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25 AutoData | Março 2025 Caminhão Volvo flex: preparado para rodar com biodiesel ou diesel. HVO: diesel verde é boa solução mas ainda custa muito caro. Veículos Comerciais no Brasil, preparado com exclusividade para AutoData pela PSR, Power Systems Research, consultoria global especializada no mercado de veículos pesados. Em que pese a tendência global de eletrificação, via baterias ou células de combustível a hidrogênio, ou o uso crescente de gás natural fóssil ou do biometano para abastecer caminhões e ônibus, além do biodiesel e HVO, o fato é que nenhuma destas alternativas é tão viável economicamente quanto o próprio diesel. Nenhuma delas, portanto, será capaz de substituir todo o combustível fóssil necessário para empurrar veículos pesados por muitas décadas à frente, é o que se vislumbra. Segundo o levantamento da PSR o diesel, com pequenas porções de mistura de biodiesel e HVO, é responsável hoje por impulsionar 99% dos caminhões e ônibus no Brasil, porcentual que cai para 94% na União Europeia, 89% nos Estados Unidos – e não é porque lá sejam usadas mais alternativas de baixas emissões mas porque 7% da frota são movidos a gasolina, outros 3% a gás natural e apenas 1% corresponde a modelos elétricos. A China está mais avançada com 81% de diesel, 10% de gás e 9% de elétricos. As projeções da PSR até 2032 não alteram muito este cenário, especialmente no Brasil, para onde a consultoria projeta que Divulgação/Fenatran Reprodução internet o diesel fóssil misturado com biodiesel e HVO será responsável por abastecer 90% da frota de pesados, complementada por 5% de elétricos, 4,4% de gás natural e biometano e 0,6% de células de combustível a hidrogênio. Assim como já faz com automóveis a China terá a maior e mais rápida conversão para caminhões e ônibus elétricos até 2032, com 34% da frota, além de mais 9% a gás, mas o diesel seguirá sendo a maior fonte energética de 57% dos veículos pesados. Na Europa, apesar de ser a segunda maior região de adoção de caminhões e ônibus elétricos, 25% até 2032, com mais 3% de gás, ainda assim o diesel e suas misturas abastecerão 72% da frota. ROTA DIFÍCIL DE MUDAR Carlos Briganti, diretor da Power Systems Research na América do Sul, pondera que a combinação de diversos fatores condiciona e torna mais difícil a conversão de veículos pesados a diesel para alternativas de baixas emissões. Estão nesta lista de condicionantes a maturidade das tecnologias a serem adotadas – o que exige capacidade técnica de desenvolvimento e de produção dos fabricantes de veículos e seus fornecedores –, tendências globais, instalação de infraestrutura de abastecimento ou recarga, incentivos governamentais para

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