Eletra e Caio lançam ônibus escolares elétricos

São Paulo – A Eletra anunciou dois modelos de ônibus escolares 100% elétricos em parceria com a Caio. São os primeiros veículos do tipo lançados no Brasil, que serão apresentados ao público na terça-feira, 19, e na quarta-feira, 20, no C-Move Brasília, DF.

Um deles utiliza chassi Volkswagen Caminhões e Ônibus de 9m60 de comprimento e carroceria Foz Super da Caio, com capacidade para 41 passageiros sentados e uma vaga para cadeirante. Os motores e a bateria são WEG, e a autonomia varia de 120 quilômetros a 140 quilômetros, com recarga regenerativa e ar-condicionado.

Ônibus elétrico com com chassi Mercedes-Benz e carroceria Caio. Foto: Divulgação

O outro tem praticamente os mesmos componentes e o que muda é o chassi Mercedes-Benz de 11m30 e capacidade para 52 passageiros. A autonomia deste é de 110 quilômetros a 120 quilômetros. Em ambos os modelos a tecnologia de tração elétrica e integração é da Eletra.

Segundo a Eletra com uma frota de cem ônibus escolares elétricos deixa-se de emitir, ao longo de um ano, 1 mil 66 toneladas de CO2 na atmosfera. Todos os veículos são produzidos em área industrial de 27 mil m² em São Bernardo do Campo, SP.

A nova fábrica começou a operar em maio de 2022 e possui capacidade para produzir 150 ônibus elétricos por mês ou até 1,8 mil por ano, quantidade que pode ser acrescida em 50% dependendo da demanda.

Volkswagen destina R$ 4,8 milhões ao Hospital Pequeno Príncipe

São Paulo – A Volkswagen destinou R$ 4,8 milhões ao Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, PR, por meio do Programa Paraná Competitivo. Os recursos foram empregados em oito novos leitos de UTI, na reforma do espaço e aquisição de equipamentos. A cerimônia de inauguração, na segunda-feira, 18, foi realizada menos de um ano após o repasse de recursos.

O resultado é que quinhentos novos atendimentos poderão ser realizados, anualmente, pelo hospital, um dos maiores exclusivamente pediátricos do País. Serão atendidos neonatos, lactantes, crianças e adolescentes em tratamento clínico, pré-cirúrgico e pós-operatório nos serviços da instituição ligados à cardiologia.

Carese assume armação de cabines da Volkswagen Caminhões e Ônibus

São Paulo – A Carese, empresa do Grupo Pentanova, será a nova responsável por operar o módulo de armação de cabines da Volkswagen Caminhões e Ônibus em Resende, RJ, a partir de 15 de abril. Responsável pela pintura no Consórcio Modular substituirá a Aethra Automotive Systems e incorporará seus 340 funcionários em área de 28 mil m².

Dessa forma a Carese passará a montar as cabines fazendo todo o processo de solda e acabamento em chapa, atividades que se somam aos trabalhos de preparação de superfície e pintura.

O Grupo Pentanova, de origem austríaca, adquiriu em 2021 a Eisenmann do Brasil, que desde 1996 respondia pelo módulo de pintura da fábrica da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

Rafael Chang é o novo CEO da Kinto Brasil

São Paulo – A Kinto, empresa de mobilidade da Toyota formada em parceria com a Mitsui, tem um novo CEO: Rafael Chang, recém-empossado CEO da Toyota América Latina e Caribe e anteriormente presidente da Toyota do Brasil.

Como na Toyota Chang sucede a Masahiro Inoue, que retornou ao Japão para assumir a presidência da Dahiatsu. Um de seus principais desafios será conduzir a expansão dos atuais serviços no País, ao escalar o volume de unidades em operação de forma sustentável.

Segundo a Toyota Inoue foi fundamental na criação e na consolidação da empresa na América Latina, com liderança marcada pela introdução de serviços de aluguel de carros Toyota e Lexus via aplicativo e gestão de frota ainda 2020, em meio à pandemia.

BYD amplia investimento no Brasil para R$ 5,5 bilhões

São Paulo – A BYD ampliou em R$ 2,5 bilhões seu investimento no Brasil: o aporte total soma agora R$ 5,5 bilhões. A intenção é acelerar o processo de estabelecimento da fábrica de Camaçari, BA, onde a companhia decidiu construir novos prédios do zero e dispensou a estrutura existente da Ford, e nacionalizar o desenvolvimento da tecnologia híbrido flex, hoje concentrada na China.

Segundo afirmou Pablo Toledo, diretor de marketing e comunicação da BYD Brasil, seguem os planos de iniciar a produção em Camaçari no fim de 2024, no mais tardar início de 2025. Ele diz que haverá tempo suficiente para as obras e instalação do maquinário. Boa parte do atual portfólio da BYD será nacionalizado: Dolphin, Dolphin Mini e Song Plus.

A capacidade inicial será de 150 mil unidades, já com vistas à duplicação. A BYD calcula a geração de 10 mil empregos. Uma parte será de engenheiros, pois parte do valor da ampliação do investimento será destinada à pesquisa e desenvolvimento. Quando esteve no Brasil, em setembro do ano passado, o CEO global Wang Chuanfu afirmou que seu objetivo era “tornar a Bahia uma espécie de Vale do Silício brasileiro”.

A direção da BYD também anunciou que cinco prédios residenciais serão construídos para alojamento dos funcionários das fábricas. Eles ficarão a 3,5 km de distância do complexo, em uma área de aproximadamente 81 mil m² e poderão abrigar 4 mil 230 pessoas.

Todos os planos e pormenores do investimento e projeto da fábrica em Camaçari serão debatidos no Seminário Megatendência 2024, organizado pela AutoData em 19 e 20 de março. As inscrições podem ser feitas aqui.

Nissan e Mitsubishi assinam acordo para desenvolver tecnologias de mobilidade

São Paulo – Depois de anunciar parceria com a Honda a Nissan assinou um memorando de entendimento com a Mitsubishi, que faz parte da aliança com a Renault, para explorar novos desenvolvimentos ligados a energia e a mobilidade de nova geração tendo em vista veículos elétricos do futuro. A intenção é produzir novas tecnologias de mobilidade que atendam as demandas da sociedade japonesa.

Atualmente o Japão passa por uma queda no número de motoristas por causa do menor interesse em possuir um veículo e também está com dificuldades para manter o transporte público do país por causa do número menor de usuários, segundo comunicado divulgado pelas duas companhias.

Frigo King abre oportunidades no Canadá, Trinidad e Tobago e Iraque

São Paulo – A Frigo King, fabricante brasileira de implementos rodoviários para o transporte de cargas refrigeradas, conquistou novos mercados de exportação depois de participar da AHR The International Air-Conditioning, Heating, Refrigerating Exposition, realizada de 22 a 24 de janeiro em Chicago, Illinois: após rodadas de negócios a empresa deverá exportar nos próximos meses para novos países, como Canadá, Trinidad y Tobago e Iraque.

O evento também serviu para a empresa se aproximar de alguns clientes que já atende no México, República Dominicana e Índia.

Primeira quinzena de março registra avanço de 10% nas vendas de veículos

São Paulo – Foram emplacados 88 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus até a sexta-feira, 15, décimo-primeiro dia útil de março. Com 8 mil unidades vendidas por dia, em média, a primeira quinzena superou em 9,6% as 80,3 mil unidades registradas no mesmo período de março do ano passado.

Os dados são preliminares do Renavam e foram obtidos pela Agência AutoData. O resultado ficou em linha com fevereiro, que registrou 7,9 mil de média diária. Na segunda metade as vendas aceleraram e o mês terminou com 8,7 mil licenciamentos/dia.

Restam ainda dez dias úteis para o mês. Mantido o desempenho da primeira metade o mercado alcançaria 168 mil veículos vendidos, o melhor resultado para o ano mas bem abaixo das 199 mil unidades de março do ano passado. A tendência, porém, é de que o ritmo aumente, como usualmente ocorre todos os meses.

Segundo fonte ligada ao varejo o mercado está melhor, mas ainda existe participação forte das locadoras no total de compras.

Liderou as vendas da primeira quinzena a Fiat Strada, com 4,7 mil licenciamentos. Completaram o pódio Chevrolet Onix, com 3,6 mil, e Volkswagen Polo, com 3,5 mil.

Goodyear fornece os pneus da nova Fiat Titano

São Paulo – A Goodyear foi nomeada fornecedora exclusiva de pneus para a picape Titano, que introduziu a Fiat ao segmento de picapes médias no Brasil. O pneu Wrangler Territory AT é fornecido nas medidas 265/65R17 e 265/60R18.

A Titano é o primeiro veículo a ser vendido com este modelo de pneu da família Wrangler. Seu diferencial, segundo a Goodyear, é o composto de borracha, que garante bom desempenho no asfalto e na terra, gerando boa quilometragem, resistência e dirigibilidade.

Sindicato vai à China em busca de montadoras e fornecedores para o Grande ABC

São Paulo – Com o objetivo de conferir, pessoalmente, a transição para a eletrificação, dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC organizaram agenda na China para conhecer montadoras de veículos leves e pesados elétricos, fabricantes de baterias e de semicondutores e empresas de tecnologia. A delegação visitou também a Federação Chinesa dos Trabalhadores Metalúrgicos, a Universidade Politécnica de Xangai, a Embaixada do Brasil na China, a sede do Banco Brics e o ICBC, Banco Industrial e Comercial da China.

Ao longo de dez dias foi promovida verdadeira imersão à cadeia automotiva chinesa e percorreram Xangai, Pequim, Ningde, Zhengzhou e Baldim, onde foram ver, na prática, o que fazem e como produzem Higer Bus, Nio Automotive, CATL Baterias, SAIC Automotive, Yutong Bus, GWM Motors, GigaDevice, Citic e Kwai.

Durante os encontros também foi realizada apresentação sobre o Grande ABC, que é o berço do setor automotivo no Brasil mas que, nas últimas décadas, sofreu evasão de empresas, e sobre o papel do sindicato no processo de reindustrialização e na atração de novas empresas para a região a fim de que ela possa retomar seu protagonismo, só que desta vez com a eletrificação.

O passo seguinte ao desembarque no Brasil será o envio de cartas-convite às empresas para que possam conhecer o ABC Paulista e o sindicato. A entidade já mapeou áreas ociosas na região, especialmente em São Bernardo do Campo e Diadema, e planeja apresentá-las aos futuros visitantes que demonstrarem interesse em produzir aqui.

Segundo o diretor administrativo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wellington Messias Damasceno, que esteve na viagem à China, “em algumas cartas reforçaremos a quantidade de tinta”, em casos em que é vislumbrada maior possibilidade de negócios.

Quanto às empresas que se demonstraram interessadas o sindicalista evitou citar nomes por temer que outros estados entrem na disputa por levá-las para suas regiões. E com relação a mais informações sobre galpões que podem abrigar novas linhas de produção ele também mantém o sigilo, a fim de não promover especulação imobiliária.

No entanto não é segredo que a entidade tem trabalhado para conseguir atrair fabricantes de ônibus elétricos para o Grande ABC. Em meados do ano passado foi assinada carta de intenções do sindicato com a Chery e a Beijing Peak Automotive.

Delegação buscou conhecer fábricas e também apresentar o papel do sindicato na reindustrialização e atração de empresas ao ABC. Foto: Divulgação.

Damasceno contou que, a partir dos planos, também há a intenção de promover evento envolvendo embaixadas a fim de aproximar as relações, junto com representantes da academia e da indústria: “Temos muito a aprender com a China, pois ao decidirem apostar na eletrificação eles criaram muitas empresas e têm desenvolvido o país não só do ponto de vista profissional, mas também social”.

Para o sindicalista, embora a analogia com o Brasil seja “muito pequena”, uma vez que aqui não haverá o desenvolvimento de novas empresas e sim a transição das tecnologias, o que envolverá a migração de um produto para outro, do ponto de vista de qualificação dos profissionais há muito o que ser feito.

A entidade já solicitou reunião com representantes do governo federal para relatar a experiência e buscar formas de impulsioná-la a partir de políticas públicas.

“É preciso haver política pública para incentivar a requalificação dos trabalhadores. Aqui temos uma distância enorme da academia à indústria. Lá as empresas estão dentro das universidades. É algo muito dinâmico, até porque os jovens já se formam com este olhar técnico, o que facilita muito a missão.”

Damasceno relatou que, no Brasil, não raro, a resistência à capacitação é vista dentro da própria companhia, pela própria chefia, que por vezes não incentiva a transformação. O que aqui é exceção, fábricas em que tudo é digitalizado e em que o tablet é ferramenta de trabalho, a fim de que as informações ganhem celeridade e maior confiabilidade, com o papel sendo deixado de lado, lá é regra, relatou.

Isto reflete também nos salários dos profissionais chineses, maiores do que os dos brasileiros. Conforme reportagem publicada pela Agência AutoData, com base em estudo do Gi Group Holding, na média o rendimento médio mensal do profissional do setor é de € 1 mil ou 60% menor do que o pago na China, de € 2,5 mil, para funções semelhantes.

“Ao procurar uma fábrica para visitarmos no sábado, em busca de otimizar nosso tempo por lá, não encontramos nenhuma que produzisse no fim de semana. As relações trabalhistas na China evoluíram muito, eles só não exercem o direito à greve como nós.”

Objetivo da agenda junto ao banco foi mostrar iniciativas e abrir portas para futuras parcerias de investimentos entre China e Brasil. Foto: Divulgação.

Sindicato é recebido por Dilma Rousseff na sede do Brics

Em visita à sede do Banco Brics, liderado pela ex-presidente Dilma Rousseff, foi apresentada a iniciativa do sindicato tanto na preocupação com os empregos quanto na valorização do ABC Paulista como polo para receber investimentos de infraestrutura e reindustrialização.

Neste processo o banco poderia, por exemplo, financiar obras e entrar como parceiro em investimentos. Durante o encontro foram sinalizadas algumas possibilidades de parceiros chineses. O investidor, nessa hipótese, entraria em contato com o Brics e ou com o BNDES.

Sobre o motivo pelo qual os chineses estariam mais dispostos a investir no País, Damasceno avaliou que contam a favor tanto a mudança do governo com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como o fato de que a China enxerga no Brasil, além do mercado potencial, plataforma de exportação para ingressar em países em que hoje não tem presença.

“O mercado chinês começou a estagnar. Não tem mais como crescer 7% a 10% como fazia, e terá crescimento compatível uma economia mais madura, em que se espera avanço de 3%. Com isso precisam extrapolar sua capacidade produtiva para outros países, como o Brasil.”