52 Fevereiro 2025 | AutoData cação da mão-de-obra das oficinas das concessionárias – especialmente com a disseminação dos veículos eletrificados – impõem investimentos em treinamento, qualificação e na aquisição de novos equipamentos. A Abrac seguiu fazendo a sua parte, criando padrões de atendimento e contribuindo para a Chevrolet manter o seu alto nível de vendas em décadas. Mesmo assim não evitou que os hatches compactos VW Gol, de 1987 a 2013, e Fiat Palio, em 2014, subissem ao degrau mais alto do pódio. Neste período a GM exibia uma gama sem fôlego, com automóveis que, apesar de permanecer muito tempo no mercado, não fizeram a cabeça do consumidor. TEMPOS MODERNOS E GLOBAIS O Omega, apresentado em 1992 para substituir o Opala, apesar do luxo e da sofisticação sem precedentes nas linhas de produção nacionais, causava insatisfação por causa de problemas recorrentes de acabamento. Ainda assim ficou vinte anos no mercado sem jamais conseguir deslanchar em vendas. Competidores, como o VW Santana, apresentavam mais desempenho e menos consumo de combustível. Mas mais uma vez a GM agiu rápido e partiu para o ataque para o segmento de maior volume, o de carros compactos 1.0, lançando modelos que tiveram muita repercussão. Em 1994 a chegada do Corsa, modelo mais moderno de sua categoria, provocou filas de espera de até um ano nas concessionárias, gerando a cobrança de ágio. Em 2000 foi a vez do Celta causar alvoroço no mercado. O subcompacto projetado no Brasil e produzido na nova fábrica de Gravataí, RS, inaugurou as vendas da Chevrolet pela internet. Os dois, Corsa e Celta, foram preponderantes para a GM galgar um efêmero primeiro lugar de vendas, por apenas um ano, em 2004. O Corsa vendeu cerca de 125 mil unidades em quase vinte anos de mercado, e o Celta 122,7 mil em quinze anos. Um modelo que não deixou saudade foi o Agile, produzido na Argentina e lançado em 2009, em meio à crise da matriz nos Estados Unidos que quase levou a companhia à falência. O modelo tinha conjunto mecânico pouco confiável e foi sacrificado cinco anos depois. ANOS DE LIDERANÇA A grande redenção da GM no mercado brasileiro foi o Onix. Lançado em 2012, manteve o título de automóvel mais vendido do Brasil de 2015 a 2020, e junto com sua versão sedã Prisma foi diretamente responsável por dar a liderança de vendas à fabricante de 2016 a 2020. A fabricante soube ler com antecedência uma demanda dos consumidores cada vez mais conectados e digitalizados. Como principal atributo o Onix foi o primeiro compacto de entrada a oferecer a conexão e Lançado em 1994 o Corsa logo formou filas de espera nas concessionárias: em 1995 o modelo já exibia quatro versões de carroceria do compacto. GM BRASIL 100 ANOS » O MERCADO
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