AutoData 30 Anos

INDÚSTRIA POLÍTICA SETORIAL 78 AutoData | Novembro | 2022 Do Inovar-Auto ao Rota 2030 D esde que a Câmara Setorial Automotiva começou a discutir soluções para dar impulso à indústria au- tomotiva brasileira, a partir de 1992, o setor e o go- verno nuncamais deixaramde negociar medidas e programas setoriais para estimular a produção e as vendas nomercado local. Após o sucesso do Regime Automotivo de 1995, que atraiu bilhões de dólares emnovos investimentos (veja reportagens anteriores nesta edição), bem como seus recortes regionais desenhados para o Nordeste e o Centro- -Oeste, em vigor até hoje, empresas fabricantes de veículos e seus fornecedores criaram uma espécie de dependência de políticas públicas para avançar – ou retroceder – com seus planos no País. Depois de período de mercado relativamente livre e ven- das crescentes, a partir da segunda metade dos anos 90 a valorização cambial a favor do real levou à explosão de im- portações de veículos, levando a indústria local a negociar medidas protecionistas, que culminaram com a sobretaxação de 30 pontos porcentuais no IPI de carros importados. Logo depois a medida foi empacotada emumprograma de desen- volvimento, o Inovar-Auto, que entrou em vigor no início de 2012, commetas inéditas de eficiência energética, incentivos a investimentos em pesquisa e desenvolvimento, concessão de cotas de importação às empresas que decidissem instalar novas fábricas no Brasil. Este ciclo de desenvolvimento da indústria balizado pela nova política setorial, com vigência prevista para cinco anos, mereceu críticas dos importadores e muitos aplausos do Apesar dos avanços, políticas para a indústria automotiva criadas desde 2011 ainda não conseguiram encorpar o mercado brasileiro Por Mário Sérgio Venditti, com Pedro Kutney

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