17 AutoData | Março 2025 dores, pela engenharia. Este é o grupo mais diverso com um mesmo propósito no País. E há outros com que estamos conversando e que farão parte em breve. Quais são as próximas iniciativas do MBCB? Existe um plano de ação? O MBCB concluiu sua primeira fase com a aprovação da lei Combustível do Futuro. Pudemos trabalhar no projeto para que todas as rotas de descarbonização fossem contempladas. É sem dúvida a política mais moderna e avançada neste segmento no mundo. Agora vamos para a segunda fase, que é colocar em prática o que está no papel. A lei requer regulamentações. Então temos uma agenda regulatória para cada um dos itens que estão lá, o que demanda trabalho de grupos e de muita gente no governo, que aliás está muito empenhado nisso. Mas o que vem nessa segunda fase vai além das regulamentações, também é o planejamento para atender às demandas que virão. Pela projeção do estudo da Anfavea precisaremos nos próximos quinze ou vinte anos de mais 45% de etanol, o dobro de biodiesel, mais 50 terawatt hora de fornecimento de eletricidade, 11 milhões de m3 por dia de biogás e biometano, de hidrogênio, de 550 mil a 650 mil carregadores para veículos elétricos – temos só 10 mil a 12 mil hoje. Como tudo isso vai acontecer? Precisa produzir e distribuir energia. Isso requer um plano, identificar as demandas e buscar quem pode investir, como serão feitos os investimentos, quais políticas públicas serão necessárias para que tudo aconteça e não fique só no papel. Essa é a boa parte da fase 2 de ações do MBCB, que agora está sendo colocado em prática. “ A eletrificação é inevitável mas ela é parte da solução, não existe uma única bala de prata para descarbonizar. A tecnologia dos veículos elétricos é fantástica, mas precisa evoluir para atingir nível de maturidade, porque a tecnologia ainda está em desenvolvimento, o que vemos hoje não é o teremos daqui a dez anos.” confluentes. Existem montadoras que estão no MBCB, representando todos os segmentos. Então não existe nenhum conflito, pelo contrário. Na lista de participantes do MBCB estão três fabricantes de veículos leves – um deles inclusive é a BYD que importa da China carros elétricos e híbridos plug-in para o Brasil –, também há um fabricante de caminhões e ônibus, um de máquinas agrícolas e de construção, dois de motores diesel, cinco sistemistas fornecedores de autopeças, além de associação da categoria que é o Sindipeças. Existe intenção de atrair mais participantes da cadeia automotiva? Sem dúvida, estamos em expansão. Todos os segmentos já estão bem representados no MBCB, desde o produtor de biocombustível, passando pelas autopeças e montadoras, pelos trabalha-
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