62 Fevereiro 2025 | AutoData para montar carros da Suzuki – fabricante na qual a GM tinha participação acionária de 40% –, um projeto que foi abandonado. E, também, fábrica de transmissões em Joinville, SC, que foi postergada e só foi inaugurada em 2013 para fazer motores, e o primeiro complexo de fabricação de automóveis da companhia fora de São Paulo, que inauguraria um inovador e até então inédito sistema de produção, para lançar um novo produto. Atraída por generosos incentivos do governo do Rio Grande do Sul, incluindo isenção de ICMS por quinze anos, compensação de 100% do montante investido, empréstimo de US$ 253 milhões amortizáveis em quinze anos e suprimento de toda a infraestrutura do distrito industrial a GM decidiu instalar sua mais moderna fábrica no Brasil em Gravataí, com a formação de um condomínio de dezessete empresas sistemistas instalado no mesmo terreno, que até hoje fornece conjuntos pré-fabricados diretamente à linha de produção. Isto sem contar a mão-de-obra mais barata, com salários 50% inferiores aos pagos pela empresa nas plantas paulistas à época da inauguração. Em julho de 2000 foi inaugurada a nova fábrica, anunciada pela GM como “a mais produtiva do grupo no mundo”, concebida com a missão de produzir os Chevrolet mais vendidos do Brasil e servir de laboratório para a introdução de novos conceitos. A planta já nasceu com alto índice de automação: 110 robôs, número alto para os padrões brasileiros da época, mas apenas uma pequena fração dos cerca de 1,8 mil que operam na unidade atualmente. Mesa destaca que “todos os processos de Gravataí são integrados e conectados e a sincronia do fluxo de peças é algo inacreditável. As intervenções técnicas feitas em Gravataí têm muito a ver com os estágios de inovação. Isso se aplica também nas demais fábricas da GM”. Gravataí estreou com a fabricação do subcompacto Celta, que era tratado como mini-Corsa e foi um dos carros mais baratos à venda no País, junto com seu derivado sedã Prisma, que entrou em produção a partir do fim de 2006. Em 2012 entrou em linha o hatch Onix e, no ano seguinte, seu derivado sedã também de nome Prisma, que na terceira geração do modelo, lançada em 2019, passou a ser denominado Onix Plus. A alta produtividade de Gravataí, com baixos custos de produção, renderam à GM substancial aumento de vendas, de 2016 a 2020 o Onix foi o carro mais vendido do País e no mesmo período puxou a fabricante para a liderança do mercado brasileiro. Em seus quase 25 anos de operação a fábrica gaúcha já passou por duas grandes ampliações, a última delas em 2017, com Linha de produção do Onix e Onix Plus em Gravataí: fábrica mais produtiva da GM no Brasil. Nova S10 moderniza linha de produção da GM em São José dos Campos GM BRASIL 100 ANOS » AS FÁBRICAS
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