36 Março 2025 | AutoData COMÉRCIO EXTERIOR » TARIFAS Desde 12 de março o governo imperial de Donald Trump impõe sobretaxação de 25% a aço e alumínio importados pelos Estados Unidos, sem isenções ou exceções e aparente pouca disposição em negociar. A medida gera impactos que vão além da tarifação dos metais e afeta produtos derivados de uma longa cadeia produtiva, incluindo os fornecedores de autopeças. Isto porque a nova tarifa recai não só sobre aço e alumínio semiacabados – placas e blocos exportados que são laminados, forjados ou estampados para se transformar em diversos itens fabricados por indústrias localizadas nos Estados Unidos – mas também afeta produtos acabados como, por exemplo, autopeças metálicas que são exportadas. Por Pedro Kutney Taxação a aço e a alumínio respinga nas autopeças Componentes metálicos exportados para os Estados Unidos e os importados de lá podem ter preços afetados pelas novas tarifas Segundo calcula a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos o mercado estadunidense é de longe o maior comprador de produtos de ferro e aço brasileiros, com 48% das vendas externas do segmento em 2024, equivalente a US$ 6 bilhões. Deste valor US$ 2,6 bilhões correspondem a aços semiacabados, algo como 4 milhões de toneladas de placas e lingotes exportados para processamento final nos Estados Unidos, fazendo do Brasil o segundo maior fornecedor do insumo, com 16% das compras do país, atrás somente do Canadá, com 6 milhões de toneladas e 21% do fornecimento, e à frente do México, com 2,7 milhões e 11%. No caso do alumínio o impacto é bem menor, pois o Brasil representa menos de 1% das compras internacionais do metal Fotos: Divulgação
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