a história do fundador da marca, o escocês John Boyd Dunlop, inventou o primeiro pneu movido a câmara de ar.

A pneumática prevê também contratar trezentos funcionários até 2025, a fim de sustentar o aumento da produção programado. Atualmente trabalham na fábrica brasileira 1,9 mil funcionários em três turnos.

Raio-X da Dunlop no Brasil

Do total de pneus fabricados no País 80% vão para o mercado de reposição e, 20%, para montadoras, em que 90% dos pneus são leves e 10% são de carga. Dentro do aftermarket, no entanto, 60% são pneus leves e, 40%, pesados.

A fábrica de Fazenda Rio Grande é a primeira do grupo fora da Ásia e a única da América Latina. No local são fabricados pneus das marcas Dunlop, Sumitomo e Falkon com a tecnologia exclusiva da companhia Tayio ou Sun System, em que eles são feitos sem emendas nas partes da borracha, o que, segundo a fabricante, eleva a segurança dos produtos.

Da área de 500 m² estão construídos 170 mil m² e há mais espaço para crescer e modernizar, uma vez que a fábrica ainda não atende aos conceitos de indústria 4.0. O centro de distribuição interno abriga estoque de 800 mil a 1 milhão de pneus de passeio, o equivalente a um mês e quinze dias. Quanto aos de carga, a capacidade de armazenamento é de 120 mil unidades.

Dunlop amplia fábrica para zerar importação de pneus até 2025

Fazenda Rio Grande, PR – A fábrica brasileira da Dunlop, marca do Grupo Sumitomo Rubber que completou uma década de operação no ano passado, produz cerca de 20 mil pneus por dia e, até 2029, pretende ampliar em 50% esse volume, para 30 mil, capacidade máxima comportada pela unidade instalada em Fazenda Rio Grande, na Grande Curitiba, PR.

Faz parte do plano, para atingir essa meta, a substituição da importação de pneus pela produção local, o que já vem sendo colocado em prática. Em 2023, ao todo, 25% dos produtos distribuídos no mercado brasileiro eram advindos da matriz, no Japão. Esse porcentual será reduzido a 10% até dezembro e até 2025 terminar será zerado.

Foi o que afirmou o diretor nacional de vendas e marketing da Dunlop, Rodrigo Alonso, durante visita da Agência AutoData à unidade produtiva. “Hoje vivemos cenário marcado pela invasão de pneus importados e não queremos reforçar essa tendência. Conseguimos uma nova máquina no ano passado, parte de investimento em curso em torno R$ 1 bilhão, e reforçamos a produção”.

Esse aporte começou em 2021 e será concluído em 2025, e abrange mais uma unidade de pneus de passeio, que elevará em 15% a fabricação de 19 mil para 23 mil pneus por dia em 2026 – o incremento será gradativo até o fim da década. Ele se soma a outros dois, um de R$ 750 milhões no início de sua operação no País, para fazer pneus de passeio, e outro de mais de R$ 500 milhões para expandir essa linha e introduzir modelos de caminhões e ônibus, em 2019. O total do capital investido nesse período todo terá sido de R$ 2 bilhões 460 milhões.

Para Alonso a alíquota de 16% incidente nos itens importados hoje não é mais suficiente para frear a entrada indiscriminada de pneus feitos em outros países. Além, de no caso da China, haver polo produtivo gigantesco com enorme escala, o que derruba os valores de venda, o Brasil conta com o custo-Brasil que, de acordo com o executivo, diminui a competitividade dentro de casa, tanto nas questões trabalhistas como na tributação de energia elétrica, o que deixa em desvantagem frente a outros fabricantes.

“A grande facilidade em importar versus a quantidade de obrigações para produzir no Brasil cria um desequilíbrio, situação que pode até impactar novos investimentos na empresa”

Rodrigo Alonso, diretora nacional de vendas e marketing da Dunlop

O grupo, de acordo com ele, quer e vai crescer globalmente, mas deverá analisar o mercado nos próximos anos. “Se houver condições mais favoráveis em outras unidades levará novos investimentos para elas, em vez de injetá-los aqui”.

O diretor de vendas assinalou esperar que medidas sejam tomadas para reduzir esse desequilíbrio e que, se houvesse a redução de custos, a companhia seria capaz de exportar – atualmente toda a produção, praticamente, é absorvida pelo mercado local, apenas excedente, que gira em torno de 5%, é embarcado.

Rodrigo Alonso, diretor de vendas da Dunlop, faz alerta quanto aos reflexos da competição desleal com produtos importados. Foto: Divulgação.

Paralelo a isso ele contou que a Dunlop tem negociado com fabricantes de veículos de passeio e de caminhões, sem abrir nomes por causa do sigilo das conversas. Hoje o principal cliente da empresa no País é a Toyota, inclusive equipará o novo SUV híbrido da Toyota Yaris Cross, cuja produção terá início no fim deste ano.

A Dunlop fornece também para a Fiat, a Honda e a Volkswagen. E, no caso de veículos comerciais, para a Volkswagen Caminhões e Ônibus, Iveco e Volare.