AutoData 30 Anos

19 2022 | Novembro | AutoData e comprou assinaturas para todos os seus concessionários. Sérgio Reze, presidente da Assobrav, que representava os concessioná- rios Volkswagen, fez a mesma coisa, assim como Alencar Burti, presidente da Fenabrave. Odinheiro arrecadado comaquele volume de assinaturas foi o suficienteparagarantir a circulaçãopor quatromeses, de forma quinzenal. Depois disso, como não houve sucesso emampliar as vendas, pois chegou-se à conclusão que os executivos do setor não tinham a mínima vontade de pagar para receber qualquer tipo de publicação, surgiu o primeiro grande dilema empresarial da história da editora: acabou o dinheiro e, pior, ainda era preciso enviar os exemplares para os concessionários Chevrolet pormais oitomeses para cumprir o prometido. Nossamáquina de telefax, generosa oferta de José Edgard Pereira Barretto Filho, foi para a marca de pênalti pela primeira vez. Foi então que surgiram outros dois mecenas, André Beer e Ademar Cantero, que eram respectivamente vice-presidente da General Motors egerentede comunicaçãoda Scania. Eles sabiam bem o tamanho daquele momento de transformação do setor e entendiama necessidade de uma publicação como AutoData para explicar tudo o que estava acontecendo. Eles se propuseram a ajudar com a inserção de anúncios das duas empresas. A proposta foi aceita, com o valor daquelas inserções sendo calculado pela soma dos custos de impressão e remessa dos exemplares de AutoData pelo correio. A publicação sobreviveu dessa forma por quase dois anos, com um anúncio da Scania numa quinzena e outro da GM na quinzena seguinte. Sérgio Duarte deixou a sociedade em fevereiro de 1993 para reativar a SD Press, sua agência de assessoria de imprensa, e Vicente Alessi Filho, que tinha fonte de renda independente – participação em um posto de combustíveis da família –, passou quase dois anos como editor da revista sem receber 1 centavo. ANÁLISE ASSERTIVA DO FUTURO Como se esperava o processo de transformação e desenvol- vimento do setor foi realmente acontecendo de forma rápida e importante e, comele, as edições que se seguiramconseguiram, comsuas análises, explicar de forma clara oque estava ocorrendo. Era claro, por exemplo, que a indústria de autopeças, na época quase toda formada por empresas nacionais, teria de mudar coma proximidade da globalização da produção e coma necessidade de investimento emdesenvolvimento tecnológico.

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