AutoData 30 Anos

AUTODATA 30 ANOS TRAJETÓRIA 18 AutoData | Novembro | 2022 JEITO DE JORNAL ECONÔMICO Comdozepáginas emuito texto tinha formatomuitodiferente e estranho. Era uma espécie de Gazeta Mercantil emminiatura, com tamanho de revista. A exemplo do renomado jornal econô- micobrasileiro, que copioua fórmulado aclamado TheWall Street Journal, AutoData tambémnãousava fotos, apenas desenhos dos entrevistados feitos com tinta nanquim a bico de pena. O fundamentodanovapublicação era termuita informação e análise. Paraescrever aprimeiraediçãoos cinco sócios, e jornalistas, reuniram-sedurante várias noites na sede recém-alugada, na rua MachadodeAssis, naVilaMariana, sededa agênciaComunic, uma das pioneiras emassessoriade imprensanoBrasil, depropriedade do amigo Cláudio Amaral. Trabalhava-se, nesta época, sobre máquinas de escrever. Vi- cente Alessi, que dentre os cinco sempre foi o profissional com maior atenção aos padrões e vírgulas dos textos, e que tinha disponibilidade, foi escolhido desde o princípio para ser o editor. A chegada daquela primeira edição de AutoData foi o come- ço de uma longa história de muita dedicação e de pioneirismo jornalístico. Desde o início, por exemplo, a diagramação de cada edição já era feita digitalmente emcomputadores, uma ousadia para a época, comas reportagens datilografadas sendo redigita- das, gravadas emdisquetes e levadas para o birô de informática, na rua Dr. Vila Nova, no bairro de Vila Buarque, onde os artistas diagramadores, o aprendiz André Hellmeister e o premiado Sér- gio Fujiwara, trabalhavam a montagem das páginas a partir de projeto gráfico by Tide Hellmeister. SONHO DE INDEPENDÊNCIA Como ensinam cartilhas que todo jornalista recebe na facul- dade a publicação foi criada com o objetivo principal e único de produzir bome puro jornalismo. Desta forma deveria ser isenta e financeiramente independente. Eparaque isto fossepossível não seriamaceitos anúncios publicitários: a sobrevivência econômica deveria ser baseada somente na venda de assinaturas. Só isto. Tanto o dono da gráfica como os amigos que cuidavam das áreas de comunicação das montadoras passaram a fazer uma espéciedebolãopara saber quanto tempoAutoData sobreviveria daquela forma. Todos eles estavam certos. No começo a experi- ência até teve umcerto sucesso graças à benevolência de Mauri Missaglia, então presidente da Abrac, Associação Brasileira de Concessionários Chevrolet, que gostou da ideia, apoiou o projeto

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