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70 Fevereiro 2025 | AutoData tações aos grandes fornecedores, cada vez mais incorporados aos processos de produção dos veículos dentro das fábricas. A tendência chegou ao seu ponto alto na GM quando foi inaugurada a fábrica de Gravataí, RS, em 2000, colocando para dentro do condomínio industrial dezessete fornecedores que até hoje executam submontagem de módulos e conjuntos que são entregues diretamente à linha de montagem. Assim o Celta, primeiro carro produzido ali, nasceu com cerca de 95% de componentes nacionais e apenas catorze itens importados. A volatilidade cambial e a alta alíquota de importação esfriaram a iniciativa de trazer automóveis prontos, ao mesmo tempo em que a produção de veículos acelerou, garantindo escala para que os índices de nacionalização voltassem a crescer. Mas esta é uma gangorra que não parou de se movimentar nos anos seguintes. RELACIONAMENTO DE MÃO DUPLA O relacionamento com os fornecedores, justifica Carlos Bibi, é uma via de mão dupla: “Obviamente eles têm uma longa experiência e know-how para nos ajudar a produzir os carros. Mas no fim das contas nossos produtos devem custar aquilo que o cliente está disposto a pagar”. O diretor não revela qual é, hoje, o nível de nacionalização dos veículos Chevrolet, ao ponderar que varia muito de veículos para veículo. Mas garante: “A média está acima de 50%”. Também não é revelado o orçamento anual de compras, mas calcula-se que deve ultrapassar os R$ 15 bilhões por ano atualmente. A nacionalização enfrentou os efeitos de montanha-russa, um constante sobe- -e-desce ao sabor das muitas valorizações e desvalorizações do real, de políticas governamentais, de volumes de produção ou da falta de capacidade da indústria em produzir certos componentes, principalmente os eletrônicos. Um exemplo mais recente desta volatilidade foi o lançamento do Vectra GT, em 2007, uma fusão do Vectra nacional com a versão hatch do Astra alemão. A dianteira até a coluna A – incluindo para-brisa, painel, subchassi dianteiro e mecânica – eram do Vectra nacional, e as partes dali para trás, como teto, portas e traseira, vinham da Opel da Bélgica. Linha de funilaria em São José dos Campos: conteúdo local crescente. GM BRASIL 100 ANOS » OS FORNECEDORES

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