AutoData 30 Anos

107 2022 | Novembro | AutoData Como resposta vieram os acordos bilaterais que previam a eliminação mútua de tarifas para veículos, partes e com- ponentes, assim como de cotas. O texto de Marta Fontes, na edição 128, em abril de 2000, mostrou que a Anfavea estava otimista: “José Carlos Pinheiro Neto [presidente da entidade na ocasião] prefere não fazer, ainda, qualquer previsão mais exata. Estima, porém, que os acordos já praticamente selados comArgentina e México, somados aos já bem encaminhados acordos com Venezuela e África do Sul, deverão acrescentar pelo menos 100 mil unidades, entre montadas e CKD, ao que estava inicialmente previsto para este ano”. Já na edição 132 matéria especial assinada por Antônio Rodrigues explica: “Depois da euforia dos 2 milhões de veí- culos produzidos em 1997 as montadoras viram alarmadas a queda vertiginosa das vendas internas arrastar para o fundo do poço qualquer pretensão de atingir a meta dos 2,5 milhões de veículos no ano 2000. Não seria tão grave se o setor não tivesse investido US$ 20 bilhões na modernização e instalação de novas linhas de produção”. “A saída possível era o mercado externo, como indicava o governo federal. E as montadoras entenderam muito bem o recado. Os primeiros novos contratos a surgir foramda General Motors com países da América do Sul: Venezuela, Colômbia e Equador. A Fiat tratou de ampliar suas vendas à matriz, en- quanto a Ford seguiu amparada nas vendas da sua divisão de autopeças, a Visteon. Mais tímida que as demais, a Volkswagen primou pelo ineditismo: exportou caminhões da sua única fábrica do tipo, localizada em Resende, RJ, para a Alemanha.” O resultado foi o esperado e a produção em 2000 foi de 1,6 milhão de unidades. DEPOIS DO AUGE, NOVA QUEDA Enquanto o mercado interno se recuperava lentamente dos efeitos da crise asiática e da maxidesvalorização do real, de 1998 para 1999, o foco da indústria se voltou novamente para as exportações, que ocupou parte relevante da capacidade ociosa das fábricas. A chegada de novas fabricantes ao Brasil, como consequen- te aumento na oferta de produtos – que também erammais modernos –, contribuiu para aumentar o volume de expor- tações brasileiras, resultando no recorde alcançado em 2005, de 724 mil 163 unidades, de acordo com a Anfavea. Contudo,

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