6 LENTES Fevereiro 2025 | AutoData Por Vicente Alessi, filho Sugestões, críticas, comentários, ofensas e assemelhados para esta coluna podem ser dirigidos para o e-mail vi@autodata.com.br Divulgação/Anfavea NOVIDADE É reconfortante saber que, provavelmente desta vez, a Anfavea tenha escolhido um eixo de execução das suas tarefas trienais na forma de um executivo contratado como presidente. Um não funcionário das suas próprias empresas associadas, alguém de fora, quem sabe completamente de fora. Não tive notícias recentes sobre o andamento deste processo, e garanto que teria sido perfeito na sucessão de Silvano Valentino, da Fiat, por José Carlos da Silveira Pinheiro Neto, da General Motors, em 1998. Não que Zé Carlos não reunisse as condições ideais – pois ele as tinha, na forma de apoio real da maioria das empresas associadas e de seus talentos próprios. Mas porque liderara, naqueles últimos três anos, tal racha interno contra Valentino que é perceptível até os dias de hoje. O que aconteceu ali foi uma espécie de rebelião de minorias, cujo espírito atravessou o século. NOVIDADE 2 Pois o surgimento de algo parecido com oposição naquela entidade que ocupou os casarões da avenida Indianópolis com a alameda dos Nhambiquaras, no bairro de Moema, em São Paulo, e hoje transferida para um luxuoso quarto andar lá na Berrini pelos lados do Itaim Bibi, deve-se, enfim, à criação da graciosa Anfavea do B por empresas que não suportaram ver Valentino presidente. Tiveram de aguentá-lo por todo o mandato e reuniam-se longe da sede da entidade para falar mal dele e para não permitir que tivesse a representatividade que uma eleição lhe outorgara. Democratas nos úrtimo. NOVIDADE 3 Espero que o atraso tão grande em decidir pelo presidente executivo não tenha sido fatal para os dirigentes de hoje, que, afinal, tomaram uma atitude. Quem sabe reconheçam, em algum instante, que o cargo de presidente da Anfavea seria disputado a tapas por empresas que conheciam o seu valor mas que isto jamais aconteceu porque existiu uma hierarquia que, no limite, permitia discordâncias. NOVIDADE 4 Mas também pode ser que estes arranjos, pelo presidente executivo profissional, não tenham chegado a lugar nenhum e que a sucessão de Márcio de Lima Leite, da Stellantis, venha a ser decidida pelo método tradicional. Seu primeiro vice-presidente, e sucessor presuntivo, de acordo com as regras e com a tradição é Gustavo Rodrigo Bonini, da Scania.
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