ZF inaugura sua primeira fábrica que consome apenas energia renovável

São Paulo – A ZF inaugurou a sua primeira fábrica com emissão zero de poluentes no consumo de energia, em Klášterec, na Tchéquia, após um período de um ano e meio em que a unidade passou por processo de renovação. Servirá como modelo para a rede global de produção da ZF, que tem como meta ser 100% neutra em carbono até 2040.

A unidade de produção de eletrônica de potência, que faz parte da divisão de Acionamento para Veículos Elétricos, possui sistema de aquecimento sem combustíveis fósseis, com bombas de calor que reduzem os custos de aquecimento em 50%. A energia usada na fábrica será 100% de fonte renovável, sendo que 20% do volume total consumido por ano será gerado no próprio local, que recebeu a instalação de 3,4 mil módulos solares.

Leonardo Piccini é primeiro brasileiro CEO do Banco Mercedes-Benz

São Paulo — Leonardo Piccini é o novo CEO do Banco Mercedes-Benz do Brasil. É a primeira vez que um brasileiro ocupa esta posição na instituição, desde 1996 no País. Ele sucede a Hilke Janssen, então a primeira mulher a sentar na cadeira, e que agora assume o cargo de CTO, Chief Transformation Officer, na Daimler Truck Financial Services North America.

Piccini, que desde 1º de março se reporta diretamente a Bernd Barth, chefe da Daimler Truck Financial Services para a Europa e a América do Sul, iniciou sua carreira na tesouraria da Mercedes-Benz como estagiário, em 1994. Ele se formou em economia pela PUC-SP e se pós-graduou em mercado de capitais pela USP.

Em 2013 o executivo foi transferido à tesouraria da matriz, na Alemanha. Em 2017 tornou-se CFO da Mercedes-Benz Argentina e, em 2019, CFO da Daimler India Commercial Vehicle. Em 2021 foi promovido a chefe de tesouraria internacional e passou a gerenciar todas as operações das Américas e Ásia.

Lista de espera pelo Renault 5 E-Tech soma 50 mil pedidos

São Paulo – O 5 E-Tech, novo compacto elétrico da Renault, apresentado ao mundo durante o Salão de Genebra 2024, conta com uma lista de espera de 50 mil pessoas, segundo afirmou o CEO da marca, Fabrice Cambolive, ao Automotive News Europe.

As vendas oficiais estão programadas para começar em maio, com as primeiras entregas em outubro. O elétrico terá três opções de motor, de 70 kW, 90 kW e 110 kW, e a bateria poderá ser de 40 kWh com 300 quilômetros de autonomia ou de 52 kWh com autonomia de 400 quilômetros.

Guilherme Arruda é o novo diretor de marketing da GM América do Sul

São Paulo – Com mais de duas décadas de experiência Guilherme Arruda foi escolhido como o novo diretor sênior de marketing e marca da GM América do Sul. O executivo se reportará a diretora executiva de marketing da GM América do Sul, Chris Rego, e responderá pelas áreas de conteúdo, eventos, mídia, branding, CRM e plataformas digitais.

O principal desafio de Arruda será conduzir o estabelecimento de plano de fortalecimento de marca conectada com desempenho e tecnologia. Nos últimos doze anos ele trabalhou no Google, em que liderou planos de negócios em diferentes setores, como bens de consumo, tecnologia, varejo, automotivo e agências de publicidade. Anteriormente passou por empresas como Terra e Riot.

Alckmin diz que Toyota anunciará investimento de R$ 11 bilhões

São Paulo – Em seu perfil no X, o antigo Twitter, Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que a Toyota anunciará, na terça-feira, 5, investimento de R$ 11 bilhões no Brasil, com a geração de 2 mil novos empregos e o desenvolvimento de novos modelos.

“A Toyota está no Brasil há 66 anos e vem contribuindo enormemente para o adensamento das nossas cadeias produtivas”, afirmou Alckmin na rede social. “Seu anúncio é uma demonstração clara da confiança dessa grande empresa japonesa em nossa economia.”

O vice-presidente acrescentou que o anúncio é resultado de programas do governo como o Mover, Mobilidade Verde e Inovação, e Combustível do Futuro.

Consultada pela Agência AutoData a Toyota confirmou uma reunião com o governo para falar sobre planos futuros.

Atualmente a empresa investe R$ 1,7 bilhão em Sorocaba para a produção de um modelo compacto híbrido flex, o Yaris Cross. O aporte foi anunciado no ano passado. Em novembro, durante o Congresso AutoData Perspectivas 2024, o então presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, hoje responsável pela América Latina, afirmou que negociava com a matriz um novo ciclo de investimento para o País.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba um dos veículos em desenvolvimento pela Toyota é uma picape média, para competir com a Fiat Toro, Chevrolet Montana e Renault Oroch. A companhia desenvolve também tecnologa híbrida-flex plugin.

Fevereiro teve carnaval de promoções que inflaram vendas de veículos leves

Apesar de teimosamente não ser considerado um feriado o fato é que nada além de folia ou descanso acontece no carnaval. Mas para o mercado de veículos leves, ao menos este ano, algo surpreendente aconteceu. Há tempos não se vendiam tantos carros e utilitários no mês de carnaval – e este colunista não tem lembrança de quando fevereiro foi melhor do que janeiro.

Com o carnaval no meio que reduziu o número de dias úteis [de verdade] a dezoito fevereiro registrou o emplacamento de 154,4 mil veículos leves, uma surpreendente alta de 2,2% sobre janeiro com 22 dias úteis, nos quais foram emplacados 151 mil automóveis e comerciais leves. Na comparação com fevereiro de 2023 – que também teve o carnaval no meio – o crescimento foi de robustos 29,7%. Os números foram apurados pela consultoria Jato Dynamics e divulgados na sexta-feira, 1º de março.

“Inesperado, inusitado, estupendo, excelente e notável.” É com esta penca de adjetivos que o diretor da Jato no Brasil, Milad Kalume Neto, define o resultado de vendas de fevereiro.

Segundo o consultor, que acompanha o comportamento dos preços de mercado, o que houve foi um carnaval de promoções para desovar estoques – que em janeiro chegou a 216,5 mil veículos estacionados nos pátios de montadoras e concessionárias, equivalente a quarenta dias de vendas pelo ritmo de emplacamentos daquele mês, de acordo com dados divulgados pela Anfavea, a associação dos fabricantes.

Kalume Neto indica que houve muitas promoções chamando consumidores para as compras, com sensível aumento dos descontos, quase todos os carros de entrada estavam sendo oferecidos com generosos bônus e os fabricantes impulsionaram vendas com a oferta de financiamentos com taxa zero – o que não existe, mas anima muitos fregueses desavisados a comprar.

Sintoma dos descontos aparece no ranking dos carros mais vendidos de fevereiro. Na lista dos dez primeiros, seis são considerados hatches compactos de entrada, que ostentam os preços mais baratos do mercado, e só aparecem dois SUVs, mesmo assim na parte mais baixa da tabela: o Hyundai Creta em sétimo lugar e o Jeep Compass em décimo.

Movimento atípico

O consultor sublinha que houve “um movimento atípico de promoções” para fevereiro, que sempre costuma registrar o mais baixo volume de emplacamentos do ano para todas as marcas, tendo ou não carnaval.

Endossa esta análise o número de vendas diretas, que representaram 46,1% dos emplacamentos, porcentual que Kalume Neto considera normal para esta época do ano, quando as locadoras diminuem o ritmo das compras, e está bastante abaixo dos 55% previstos pela Jato para este ano inteiro – em dezembro o faturamento direto representou 53,3% dos negócios.

Ou seja: o impulso de fevereiro veio das vendas de varejo nas concessionárias, infladas pelas promoções que as montadoras sustentaram para baixar o nível dos estoques. O movimento comprova, mais uma vez, que há demanda mas os preços estão altos e falta renda, pois quando há redução os clientes aparecem.

Os descontos amenizaram a alta de 7,7% do preço médio do automóvel vendido no Brasil, que segundo acompanhamento da Jato saltou de R$ 140,6 mil em 2023 para R$ 151,5 mil janeiro. Segundo Kalume Neto este é um movimento normal em todo início de ano, quando os fabricantes lançam linhas de produtos com preços maiores. Ele aponta que a bolha de vendas de veículos eletrificados também forçou o valor para cima.

O fato é que se estes valores fossem de fato os preços mais cobrados do mercado o resultado de fevereiro seria bem outro.

Sem impulso elétrico

Também não houve impulso adicional dos carros eletrificados que aqueceram as vendas de janeiro, em um movimento que os importadores fizeram de trazer o maior volume possível antes da retomada do imposto de importação sobre estes veículos, que eram isentos e voltaram a ser taxados este ano.

Como era esperado a bolha de vendas de modelos híbridos e elétricos começou a desinflar em fevereiro, com registro de 10,4 mil emplacamentos, queda de 13% sobre os 12 mil de janeiro. A participação dos eletrificados no total dos negócios também caiu de 7,9% no primeiro mês de 2024 para 6,8% no segundo.

Quase metade das vendas de eletrificados no País foi da chinesa BYD, com pouco mais de 4,4 mil emplacamentos puxados pelo híbrido plug-in Song Plus com 1,9 mil licenciamentos, seguido por 1,8 mil do 100% elétrico Dolphin.

Os números da fabricante devem ter impulso adicional com o lançamento do elétrico Dolphin Mini, seu modelo mais barato que começou a ser vendido no fim de fevereiro com preço público sugerido de R$ 115,8 mil, mas com desconto de R$ 10 mil para quem fizesse a reserva até o dia 29.

Com as especulações de que o Dolphin Mini seria lançado abaixo de R$ 100 mil a fabricante recebeu cerca de 7 mil reservas, mas não está certo se todas se transformarão em emplacamentos. A BYD espera vender 20 mil unidades do modelo este ano e 120 mil no total. Para isto acontecer as vendas precisam aumentar muito nos próximos meses.

Ano acima das expectativas?

As vendas de janeiro e principalmente de fevereiro muito acima das expectativas já enseja a esperança que 2024 pode ser melhor do que o previsto. A Anfavea projeta a venda de 2,3 milhões de veículos leves este ano, o que representa crescimento comedido de 5,7% sobre 2023, que também não foi lá dessas coisas – não fosse o programa de descontos do governo o resultado teria sido algo como 200 mil unidades abaixo dos quase 2,2 milhões de emplacamentos no ano passado.

Ainda é cedo para dizer se o desempenho de 2024 será melhor do que o esperado, vai depender muito do fôlego dos fabricantes em continuar oferecendo descontos e da queda de juros ao consumidor para tornar viáveis financiamentos e suavizar os preços altos.

Mas é possível dizer que já são surpreendentes os 305,4 mil carros e comerciais leves emplacados no primeiro bimestre do ano, com crescimento robusto de quase 30% sobre o mesmo período de 2023.

Para além dos descontos e das promoções também entram em cena fatores macroeconômicos favoráveis que já enganaram analistas no ano passado. Crescimento da economia – mesmo que em ritmo mais lento que o de 2023 –, juros em queda, maior oferta de financiamento e mais gente empregada são fatores que, em passado recente, alimentaram otimismo e aqueceram o mercado nacional de veículos para níveis muito acima dos que têm sido vistos nos últimos quatro anos.

Kalume Neto pontua que a Jato continua a projetar a venda de 2,3 milhões de veículos leves este ano, mas depois do carnaval de vendas de fevereiro já colocou um “viés de alta” na previsão. A ver.

Oswaldo Ramos deixa a GWM

São Paulo – Oswaldo Ramos deixou a GWM, onde ocupava a função de CCO desde 2021, na sexta-feira, 1º. A companhia não informou, no comunicado, os motivos da mudança, que mexeu no organograma dos principais cargos executivos – o de Ramos será extinto. Também deixou a empresa Luis Fernando Guidorzi, que era o chefe de marketing.

A área comercial será conduzida por Alexandre Oliveira, chefe de vendas e desenvolvimento de rede, que passará a cuidar da comercialização, distribuição dos veículos e do relacionamento com a rede. André Leite segue como chefe de produto, mas acumulará as áreas de marketing e desenvolvimento de produto. Daniel Conte, chefe de pós-venda, é o responsável pela gestão dos processos de serviços, distribuição de peças e atendimento ao cliente.

Todos respondem diretamente a James Yang, CEO da GWM Americas e presidente da GWM Brasil.

Volvo amplia venda de ônibus rodoviários em 60% em 2023

São Paulo – A Volvo ampliou em 12% suas vendas de ônibus na América Latina em 2023, totalizando 1 mil 275 unidades, 700 delas no Brasil. Do restante destaque para 248 que foram embarcados para o Chile, onde a empresa venceu licitação, e 125 para o Peru.

Quanto ao volume comercializado no mercado brasileiro o presidente da Volvo Buses na América Latina, André Marques, chamou atenção ao fato de que a demanda por chassis rodoviários cresceu 60% ao longo do ano passado, o que contribuiu para que a empresa alcançasse fatia de mercado de 24,2%.

Para 2024 a perspectiva da Volvo é que o mercado de veículos acima de 16 toneladas avance 20%. Além de ser ano de eleição, o que tradicionalmente aquece o segmento de urbanos, a procura por viagens tem sido crescente, o que mantém a perspectiva por expansão e renovação de frota de rodoviários.

Reforça a projeção positiva o avanço dos testes e homologação com o ônibus elétrico BZL em Curitiba, PR, com resultados expressivos de eficiência energética, desempenho do veículo e conforto dos passageiros, segundo Marques. Em São Paulo este mesmo veículo está em fase final de homologação.

“Nas próximas semanas teremos o veículo disponível em Bogotá, Colômbia, e em Santiago, Chile, onde há licitação em processo de 1,1 mil ônibus elétricos e da qual queremos participar.”

Embora prefira não falar muito a respeito neste momento a Volvo vem estudando produzir seu ônibus elétrico em Curitiba assim que as vendas começarem a se desenvolver.

Chassi movido 100% a bateria da Volvo está sendo testado em Curitiba, São Paulo, Santiago e Bogotá. Foto: Divulgação.

Tempo para estabelecer infraestrutura em garagem chega a três anos

Sobre a pedra no sapato das fabricantes de veículos a bateria, que é a infraestrutura deficitária nas garagens, ao mesmo tempo em que as prefeituras começam a se movimentar exigindo modelos menos poluentes, caso de São Paulo, que tem como meta até o fim deste ano substituir frota de 2,6 mil veículos a diesel, Marques avaliou que o caminho é formar parcerias para dispor da solução completa:

“A eletrificação da frota não depende apenas dos veículos, mas das baterias, da recarga, da infraestrutura da rede elétrica e da parte civil de construção”.

É preciso saber em quais bairros esta energia está disponível, onde a rede está preparada, prosseguiu o presidente da Volvo Buses na América Latina, pois “onde não houver demorará de dois a três anos para fazer a adoção total”.

Em Curitiba, por exemplo, foi feito um mapeamento levando-se em conta a infraestrutura de carregamento, até porque o objetivo da cidade é eletrificar parte da frota até 2030 e concluir o processo em 2040.

Daimler Truck paga PLR de € 7 mil para empregados na Alemanha

São Paulo – A despeito das adversidades enfrentadas em 2023, como problemas de fornecimento e questões geopolíticas, a Daimler Truck encerrou seu exercício financeiro no azul e decidiu remunerar participação nos lucros e resultados a seus funcionários na Alemanha: 25 mil receberão € 7 mil junto ao salário de abril.

O pagamento de bônus, exercido na companhia desde 1997, desde o ano passado segue nova lógica de cálculo baseada no modelo que alinha a contribuição de todos os grupos de empregados com o êxito financeiro da empresa. Em 2023 os funcionários elegíveis receberam PLR de € 6,3 mil além de um bônus único de valorização de € 1 mil.

Demanda por assinatura de carros da Volkswagen cresce 256% em um ano

São Paulo – A Volkswagen Financial Services informou que o volume de carros por assinatura oferecidos por meio do VW Sign&Drive, de janeiro a novembro do ano passado, foi 256% superior ao contratado em 2022. Sem divulgar o número de veículos a instituição afirmou que com relação a 2020, quando o serviço foi iniciado no Brasil, o crescimento chega a 1,8 mil%.

A diretora de marketing e vendas da Volkswagen Financial Services Brasil, Simone Caracante Moras, contou que a maioria dos assinantes, 37% do total, têm de 31 a 40 anos, seguida do perfil de 41 a 50 anos, com 29%. A maior concentração está no Estado de São Paulo, com 58,7% dos contratos, mas, segundo ela, a procura tem aumentado também em cidades do Centro-Oeste e no Distrito Federal.

Ela completou que relatório recente do banco BTG Pactual apontou que a modalidade é, em média, 40% mais barata do que um financiamento e 14% menos onerosa do que uma compra à vista.

“E em vez de aplicar em torno de R$ 100 mil em uma compra à vista ou outro valor para entrada o cliente tem a possibilidade de investir e obter rendimentos enquanto opta por um serviço de assinatura.”