Pesquisa SAE BRASIL Caminhos da Tecnologia no Agronegócio

CAPÍTULO #2 PESQUISA SAE BRASIL CAMINHOS DA TECNOLOGIA NO AGRONEGÓCIO VISÃO DO PARTICIPANTE 12 Certezas e aspirações do campo A Pesquisa SAE BRASIL Caminhos da Tecnologia no Agronegócio demonstrou uma relevante tendência entre os respondentes: 44% reconhecem que a adoção de novas tecnologias traz melhor performance, ganhos de produtividade e redução de custos. É quase um consenso no universo do agronegócio. Mas o trabalho foi além, cruzou dados dos perfis dos respondentes, e traz revelação para o setor industrial, que também pode ser interpretada como oportunidade. Parte considerável do público, 34%, entende que essas novas tecnologias precisam dialogar com produtores de diversas faixas etárias e tamanho de operação, além de serem compatíveis entre sistemas agrícolas diferentes. As alternativas oferecidas pelas primeiras cinco questões deste capítulo pretendem responder sobre os desafios e oportunidades referentes à adoção e utilização de novas tecnologias em máquinas e implementos, sistemas de agricultura de precisão e telemática associados a esses e outros equipamentos. As respostas obtidas convidam a agroindústria observar melhor seus processos de produção antes de definir investimentos. Por exemplo: chama a atenção o fato de que apenas 13% colocam o custo como limite para a adoção em maior escala das tecnologias. Os bons resultados financeiros em todos os segmentos do agronegócio nos últimos anos talvez expliquem este ponto de vista. A efetividade da tecnologia, a facilidade de utilização e sua adequação à operação são mais relevantes que o custo de aquisição. Outra revelação interessante nesse gráfico que corrobora com a afirmativa acima: 9% apontam a importância das novas tecnologias para reduzir a escassez de mão-de-obra no campo. Dado importante para compreender as preocupações daqueles que participaram da pesquisa está refletido nos Censo Agropecuário de 2006 e o de 2017. Segundo o IBGE, o número de tratores no campo aumentou 49% nesse período. E a população rural diminuiu algo como 1 milhão e meio de pessoas nesses onze anos. Em 2006, havia 16,6 milhões de pessoas vivendo na área rural. Na mais recente apuração do Censo, de 2017, o número caiu para 15,1 milhões. No âmbito da SAE BRASIL defende-se que a mecanização e a tecnologia são habilitadoras de ganhos de produtividade e eficiência, por consequência maior renda e empregos de melhor qualidade e maior segurança ocupacional.

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