BrazilAutomotiveGuide_2025

BAG FABRICANTES DE PNEUS • TIRE MANUFACTURERS BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 135 O presidente executivo da Anip, Klaus Curt Müller, sintetiza: “Não foi um bom ano para a indústria nacional, que registrou queda de vendas e redução de market share”. Em 2024 até novembro as importações tiveram incremento de 17,2% com relação ao ano anterior, superando o volume de 50 milhões de unidades. O cenário para 2025, de acordo com Müller, não deve mudar no curto prazo. A expectativa é de melhorias somente a partir do último trimestre do ano, quando, acredita, ferramentas atualmente em discussão com o governo federal possam equilibrar a concorrência dos produtos nacionais com os importados: “Soluções efetivas, no entanto, devem vir somente em 2026. São medidas necessárias para o bem do mercado como um todo”. Müller lembra que, de 2021 a 2023, Estados Unidos, México e países da Europa, ao contrário do que ocorreu no Brasil, levantaram barreiras tarifárias para defender as indústrias e os empregos de seus mercados locais “e aqui, como está hoje, esta invasão de pneus importados desorganiza toda a cadeia de produção, o que envolve setores como os produtores de borracha, aço, têxteis e químicos, que também estão sentindo os efeitos”. Segundo Müller a situação atual é de ociosidade na capacidade instalada e de atraso na consolidação de investimentos futuros à espera de soluções: “Temos projetos fabris em tecnologia de pneus instalados, mas não há demanda para colocar em operação. São áreas novas e modernas à espera de o mercado reagir”. As poucas medidas anunciadas pelo governo, com algumas restrições às importações, de acordo com Müller, ajudam, mas não são suficientes para equilibrar o mercado: “O futuro do setor dependerá das ações que o governo adotará em 2025 para balancear esta concorrência desleal. O objetivo do setor é aumentar a competitividade mas contra preços desleais não há o que fazer”. O problema central assume a forma do mercado de reposição, em que a importação aumentou 17% no acumulado de dez meses, com a perda de participação de 4,4% do produto nacional. O fornecimento de pneus nacionais para as montadoras, no mesmo período, apresentou recuo de 2,4%. Mas a partir do segundo semestre demonstrou recuperação, o que mudou a projeção para 2024, que pode fechar com saldo positivo de 1,4%: “Neste segmento a importação tem atuação menor até por questões técnicas e de parcerias com a indúsindustry, which recorded a fall in volume and in market share.” In 2024 until November imports grew by 17,2% compared to the previous year, exceeding the 50 million units level. The scenario for 2025, according to Müller, should not change in the short term. Expectations are that relief will come not before the last quarter of the year, when, he believes, remedies currently being discussed with the federal government might restore balance between the imported products and those locally produced: “Effective measures, thought, won’t come before 2026. These are decisions necessary for the well-being of the market as a whole.” Müller points out that from 2021 through 2023 United States, Mexico and several European countries, as opposed to what happened in Brazil, put up tariff barriers so as to protect local industries and jobs they generated: “Whereas here, the way things are, this invasion of imported tires throws all the supply chain out of whack, which as a result affects businesses such as rubber producers, steel, textiles and chemical, which are suffering as well.” According to Müller there is idleness in the installed capacity; there is a delay in future investments, as the companies are waiting for solutions: “We have industrial projects in technology already in place, but there is no incentive to put them in operation. We are talking about new, modern initiatives, waiting for the market to react.” The few initiatives announced by the government, with some restraints to imports, according to Müller, do help, but are not enough to restore balance to the market: “The future of the sector will depend of the actions that the government will take in 2025 to offset this unfair competition. Our objective is to increase competitiveness, but when you encounter unfair prices there is nothing you can do.” The key issue is the repo market, where imports saw a 17% increase over ten months, with a loss of 4.4% share for domestic products. Shipments to car manufacturers receded by 2.4% over the same period. However, in the second half, the national industry had something of a comeback, what changed the projection for 2024, and the year could close with a positive balance of 1.4%. “In this segment imports are not as active

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