BrazilAutomotiveGuide_2023

75 Janeiro/January 2023 | AutoData | Brazil Automtive Guide Já os seis fabricantes de chassis associados à Anfavea superaram com folga a produção de 27,7 mil de 2019: produziram 31,7 mil veículos, em vistosa alta de 67,7% sobre 2021, venderam 17,4 mil no mercado doméstico, em elevação de 23,4%, e exportaram 5,2 mil, expansão de 23%. A retomada se deu de forma generalizada no setor. Em função do aumento dos combustíveis e das tarifas aéreas, o turismo aqueceu o mercado de viagens rodo- viárias. O fim do distanciamento elevou a taxa de ocupa- ção no transporte urbano. E a manutenção do programa Caminho da Escola garantiu bons volumes de micro-ôni- bus. Somente o segmento de carrocerias intermunicipais apresentou resultado negativo, em função dos grandes volumes adquiridos nos dois anos anteriores para aten- der a alta demanda de empresas por fretamento, um efei- to da pandemia. Segundo Bisi o ano foi de recuperação de produção, mas não de rentabilidade. Ele cita o aumento exagerado dos insumos, bem como a falta deles, e a dificuldade em repassar aos clientes. “Foi uma batalha administrar custos em alta, com demanda ainda não tão forte como antes e com clientes debilitados. O desabastecimento de chassis, por causa da parada de fabricação por falta de compo- nentes, também comprometeu. O setor poderia ter pro- duzido mais se houvesse a entrega regular de chassis”. QUEDA DE ATÉ 10% EM 2023 Para 2023 Rubens Bisi estima que a produção total de carrocerias será de 7% a 10% inferior a 2022. O mercado interno tem recuo projetado de 10% e a exportações de- vem cair de 5% a 7%. Na avaliação do dirigente a causa principal da retração é o encarecimento dos veículos cau- sado pela adoção de motorização Euro 6, para atender à nova fase do programa brasileiro de redução de emissões para veículos pesados, o Proconve P8, que entrou m vi- gor em janeiro. Bisi destaca que os transportadores até tentaram an- tecipar compras para fugir dos aumentos de preços dos modelos Euro 6, mas não encontraram oferta suficiente de chassis. “Agora o mercado tende a se retrair em razão da indefinição da política econômica do novo governo e para avaliar o real benefício dos modelos Euro 6 na re- dução do consumo de combustível, que pode variar de 3% a 10%, enquanto o custo do produto deve subir até 30%. Por isto o maior volume de compras deve ficar para o segundo semestre”, indica. production; even so, we will be below 2019”, regrets Mr. Rubens Bisi, president of Fabus. On the other hand, the six chassis manufacturers associated with Anfavea easily exceeded the production of 27.7 thousand in 2019; they produced 31.7 thousand vehicles, a sharp increase of 67.7% over 2021; they sold 17.4 thousand in the domestic market, an increase of 23.4%, and exported 5.2 thousand, an increase of 23%. The comeback took place due to several causes. Because of the increase in fuel and plane tickets, tourism was partially redirected to road transport operators. The end of safe distancing increased the capacity of urban transport. And the continuation of the Heading to School program assured good passenger volumes in the microbuses. Only the segment of intercity bodies presented negative results, as a result of the expressive volumes acquired in the two previous years to serve the high demand of freight operators, a side effect of the pandemic. According to Mr. Bisi the year was one of production recovery, but not profitability. He mentions the exaggerated increase in input prices, as well as their scarcity, and the difficulty in passing the cost increases on to clients. “It was a battle to manage costs going up, demand still not so strong as before and with clients in a delicate situation. The lack of chassis, as a result of production stoppages due to lack of components, was also a negative factor. The sector could have produced more if there had been a regular supply of chassis”. FALL OF UP TO 10% IN 2023 For 2023 Mr. Rubens Bisi estimates that total body production will be between 7 and 10% lower than that of 2022. The internal market is projected to shrink by 10% and exports should fall between 5 and 7%. As per the executive’s evaluation, the main reason for the reduction is that vehicles will be more expensive as a result of the adoption of the Euro 6 motorization, to comply with the new phase of the domestic program for the reduction of emissions for heavy vehicles, Proconve P8, which became effective in January. Mr. Bisi points out that transport operators tried to anticipate purchases to escape from the price increases in models Euro 6, but could not find enough availability of chassis. “Now the market retracts as a result of the lack of definition of the new government and to evaluate the real pluses of the Euro 6 models in fuel