80 Fevereiro 2025 | AutoData GM BRASIL 100 ANOS » UMA HISTÓRIA O primeiro carro de meu pai foi um Chevrolet Fleetline 1948 de duas portas. Com chave e botão de arranque no pé, três marchas avante a vácuo. Azul clarinho. O segundo foi outro Chevrolet, um De Luxe 1951, de quatro portas, rabo de peixe, com chave e botão de arranque no painel, três marchas, verde cintilante. O último foi um Chevrolet Omega 2008, isso após uma infinidade de Opala. O Vicente Alessi pai dizia ter com seus carros relação tão íntima quanto com a sua escova de dentes, e que aprendera a respeitar o que considerava “uma cumplicidade” com os Chevrolet que dirigia: nunca o deixaram na mão. Para ele era o suficiente. Quando comecei a ter contato com o mundo General Motors, já como jornalista, ali pelos meados dos 1970, papai me disse que eu encontraria naquela empresa seriedade e competência, ainda que eu esperasse por uma multinacional ávida exploradora, a maior corporação do mundo na época. Os ventos de melhor sorte me ajudaram e quem me recebeu foi o diretor geral da companhia, um certo André Beer, que viria a ser sua face humana mais pública da história da GM no País, e com quem eu me encontraria centenas de vezes mais adiante. Por Vicente Alessi, filho | Em homenagem a Beer, a Wagoner, a Hogan Como uma empresa torna-se inesquecível pelo seu brilho num período de seis anos Pois o mundo dos veículos, no Brasil, teria, historicamente, dois grandes personagens: o próprio Beer e o também inesquecível Wofgang Sauer, este pelo lado da Volkswagen. Pois este certo André Beer trabalhou na GM brasileira por 48 anos e durante os seus últimos trinta anos na empresa, de 1970 a 1999, foi o executivo que tocou a vida da companhia por aqui, cheio da confiança dos patrões da matriz e dos presidentes da ocasião. O primeiro que conheci foi JJ Sánchez – que carregava no bolso chaveiro com o emblema do SC Corinthians Paulista, mais um louco por carros. Anos de ouro: projetos e cumplicidade. André Beer Fotos: Divulgação/GM
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