AutoData 30 Anos

49 2022 | Novembro | AutoData do Exterior – o governo recuou, criou o Regime Automotivo que concedeu incentivos e isenções fiscais a fim de atrair no- vos investimentos não só de montadoras interessadas em se instalar no Brasil mas, também, das empresas que já estavam por aqui e desejavam ampliar suas instalações. Em troca da promessa de investimentos emnovas fábricas era possível continuar importando sem pagar a tarifa elevada, que foi gradualmente reduzida ao ano a ano, para 65%, 60%, 45% e 35% em 1999, quando parou e continua até hoje. O plano deu certo e o número de fabricantes no Brasil mais do que dobrou, saltando de cinco em 1990 para doze no iní- cio da década seguinte. No período foram inauguradas nada menos do que dez fábricas, que se juntaramàs sete existentes, contribuindo para aumentar a capacidade produtiva do País de 1,5 milhão de unidades/ano para mais de 3 milhões. Tudo isso apoiado em investimentos que somaram cerca de US$ 25 bilhões. Chrysler, Honda Automóveis, Land Rover, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Nissan, PSA Peugeot Citroën e Renault formaram o time das chamadas newcomers, empresas que ainda não tinham fábricas no País, embora atuassemcomo importadoras. As já estabelecidas Ford, GM, Toyota e Volkswagen inauguraram novas plantas para produzir novos e modernos veículos, de projetos globais. Só a Fiat não ampliou suas instalações, mas emcompensação investiu pesado no aumento da capacidade produtiva em Betim, MG, que chegou a superar a marca de 800mil veículos fabricados por ano ao fimda primeira década dos anos 2000. No exemplar 55, de julho de 1995, AutoData celebrou a cria- ção do novo Regime: “E agora, aquele chato, irritante, insistente consumidor – tal como é encarado por alguns executivos e empresários do setor – poderá escolher qual é a sua marca, e modelo, de preferência: Corsa, Mille ou Gol? Scania, Volvo ou Mercedes-Benz?”, escreveu Fred Carvalho na seção Opinião daquela edição. “E agora é a hora e a vez do consumidor. Ele quer ter uma melhor relação custo-benefício. Acredita – os importados de- monstraram isso – que tecnologia e segurança não significam obrigatoriamente produtosmais caros. Será exatamente este in- sistente consumidor que vai escolher asmelhores capacidades. Nós, de AutoData, sabemos que existemalgumas montadoras que parecem joio mas são trigo. Enquanto outras...” Julho de 1995

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