59 AutoData | Março 2025 bre 2023 e o dobro das receitas de 2021, quando a empresa iniciou sua trajetória ascendente. A expansão é ainda mais admirável e chega a 170% na comparação com 2018, quando as vendas somaram R$ 130 milhões e foi necessário entrar em recuperação judicial. Em entrevista à AutoData, Leandro Scheer Mantovani relembrou que o endividamento da fabricante de capotas, estribos e engates, dentre outros acessórios, teve origem no financiamento do investimento realizado em 2009 para ampliar a produção com a inauguração da atual fábrica da Keko na Serra Gaúcha. Os negócios foram bem e a empresa seguiu solvente até a eclosão da recessão econômica. DA CRISE À RECUPERAÇÃO “Em 2015, em meio à crise, os bancos recolheram o capital de giro e estrangulou o nosso caixa”, conta o CEO. “Suportamos a situação por três anos, mas em 2018 começamos a ter paradas de produção por falta de matéria-prima. Após tentativas frustradas de negociações com o suporte de consultorias optamos pela recuperação judicial.” A taxa Selic, que baliza o custo do crédito, praticamente dobrou, fazendo o endividamento da Keko crescer a tal ponto que o serviço da dívida ficou superior ao que o caixa era capaz de gerar. Para piorar, naquele mesmo ano, em 2018, o fundo de investimentos CRP Participações, que havia adquirido fatia da companhia em 2007, deixou a sociedade. A gota d’água foi o cancelamento de projeto de uma fabricante, cujo nome o CEO prefere não revelar, o que causou redução de R$ 20 milhões na receita: “Mesmo assim nunca deixamos de atender as montadoras. Costuramos de forma muito forte a atenção a elas, que são nossas principais clientes”, afirma Mantovani. O CEO reforça que desde que entrou em dificuldades a Keko sempre foi transparente com as montadoras, o que evitou rescisão de contratos, mas a empresa foi incluída na chamada área de risco dos Em expansão: investimento elevará ritmo de produção da Keko para até 2 mil produtos por dia.
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