28 Março 2025 | AutoData COMBUSTÍVEIS » VEÍCULOS PESADOS o combustível fóssil, é possível torná-lo ainda mais econômico. Os fabricantes de motores para veículos comerciais já estimam que melhorias podem elevar a eficiência térmica para 50% – a energia que efetivamente chega às rodas –, em comparação com os 45% aceitos hoje como base, o que já é um excepcional avanço para redução de emissão de CO2 via redução de consumo, além de ser algo plenamente aceito pelos transportadores, pois economizariam em custo operacional. >> ETANOL – É o biocombustível mais produzido e distribuído do Brasil, mas serve melhor a veículos leves, inclusive híbridos. Para caminhões e ônibus com motores ciclo otto tem eficiência energética baixa, o que eleva o consumo e reduz a quilometragem de reabastecimento, e pode ser um problema em regiões sem produção de etanol. As emissões de CO2 também aumentam, embora no caso dos biocombustíveis isto não é um problema, pois o dióxido de carbono biogênico é em grande medida reabsorvido no processo produtivo. Ônibus elétricos com autonomia estendida por um motor gerador a combustão flex, como é o caso de protótipos já desenvolvidos por Marcopolo e Volkswagen Caminhões e Ônibus, podem ser uma solução factível para uso do etanol em pesados, mas ainda assim o custo operacional mais elevado é uma barreira. >> BIODIESEL – É um éster produzido a partir da adição de metanol a óleos vegetais, principalmente soja e gordura animal, já em uso no Brasil há quase duas décadas misturado ao diesel, em proporção que em 2024 chegou a 14% e está prevista para avançar gradualmente a 20% até 2030. O biodiesel tem como vantagem a redução de emissões de particulados, mas como desvantagem o aumento de NOx, o que requer injeção maior de arla no sistema de pós-tratamento de motores diesel, aumentando o custo operacional. Existem também problemas de armazenamento devido a contaminação com água, e a distribuição no Brasil tem variações de qualidade com eventuais contaminações por metais pesados. Fabricantes como Scania, Volvo e DAF já adaptaram motores para funcionar com 100% de biodiesel. Paralelamente a Be8 está testando com sucesso o Bevant, um biodiesel birrefinado e aditivado, que resulta em éster metílico sem outras variações, assim pode ser utilizado 100% em motores diesel sem necessidade de adaptações. O produto é cerca de 15% mais caro do que o biodiesel comum, mas custa a metade do preço do diesel verde HVO. >> HVO – Simplificadamente o HVO é o produto da hidrogenação de óleos vegetais, tendo como resultado um hidrocarEixo elétrico desenvolvido pela Suspensys gera tração auxiliar de 200 cv para carretas e cavalos mecânicos: VWCO já adotou a solução para lançar o Meteor híbrido. Divulgação/Randoncorp e VWCO
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