Economia sobe degraus no rol de preocupações da Anfavea

São Paulo – A crise de abastecimento de componentes automotivos, que desde o segundo trimestre afeta a produção automotiva nacional e provoca interrupções na produção, lay offs e prejudica as vendas no mercado doméstico, tende a encontrar no caminho outra crise que vem se desenhando: a econômica. Bem quando uma outra questão, a pandemia, parece estar chegando ao fim, com o retorno das atividades antes paradas para tentar frear a disseminação da covid-19.

Outubro tem a pior produção em cinco anos e crise dos semicondutores só acaba em 2023

São Paulo – Ainda sob os efeitos da crise global de fornecimento de semicondutores a indústria brasileira de veículos produziu, em outubro, 177,9 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus, segundo divulgou a Anfavea em seu balanço na segunda-feira, 8. Foi o pior resultado para o mês dos últimos cinco anos, disse o presidente Luiz Carlos Moraes.

Entressafra do Caminho da Escola reduz produção de ônibus

São Paulo — Apesar do avanço da vacinação no País, que conta com 73% da população maior de 18 anos com a segunda dose, fator primordial para conter a disseminação do coronavírus, o setor de ônibus ainda engatinha para retomar seu desempenho. Em outubro, foram emplacados 900 veículos, volume 6% superior ao de setembro, mas 37% inferior ao do mesmo período em 2020. Foi o pior desempenho para o mês desde 2017.

Crise dos chips e situação na Argentina seguram exportações

São Paulo – Nesta reta final do ano as montadoras têm vivido verdadeiro equilíbrio de pratos na tentativa de distribuir a produção, sem prejuízos maiores, com o mercado doméstico e os de outros países. Apesar do dólar favorável, cotado em R$ 5,55, a falta de semicondutores e fatores como o Custo Brasil reduzem a competitividade do produto local. Adicionalmente, a escassez da moeda estadunidense na Argentina, um dos principais clientes do Brasil, também diminui as encomendas.

Mercado cresce puxado pelos veículos comerciais

São Paulo – Caminhões, picapes e utilitários leves vêm sustentando o crescimento do mercado brasileiro de veículos, que de janeiro a outubro somou 1 milhão 740 mil emplacamentos, volume 9,5% acima ao de igual período de 2020. Automóveis também crescem, mas em ritmo bem abaixo – e sustentado pelos SUVs, de acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.

Volkswagen desenvolve híbrido flex para exportação

São Paulo – O desenvolvimento da tecnologia híbrido flex faz parte dos R$ 7 bilhões em investimentos prometidos pela Volkswagen para a América Latina até 2026. Será, segundo o presidente Pablo Di Si, uma “jabuticaba para exportação”: atenderá também a outros países que, como o Brasil, terão uma transição mais vagarosa para os veículos elétricos.