AutoData entra em recesso e retorna dia 4 de janeiro

O ano passado terminou com uma notícia chata, seguida por outro anúncio desconcertante, para a indústria automobilística brasileira: em dezembro a Mercedes-Benz decidiu parar de produzir em Iracemápolis, SP, e no acender das luzes de 2021 foi a vez da Ford interromper sua produção em Camaçari, BA, Taubaté, SP e, meses depois, na Troller em Horizonte, CE.

Um sentimento de apreensão caiu sobre o setor. O que acontece com a indústria brasileira? Deixou de ser atrativo produzir veículos aqui?

A resposta veio em forma de anúncios de investimentos que reforçam o compromisso de diversas fabricantes com a produção local: a Renault antecipou um ciclo, a Volkswagen anunciou novo aporte, BMW e Audi reforçaram a aposta, a Great Wall assumiu a fábrica da Mercedes-Benz, afora diversas fabricantes de autopeças, implementos e mesmo montadoras que mantiveram seus investimentos, acreditando no Brasil. A indústria automotiva brasileira respira, é atrativa e pode ter a solução para a redução das emissões – a Índia, por exemplo, está de olho no nosso flex e etanol.

O mercado brasileiro de veículos fechará na casa das 2,1 milhão de unidades e poderia ter sido maior, não fosse a crise dos semicondutores que, nas contas da Anfavea, tirou 300 mil carros das linhas de produção. Em um ano política e economicamente conturbado, ainda sofrendo com os impactos da pandemia e no qual o fantasma da inflação voltou a assombrar os brasileiros, que ainda sonham com o retorno de seus empregos, a indústria automotiva mostrou, mais uma vez, sua força.

Foi o ano, também, que um dos fundadores da AutoData Editora deixou este plano e virou estrela.

Os leitores da Agência AutoData tiveram a sua disposição mais de 2,3 mil notícias e reportagens, que foram acessadas por mais de 530 mil visitantes, que geraram mais de 1,6 milhão de page views. Fora as centenas de páginas da revista AutoData, que, em mais um ano, transformaram informação em conhecimento.

AutoData desliga seus motores a partir da sexta-feira, 17, e retorna em 4 de janeiro. 2022 será muito especial, pois marcará as comemorações de 30 anos da AutoData Editora.

Boas festas a todos e até lá!

Mercado soma 2 milhões de veículos e será superior a 2020

São Paulo – Com 97,2 mil unidades emplacadas até a quinta-feira, 15, no fechamento da primeira quinzena do mês, o mercado brasileiro de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus superou, no acumulado do ano, os 2 milhões de emplacamentos. Registra, no total, 2 milhões 10 mil unidades e passará o volume do ano passado, que foi 2 milhões 58 mil veículos.

Missão brasileira vai à Índia para falar sobre o flex

São Paulo – Integrada pelo ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, missão brasileira composta por representantes do setor automotivo, como Anfavea, Volkswagen e Toyota, e da Unica, União da Indústria da Cana-de-Açúcar, aportará na Índia durante a segunda quinzena de janeiro com o objetivo de demonstrar a experiência brasileira com o motor flex.

Com duas novidades programadas Caoa Chery mira os 3% de participação em 2022

São Paulo – Dois modelos completamente novos entrarão nas linhas de montagem da Caoa Chery em Anápolis, GO, e/ou Jacareí, SP, no ano que vem. Com eles, e todo o portfólio atual, a atual décima colocada do ranking brasileiro de automóveis e comerciais leves – superou a Ford no mês passado – tem como meta crescer ao menos 50% em volume, ganhando um ponto de participação a mais nas vendas locais.

Volvo encerra venda do XC40 híbrido: agora só elétrico.

São Paulo — O Volvo XC40, segundo modelo mais vendido da marca no Brasil, será comercializado apenas com motor elétrico a partir da quarta-feira, 15, abandonando as versões híbridas. A decisão é ousada porque representa grande alteração no portfólio, mas foi encarada como um passo importante para o futuro da montadora, que mira comercializar apenas veículos elétricos em todo o mundo a partir de 2030. 

Sindicato do ABC acerta novo PDV com a Volkswagen

São Paulo – Negociações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC com a Volkswagen chegaram a um PDV, programa de demissão voluntária, na unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP. A ideia é oferecer o pagamento de 35 a 45 salários, variável de acordo com o tempo de trabalho na empresa, além das verbas rescisórias. Funcionários da área administrativa não são elegíveis ao PDV e, para os que ficarem, o reajuste salarial a partir do ano que vem até 2025, período em que terão estabilidade, será 4,5 pontos porcentuais menor.

Consumidor demonstra mais interesse por carro usado

São Paulo – Cresceu a intenção de compras dos usuários da Webmotors por veículos usados. A Pesquisa de Intenção de Compras 2022, divulgada pela plataforma de compra e venda de veículos e pela Anfavea na quarta-feira, 15, indicou que tanto os consumidores que já possuem como aqueles que ainda não têm automóvel em casa ampliaram a busca por modelos de segunda mão. E 95% dos entrevistados pretendem comprar um veículo no ano que vem.