São Paulo – Com o anúncio de R$ 30 bilhões em investimentos da Stellantis de 2025 a 2030 o saldo de aportes da indústria automotiva brasileira, de acordo com levantamento do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ficou próximo do recentemente estimado pelo ministro Geraldo Alckmin, também vice-presidente da República: R$ 100 bilhões.
Onze montadoras divulgaram recentemente seus ciclos de investimentos, com prazos que variam de 2021 a 2030, segundo o ministério. A somatória destes ciclos é de R$ 95,3 bilhões.
Das empresas que fabricam automóveis e comerciais leves no Brasil apenas Honda, HPE e JLR não possuem ciclos de investimentos em vigor. As duas últimas, porém, admitiram que negociam com as matrizes aportes em suas fábricas de Catalão, GO, e Itatiaia, RJ, respectivamente.
Veja a lista dos investimentos tabulada pelo MDIC:
Stellantis – R$ 30 bilhões de 2025 a 2030 Volkswagen – R$ 16 bilhões de 2022 a 2028 Toyota – R$ 11 bilhões de 2024 a 2030 GWM – R$ 10 bilhões de 2023 a 2032 General Motors – R$ 7 bilhões de 2024 a 2028 Hyundai – R$ 5,45 bilhões de 2024 a 2032 Renault – R$ 5,1 bilhões de 2021 a 2027 Caoa – R$ 4,5 bilhões de 2021 a 2028 BYD – R$ 3 bilhões de 2024 a 2030 Nissan – R$ 2,8 bilhões de 2023 a 2025 BMW – R$ 500 milhões de 2022 a 2025 TOTAL – R$ 95,3 bilhões
São Paulo – A Iveco acertou a venda de cinquenta caminhões para a Giovanella Transportes, com sede em Estrela, RS. A empresa está ampliando sua frota e definiu que o extrapesado S-Way é o melhor caminhão para atender suas demandas.
Produzido na fábrica de Sete Lagoas, MG, o S-Way é considerado o melhor caminhão já produzido pela Iveco no Brasil e o seu desenvolvimento contou com o trabalho de 450 colaboradores.
São Paulo – A Anef, Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, informou que o total de recursos liberados em financiamentos de veículos 0 KM em 2023 chegou a R$ 212,8 bilhões, aumento de 9% na comparação com 2022.
Com isto o saldo total da carteira de veículos cresceu 11,5% na mesma base comparativa, chegando a R$ 417,5 bilhões. O CDC, crédito direto ao consumidor, manteve a liderança na carteira de veículos financiados com R$ 415 bilhões, aumento de 11,5% sobre 2022. O leasing se manteve estável ao longo de 2023 e somou R$ 2,5 bilhões.
Considerando apenas os recursos liberados em 2023 o CDC cresceu 9,1% sobre 2022 e atingiu R$ 211,8 bilhões, e o leasing representou R$ 1 bilhão. De acordo com o presidente Paulo Noman “a queda na taxa de juros e, principalmente, as campanhas de incentivo com taxas atrativas realizadas pelas montadoras ajudaram a compor esse resultado”.
A inadimplência em 2023 teve um leve recuo de 0,1% para pessoas físicas, encerrando o ano em 5,6%. Para pessoas jurídicas o porcentual se manteve estável em 3,5%.
Formas de pagamento
Em 2023 as vendas de automóveis e comerciais leves por meio de financiamentos chegaram a 40%, se aproximando dos 46% registrados em 2021, de acordo com a Anef. As compras à vista caíram de 64% para 55%, e os consórcios cresceram 1 ponto porcentual, representando 5%.
Segundo o presidente da Anef a queda no porcentual de compras à vista também é reflexo da queda na taxa básica de juros, que atualmente está em 11,25%.
Os financiamentos de motocicletas representaram 37% das vendas contra 34% em 2022, e as vendas via consórcio também aumentaram de 34% para 37% no ano passado. As compras à vista recuaram de 36% para 28% no ano passado.
As vendas financiadas de caminhões e ônibus cresceram de 37% em 2022 para 41% em 2023, o Finame aumentou sua participação de 29% para 31%, os consórcios seguiram estáveis com 5% e as vendas à vista caíram de 29% para 23%.
Para 2024 a expectativa do presidente da Anef é positiva com relação à liberação de crédito para financiamentos de veículos: “Com o marco legal das garantias as empresas terão mais segurança para conceder crédito no Brasil. Da mesma forma taxas de juros mais baixas, economia estável e PIB positivo fazem com que o consumidor se sinta mais confiante em financiar um carro”.
Brasília, DF – Está agendada para 11 de abril a cerimônia de inauguração da nova sede da Anfavea, em São Paulo. O presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, confirmou a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente e ministro do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Na ocasião será feito um balanço dos investimentos da indústria no País, segundo ele.
“Além do presidente também estará presente o vice Geraldo Alckmin. Apresentaremos a eles um balanço dos investimentos de toda a indústria, que pode chegar a R$ 100 bilhões até lá.”
Este número, apresentado por Lima Leite este ano, como um marco da reindustrialização promovida pelo governo federal, particularmente por Alckmin, pode ser até ser superado ao longo de 2024. Com o anúncio da Stellantis o valor já superou os R$ 90 bilhões.
O Mover destravou os ciclos de investimentos das montadoras e pode se estender à cadeia de fornecedores. Lima Leite não confirma mas segue confiante em que os R$ 100 bilhões possam ser superados: “O governo está muito otimista assim como nós, da indústria”.
Brasília, DF – A Stellantis anunciou seu próximo ciclo de investimentos no Brasil, o maior na história da indústria automotiva local: serão R$ 30 bilhões de 2025 a 2030 para o lançamento de quarenta produtos das marcas Fiat, Jeep, Ram, Peugeot e Citroën. O anúncio foi feito pelo CEO global Carlos Tavares:
“O Brasil tem os biocombustíveis que se equiparam ao resultado de emissões dos elétricos. Isto não acontece em outros lugares. Investiremos nestas tecnologias para tornar nossos produtos acessíveis a todos os níveis de clientes”.
Ele elogiou a política setorial Mover, Mobilidade Verde e Inovação, como um fator relevante para promover a transição. “Apoiamos esta política industrial pois há um alinhamento dos interesses com a sociedade, o governo e a indústria. Marcamos um encontro para estarmos todos juntos atingindo as metas lá em 2030”.
O CEO da Stellantis no Brasil, Emanuele Cappellano, confirmou que este novo ciclo não está combinado com o investimento de R$16,5 bilhões que se encerra no fim deste ano e também não será aplicado a outros paises da região com operação produtiva: “Trabalhamos para concluir os lançamentos do ciclo anterior até dezembro e, ao mesmo tempo, já estamos trabalhando nos planos de negócios para os próximos cinco anos, com foco total na operação de produtiva nacional”.
As plataformas Bio Hybrid serão a base para gerar os quarenta novos produtos. Segundo a companhia haverá o desenvolvimento de oito powertrains eletrificados, e até uma motorização 100% etanol, um dos pontos destacados por Capellano: “Teremos várias fases da eletrificação e nossa engenharia está trabalhando na melhor eficiência de um motor térmico a etanol”.
Carlos Tavares se referiu várias vezes durante o anúncio, em Brasília, DF, com a presença de alguns veículos de imprensa, à importância de os planos de produtos atender à classe média ou, no caso dos países em desenvolvimento, à maioria dos clientes interessados em adquirir um veiculo:
“Nós pensamos primeiramente na classe média. Temos que desenvolver tecnologias para um grande volume, se não não há impacto [na descarbonização]. Por isto nossa prioridade é a classe média: queremos dar acesso a estas tecnologias para gerar o volume e contribuir para a grave questão das emissões”.
Até o fim deste, que é o maior valor de investimento de uma empresa produtora de veículos no País, a expectativa de Cappellano é de que “30% das nossas vendas aqui sejam de produtos 100% elétricos”.
Além de uma nova safra de veículos e propulsores mais eficientes este programa de investimentos também gerará novos negócios para a Stellantis, a exemplo da aquisição da DPaschoal, para atuar no segmento de reposição, segundo Capellano:
“Os pormenores deste plano, com novos veículos, tecnologias e outros negócios relacionados ao setor automotivo, vocês conhecerão ao longo dos próximos anos”.
“Eu até tentei enviar uma mensagem para o empresário, dizendo que se ele tiver interesse em investir na Bahia nós podemos conversar”, afirmou Rodrigues na cerimônia que marcou o início das obras civis da BYD em Camaçari. Aquele empreendimento, porém, não está mais disponível. “Já estávamos negociando com a BYD há muito tempo, de forma transparente e pública.”
O contrato assinado ontem oficializou o acordo, cujas negociações foram iniciadas em 2022, ainda sob o governo de Rui Costa. No ano passado o governo baiano comprou o terreno da Ford e o concedeu à BYD, que pode fazer as primeiras movimentações e estudos para a sua fábrica. Agora ele está nas mãos da BYD, que desembolsou R$ 287,8 milhões pela área de 4,6 milhões de m² e dará início às obras, inclusive com a construção de novos prédios – a área que a Ford ocupava será usada por fornecedores.
Assis visitou o terreno e disse ter se interessado, sobretudo, pelo maquinário que ainda existia e que pertence à Ford. Segundo a BYD, eles têm até outubro para retirar tudo da área.
A reportagem consultou a Lecar para saber quais serão os próximos passos mas não recebeu retorno até a publicação do texto.
São Paulo – A regulamentação do Mover, Mobilidade Verde e Inovação, deverá ser divulgada até o fim deste mês, afirmou o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, na terça-feira, 5, na sede da Fiesp, em São Paulo.
“Esperamos nas próximas semanas, até o fim deste mês, estar com toda a regulamentação do Mover publicada.”
Alckmin afirmou que, somente neste ano, as empresas do setor automotivo que anunciarem investimentos em inovação e descarbonização, usufruirão de redução em impostos que totalizarão R$ 3,5 bilhões: “O sucesso do Mover está nos anúncios das montadoras. A maioria das fabricantes de veículos está anunciando investimentos importantes, a exemplo da Toyota, que injetará R$ 11 bilhões nas fábricas de Sorocaba e Porto Feliz”.
“A medida do governo do Estado de liberar o crédito presumido ajuda. Ainda é possível aproveitar esse recurso, que eu também aplicava enquanto governador, pois a cumulatividade de crédito vai acabar com a reforma tributária, que vai desonerar totalmente o investimento e a exportação. Mas não acontecerá este ano, demorará um pouco. Então neste período, até lá, é possível acumular crédito.”
São Paulo – A Toyota ampliou para R$ 11 bilhões o investimento em duas de suas três unidades produtivas no País, em Sorocaba e Porto Feliz, no Estado de São Paulo, até 2030. A produção do sedã Corolla, em Indaiatuba, SP, será transferida para Sorocaba até 2026, o que implicará a desativação da mais antiga unidade da companhia no Brasil.
O plano da Toyota é focar em veículos eletrificados. O investimento inclui, ainda, o aumento do processo de localização do motor híbrido flex, hoje importado da matriz japonesa para equipar as versões híbridas do Corolla e do Corolla Cross. A partir de 2025 será montado na fábrica de motores em Porto Feliz e a partir de 2026 existe a previsão da montagem de baterias em Sorocaba, a fim de equipar os veículos híbridos fabricados no Brasil.
Produção de Indaiatuba será transferida para Sorocaba
O aporte concentrará em Sorocaba a produção de veículos da Toyota no Brasil. Com isso a unidade, que atualmente utiliza sua plena capacidade, será ampliada, a fim de focar no aumento da demanda por veículos eletrificados, e a fábrica de Indaiatuba fechará as portas:
“Para efetivar essa significativa expansão da capacidade produtiva será necessário construir novas instalações no local, para as quais serão transferidas as operações produtivas de Indaiatuba. Isto ocorrerá de forma gradual, a partir de meados de 2025, com conclusão prevista para o fim de 2026”.
De acordo com o presidente do sindicato de Sorocaba, Leandro Soares, a Toyota já está discutindo a questão com o sindicato local: “Está em processo de negociação. Existe a possibilidade de eles virem para Sorocaba”.
O sindicalista disse que caberá à entidade assegurar que esses trabalhadores sejam beneficiados com essa transferência, “acima de tudo mantendo seus postos, seus direitos e seus benefícios, assim como aconteceu quando foi comunicada a transferência das atividades de São Bernardo do Campo para Sorocaba”. As duas cidades estão distantes em torno de uma hora e meia.
A intenção, garantiu a montadora, é que 100% dos colaboradores de Indaiatuba sejam transferidos para Sorocaba: “Ao fim deste processo teremos um saldo positivo de quinhentos empregos gerados até 2026, e de 2 mil postos de trabalho até 2030, além de 8 mil postos indiretos de trabalho gerados a partir do investimento”.
Hoje, em Indaiatuba, trabalham em torno de 2 mil pessoas. Ou seja: considerando a possibilidade de todos serem transferidos haverá, na realidade, uma realocação dos empregados sem a geração de postos de trabalho.
Mesmo assim Soares apoiou o efeito em cadeia, uma vez que a cada emprego em montadora são gerados até sete indiretos, com potencial de 10 mil a 14 mil empregos na cadeia produtiva, sendo que somente nas sistemistas são 6 mil profissionais. Na pior das hipóteses, portanto, ao menos os empregos serão mantidos.
Sorocaba deverá dobrar produção de 200 mil para 400 mil veículos
Quanto ao reflexo dos aportes em Sorocaba o sindicalista estimou que a capacidade de produção da fábrica, atualmente de 200 mil veículos, deverá dobrar, ou seja, poderá chegar a 400 mil.
“O governo federal teve grande importância nesse processo, com o NIB, Nova Indústria Brasil, o Mover, Programa de Mobilidade Verde, e o compromisso com a reforma tributária. Foi fundamental para que a Toyota tomasse a decisão de direcionar este investimento para Sorocaba.”
Presente ao evento o vice-presidente da República e secretário do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, avaliou que o investimento de R$ 11 bilhões da Toyota demonstra confiança no Brasil.
“A Toyota é a maior montadora do mundo e é a campeã na eletrificação e nos híbridos flex. Acho que esse é o grande diferencial brasileiro, ter o carro eletrificado, mas também ter o flex”, disse o vice-presidente. “Quinze anos atrás era um terreno às margens da Castelo Branco. Ver hoje esse complexo industrial, na ponta da tecnologia, trabalhando em três turnos, com mais de 3 mil funcionários, é um avanço extraordinário.”
Quanto a contrapartidas para o anúncio Alckmin avaliou que os R$ 3,5 bilhões do Mover dedicados a reduzir impostos da indústria automotiva baseado na inovação, exportação e descarbonização foram muito importantes, assim como o aumento da alíquota dos importados:
“Ou monta fábrica no Brasil, produz e gera emprego ou vai ter 35% do imposto de importação. Essa nova configuração tributária fez toda diferença. Agora todas as montadoras estão anunciando investimentos”.
São Paulo – O segmento de implementos rodoviários registrou crescimento de 2,9% no primeiro bimestre do ano, sobre iguais meses de 2023, de acordo com dados divulgados pela Anfir na terça-feira, 5. Foram vendidos 23,3 mil equipamentos até fevereiro, contra 22,7 mil no ano passado.
O presidente da Anfir, José Carlos Sprícigo, celebrou o resultado conquistado no primeiro bimestre: “O resultado indica que podemos ter um ano bastante positivo para os nossos negócios”.
A área de pesados, de reboques e semirreboques, bateu seu recorde de vendas em fevereiro, somando 7,5 mil unidades superando fevereiro de 2021, 6,6 mil unidades. No bimestre os implementos pesados chegaram a 14,6 mil vendas, expansão de 16,5% sobre os dois primeiros meses de 2023.
Já a área de leves, de carrocerias sobre chassi, continua com dificuldades em 2024, como ocorreu nos últimos anos, com queda de 13,9% no primeiro bimestre, com 8,8 mil equipamentos vendidos.
A indústria de implementos também registrou queda nas exportações, com recuo de 34,7% na comparação com o primeiro bimestre de 2023, registrando 292 embarques.
São Paulo – Atenta às renovações de frota urbana em cidades como São Paulo a Goodyear homologou seu pneu Urban Max EDR, Eletric Drive Ready junto às principais fabricantes para que possa equipar ônibus elétricos. Embora possa ser utilizado também em veículos a combustão que rodam nas cidades ele torna-se adequado aos modelos movidos a bateria por ter maior capacidade de carga.
Segundo a Goodyear o pneu fabricado em Americana, SP, possui tecnologias e compostos projetados para oferecer maior durabilidade nas operações urbanas, que contam com frenagens constantes, manobras acentuadas e curvas fechadas, o que sobrecarrega os ombros e os talões dos pneus. As pontes rígidas nos sulcos que interligam as raias centrais durante o percurso diminuem a movimentação das raias, tornando o desgaste mais regular.