Mercado argentino recua 30% de janeiro a março

São Paulo – As vendas de veículos, na Argentina, somaram 84,3 mil unidades no primeiro trimestre, volume 30,2% menor do que o registrado em igual período do ano passado, de acordo com dados divulgados pela Acara, entidade que representa os concessionários locais.

Em março foram vendidas 25,3 mil unidades, queda de 36,6% na comparação com março do ano passado e alta de 1% sobre fevereiro. A queda no mercado já refleea nas fábricas, que começam a anunciar PDVs e paralisações.

No mês a participação dos veículos produzidos no Brasil caiu para 28% contra 29% no ano passado, e a participação dos modelos argentinos subiu de 62% para 64%.

De janeiro a março a Toyota liderou com folga, com 15,3 mil veículos emplacados. Em segundo lugar ficou a Volkswagen com 11,8 mil, seguida de perto pela Fiat, com 11,7 mil. 

No ranking por modelo a liderança ficou com o Fiat Cronos, que somou 9,6 mil emplacamentos. Em segundo lugar ficou Peugeot 208 com 7,4 mil unidades e a Toyota Hilux ficou na terceira posição com 4,9 mil. Os três modelos são produzidos na Argentina.

Volkswagen Polo foi o modelo mais vendido do primeiro trimestre

São Paulo – Com a liderança em março, com quase 2 mil unidades de vantagem sobre a Fiat Strada, o Volkswagen Polo assumiu também o degrau mais alto do pódio do mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves ao fim do primeiro trimestre. Foram 11,9 mil licenciamentos em março, que garantiram 27,2 mil unidades no acumulado do ano.

A Strada, vice-líder, somou 10 mil emplacamentos em março e 26,6 mil de janeiro a março. 

O Chevrolet Onix completou o pódio no mês passado, com 7,8 mil unidades. No trimestre dois modelos empataram na terceira posição: Fiat Argo e Hyundai HB20, com 18,1 mil licenciamentos.

O mês passado foi dominado pelos hatches, com cinco modelos nos dez primeiros. Três SUVs estão na lista: Volkswagen T-Cross, o mais vendido, com 5,5 mil unidades, Nissan Kicks e Chevrolet Tracker.

Completa a lista duas picapes, a Strada e a Volkswagen Saveiro, pelo segundo mês seguido no Top 10.

Veja o ranking:

Jac entrega 100 veículos elétricos à Prefeitura de Criciúma

São Paulo – A Jac vendeu cem veículos elétricos do modelo E-JS1 para a Prefeitura de Criciúma, SC. As unidades já foram entregues e substituirão antigos modelos a combustão usados pela administração, que tem a expectativa de economizar R$ 750 mil por ano com combustível.

A Jac também instalará 75 carregadores wallbox para atender as demandas de recarga. A autonomia do E-JS1 com a bateria 100% carregada é de cerca de 161 quilômetros.

Fenatran esgota todos os espaços do São Paulo Expo para a edição 2024

São Paulo – A Fenatran 2024, que será realizada de 4 a 8 de novembro, está com todos os espaços comercializados, segundo divulgou a RX Brasil, empresa responsável pela sua organização. Serão mais de seiscentas marcas espalhadas pelos 100 mil m² do São Paulo Expo.

Todas as montadoras com produção nacional têm presença confirmada, assim como diversas fabricantes de implementos rodoviários e empresas envolvidas na cadeia do transporte rodoviário.

A Fenatran 2024 oferecerá ainda opção de test-drive com modelos de marcas como Iveco, Mercedes-Benz, Scania e Volkswagen Caminhões e Ônibus.

Foton começa a vender caminhão elétrico no Brasil

São Paulo – A Foton iniciou as vendas do caminhão elétrico semileve iBlue, com PBT de 6 toneladas e capacidade para transportar até 3,6 toneladas de carga. O modelo já está disponível em toda a rede de concessionárias.

O caminhão vem equipado com duas baterias da CATL de 81 kWh que, juntas, geram autonomia de 200 quilômetros. O motor elétrico é de 156 cv de potência e a sua entrada de carregamento é a CCS Tipo 2, compatível com a maioria dos eletropostos instalados no País.

Para o iBlue a Foton oferece cinco anos de garantia, ou 200 mil quilômetros rodados, e sua rede já passou por treinamento para atender a demandas do pós-vendas.

Greve do Ibama prejudica as vendas de veículos em março

São Paulo – Os emplacamentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus somaram 187,7 mil unidades em março, recuo de 6% na comparação com igual mês de 2023, de acordo com dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData. Em março do ano passado foram licenciados 199 mil veículos.

Segundo uma fonte ligada ao varejo a greve dos servidores do Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, que vem retardando a liberação de veículos importados, é uma das razões para a queda nas vendas, que interrompeu sequência de seis meses com crescimento na comparação anual: “Está havendo pouca liberação, especialmente dos chineses que têm apresentado bom desempenho no varejo”.

Ou seja: o mercado continua, em tese, aquecido, com consumidores buscando as compras, mas a paralisação dos servidores atrasa a chegada dos veículos às concessionárias e, por consequência, seu emplacamento, promovendo uma distorção pelo intervalo maior de entrega. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo no começo de março existiam ao menos 30 mil veículos parados em portos aguardando aprovação.

O Ibama é responsável por conceder a licença ambiental, que comprova que o veículo atende às normas brasileiras. Desde janeiro os servidores reivindicam aumento de salário, plano de carreira e melhores condições para o setor, que atua tanto nas importações de carros como em fiscalizações ambientais. Eles não estão 100% parados, mas organizam protestos e paralisam algumas atividades.

A greve prejudica todo o setor de importação. Modelos Stellantis, Volkswagen e Toyota também estão parados nos portos mas, como GWM e BYD têm 100% de sua venda importada, acabam sendo as mais prejudicadas. Um exemplo é o BYD Dolphin Mini, lançado no fim de fevereiro, já com cerca de 7 mil unidades encomendadas. Em março os seus emplacamentos somaram 2,7 mil unidades.

Média diária em alta

Mesmo com as dificuldades na importação os números de março, ainda que com a queda de 6%, não podem ser considerados negativos. Na comparação com fevereiro e suas 165,2 mil unidades licenciadas as vendas de março cresceram 13,3%. A média diária chegou a 9,4 mil unidades, superior à de março do ano passado, 8,6 mil. Em fevereiro foi de 8,7 mil/dia e em janeiro de 7,6 mil/dia.

O primeiro trimestre registrou crescimento de 9,1% nas vendas, somando 514,5 mil unidades. Foi o melhor resultado para o período desde 2021, quando as vendas alcançaram 527,9 mil unidades.

Xiaomi lança na China o SU7, seu primeiro veículo 100% elétrico

São Paulo – A empresa de tecnologia Xiaomi entrou no mercado de veículos e apresentou o seu primeiro modelo elétrico na China, o sedã SU7, que teve desenho criado por profissionais com passagens por empresas como BMW e Mercedes-Benz. A empresa também desenvolveu o seu próprio sistema de assistência a condução, que terá dois níveis: Xiaomi Pilot Pro e Xiaomi Pilot Max.

O sedã será vendido em três versões, com preços que vão de US$ 29 mil a US$ 41,5 mil. A opção de entrada tem bateria da BYD Blade de 73,6 kWh com alcance de 700 quilômetros. A versão intermediária usará bateria CATL de 94,3 kWh e autonomia de 830 quilômetros, a mesma da versão topo de linha, mas a configuração mais cara tem bateria de 101 kWh, oferecendo recarga mais rápida.

O motor da versão de entrada e da intermediária é um elétrico de 299 cv de potência colocado no eixo traseiro. A versão topo de linha possui dois motores elétricos, um em cada eixo, com potência combinada de 663 cv.

As entregas das duas primeiras versões começarão no final de abril e a topo de linha chegará aos clientes em maio.

Estudo da KPMG aponta expectativa realista para a transição para a eletrificação

São Paulo – A transição da indústria automotiva global para a eletrificação está em curso e é um caminho sem volta. O que pode ser observado a partir de respostas de executivos do setor em pesquisa global realizada anualmente pela KPMG, em sua vigésima-quarta edição, é que a confiança na eletrificação é crescente e que as parcerias com empresas de tecnologia – no caso do Brasil, startups do setor – é um atalho para embarcar cada vez mais tecnologia e tornar realidade questões de cibersegurança.

O levantamento chamado Global Automotive Executive Survey trouxe, após hiato de cinco anos, recorte do Brasil. Foram entrevistados em todo o mundo 1 mil 40 executivos, sendo 33 brasileiros – metade deles CEOs, não só de montadoras como de comercializadora de veículos e autopeças relevantes.

À época em que foram aplicados os questionários, em 2023, chamou atenção o fato de que, em edições anteriores, as respostas eram bastante variadas e, na última, mais uníssonas, demonstrando maior crença na eletrificação.

“Foi possível notar que quem antigamente não confiava em um veículo elétrico hoje está muito mais confiante”, disse Ricardo Roa, líder do setor automotivo da KPMG no Brasil. “E no Brasil, em que combinamos elétrico com eletrificado de fato, caso do híbrido e do híbrido plug-in, também é realidade.”

Roa ressaltou que dos respondentes brasileiros, no ano passado, somente 20% acreditavam na consolidação da eletrificação, com um olhar mais maduro da transição: “Se analisarmos o cenário hoje, efetivamente para 2024, tenho convicção de que praticamente triplicaria este porcentual de respostas dos executivos C-Level”.

Ricardo Roa, líder do setor automotivo da KPMG no Brasil. Foto: Bruna Nishihata.

A ebulição do mercado, chacoalhado com a maior presença de GWM e BYD, com produtos tecnológicos e preços agressivos, se concentrou no fim do ano passado. Este ano, após o anúncio do Mover, Mobilidade Verde e Inovação, atraiu, segundo a Anfavea, R$ 66 bilhões em novos investimentos pelas montadoras somente em 2024, muitos dos quais dedicados à produção de veículos menos poluentes, principalmente híbridos flex.

A forma com que o avanço dos eletrificados no mercado brasileiro vem acontecendo, agora em ritmo acelerado, tem um lado positivo, ressaltou Roa, ao reconhecer que o movimento deverá acelerar a corrida pela infraestrutura necessária no Brasil para atender a esta tecnologia de propulsão:

“Hoje a gente tem pouco mais de 3 mil postos de recarga e já vemos BYD fazendo parceria com a Raízen, dentre outros, para construir mais pontos. Trata-se de tendência gigante de crescimento alavancada por estratégia de mercado. E vai mexer com o mercado brasileiro, que começará a ter portfólio de projetos e, com variedade de produtos eletrificados, passaremos a ter competitividade de preço”.

Foi perguntado aos entrevistados qual a porcentagem de veículos eletrificados que deverá ocupar o market share até 2030: destaque para a China, que aposta em 36%, e Estados Unidos, 33%. Para Brasil a fatia estimada foi de 19%. No entanto, eles crêem que até lá ainda serão necessários subsídios do governo para que os eletrificados conquistem seu espaço em detrimento dos veículos a combustão. Houve quem apostasse na necessidade de estendê-los até 2035, ou até por mais tempo.

Dentre as conclusões do estudo foi constatada a necessidade de se diversificar as apostas, algo que já é realidade no Brasil: “Embora as empresas dependam das tomadas de decisões das matrizes já está estabelecido que não haverá migração direta ao elétrico por aqui até porque há o recurso natural da cana-de-açúcar”.

Baterias são ponto de atenção para executivos do mundo todo exceto da China, autossuficiente, em que há exploração de minérios. Foto: Divulgação.

Só a China ampliou otimismo quanto ao aumento do lucro

Quanto às expectativas frente à cadeia de suprimentos a China destoa do restante do mundo, uma vez que 28% dos respondentes demonstraram preocupação nos próximos cinco anos, principalmente no que se refere a insumos das baterias, como lítio e cobalto. No restante do mundo esse porcentual sobe a 50%.

O que pode explicar essa diferença é o fato de que a China é exploradora de minérios e, portanto, mais autossuficiente, enquanto que os demais países são importadores, e a partir do momento que essa tecnologia chegar à grande massa isto será uma inquietação.

Não à toa, quando perguntado sobre a preocupação da indústria em relação ao crescimento do lucro nos próximos cinco anos, a China foi a única a aumentar a confiança de 2022 para 2023, e os demais diminuíram um pouco este aspecto. Como no Brasil não houve participação na edição anterior foi contabilizado apenas que os executivos estão otimistas.

Carros autônomos deverão ocupar cada vez mais espaço e parcerias com empresas de tecnologia serão importantes nesse processo. Foto: Divulgação.

No Brasil parcerias com startups deverão ganhar destaque

Sobre quem seriam fortes competidores em veículos autônomos nos próximos cinco anos boa parte indicou gigantes da tecnologia como Apple, Google e Samsung. No Brasil, especificamente, há aposta na Apple.

O líder do setor automotivo da KPMG avaliou que atualmente a companhia tem a opção de surfar nessa concorrência, mas que se trata de algo embrionário e que ele não acredita que isso esteja próximo da realidade nem no médio prazo, até porque no País não há, atualmente, essa tecnologia.

“Houve um sentimento global de que a Apple estaria mais à frente até do que a BYD para veículos elétricos até 2030. Como a maior parte dos respondentes é dos Estados Unidos, trezentos deles, eles citam mais a Tesla e acreditam que as empresas de tecnologia entrarão no sistema do setor automotivo no médio e longo prazos.”

Fato é que hoje é mais fácil um gigante de tecnologia desenvolver um veículo smart do que um grande montador automatizá-lo com uma tecnologia avançada, “e é por isto que as parcerias precisam ser costuradas e realizadas”.

Pode ser que no Exterior, a exemplo dos Estados Unidos, seja feita parceria criativa com a Apple, exemplificou o executivo. Mas, aqui, ele acredita que essa parceria se dê mais com startups de desenvolvimento de tecnologia do que efetivamente com grandes empresas do setor. Dessa forma a marca dos veículos é mantida ainda que haja a colaboração.

VW Caminhões e Ônibus usa realidade virtual para reduzir custos e acelerar novos desenvolvimentos

São Paulo – O uso da realidade virtual na fábrica de Resende, RJ, está ajudando a Volkswagen Caminhões e Ônibus a acelerar o desenvolvimento e a reduzir o custo total dos projetos, além de colaborar para a preservação do meio ambiente por demandar menos protótipos e peças físicas. Cada novo caminhão em desenvolvimento demanda algumas dezenas de protótipos e a realidade virtual reduz essa necessidade para três ou quatro unidades, segundo Luiz Salles, gerente de produção e logística da empresa.

A sala de realidade virtual da fábrica de Resende tem capacidade para desenvolver até quatro protótipos por ano, número que poderá aumentar com os investimentos que a montadora pretende fazer para elevar a digitalização da unidade, com R$ 1 milhão programado para 2024: “Um protótipo físico custa de R$ 600 mil a R$ 700 mil, valor até quatro vezes maior do que o necessário para construir uma sala de realidade virtual e equipá-la com os softwares necessários”.

A eficiência da validação é igual, garantindo que o protótipo virtual seja tão bem avaliado quanto o físico. É possível porque a tecnologia avançou bastante nos últimos dez anos, quando os programas usados para realidade virtual não eram dos melhores, travavam, demoravam muito para carregar o projeto e não permitiam a avaliação do veículo completo, apenas de partes.

A sala de realidade virtual é controlada por um funcionário treinado e os outros envolvidos na validação do projeto podem acessar o protótipo de forma remota, seja de outra área da fábrica ou até fora dela, agilizando o processo:

“Um protótipo real precisa de quatro a cinco meses para que as suas peças cheguem, isto quando não chegam com algum problema, requerendo mais um ou dois meses para refazer o processo. Com a realidade virtual tudo isso é eliminado e, por isto, o ganho de tempo é tão relevante”. 

Outra vantagem citada por Salles é a redução dos custos: comparando o custo total de um novo projeto 100% físico com um que conta com o apoio da realidade virtual a economia é de 65% e o tempo de desenvolvimento é três vezes menor.

A tecnologia também é usada a favor dos trabalhadores da unidade, simulando todo o posto de trabalho onde acontecerá a montagem de uma parte do veículo, avaliando a ergonomia para o funcionário, se existe algum maquinário que pode atrapalhar ou tornar o processo mais complicado. Também é possível mapear a fábrica antes de instalar um novo equipamento para entender se o espaço é realmente o ideal.

Iveco negocia mais 28 unidades do S-Way movido a gás

São Paulo – A Iveco negociou mais 28 unidades do seu caminhão pesado S-Way, movido a gás natural ou biometano, com o Grupo Cetric. Todas as unidades serão entregues ainda este ano, no último trimestre, quando a produção em série do veículo começará na fábrica de Sete Lagoas, MG. 

O S-Way NG será equipado com motor Cursor 13, da FPT, de 460 cv de potência, o mais potente do mercado segundo a Iveco. O Grupo Cetric, de Chapecó, SC, usará os veículos em suas operações de coleta, tratamento e transporte de resíduos.