48 Fevereiro 2025 | AutoData Bolsa de Nova York. Já naquele ano a GM oferecia dezessete modelos Chevrolet aos brasileiros, tanto importados como montados aqui, em versões conversíveis com teto dobrável, abertos sem vidros laterais e fechados com teto fixo. Com estas ofertas a GM e sua Chevrolet rapidamente dominaram o mercado brasileiro: a marca liderou as vendas de veículos, inclusive de automóveis, nas décadas de 1930 e 1940, motivando seguidas ampliações de suas instalações industriais em São Caetano do Sul, SP. NOVOS TEMPOS COM OPALA A partir de 1957, ano em que a indústria automotiva nacional iniciou o seu salto desenvolvimentista com as políticas de incentivo do governo adotadas anos antes, já havia um potencial carro campeão de vendas no mercado. A primazia coube ao Jeep Universal, da Willys, que repetiu a dose no ano seguinte. O sucesso do Jeep antecedeu um período de ampla hegemonia do VW Fusca, que liderou o pódio de 1959 a 1982. Naquele período de 23 anos nenhum Chevrolet ocupou a liderança de vendas mas isso não significava rejeição do mercado. Ao contrário. O fato era que a GM ainda focava suas escolhas para produzir veículos comerciais, leves e pesados, segmento no qual foi líder por muitos anos desde que se instalou no Brasil, mas tinha demanda tão mais estável e lucrativa quanto restrita a menos compradores. Tanto que o primeiro projeto de nacionalização da GM no País, aprovado pelo GEIA, Grupo Executivo da Indústria Automobilística, foi da sua linha de caminhões e picapes, com produção nacional do motor seis cilindros na nova fábrica de São José dos Campos, SP. A entrada no segmento de automóveis nacionalizados só aconteceu em 1968, com o Opala, que se revelou um dos tiros mais certeiros da empresa. Desenvolvido a partir do alemão Opel Rekord 1967 era um sedã médio de quatro portas, com motores de quatro ou seis cilindros derivados de modelos Chevrolet, como o Impala – daí o nome Opala. Assim foi mantida a motorização desenvolvida pela matriz nos Estados Unidos e utilizada nos caminhões nacionais da marca, adaptada para uma carroceria de tamanho médio originada da Europa. Com esta fórmula híbrida a GM lançou um carro de luxo – para os padrões da época – mais acessível do que os concorrentes Ford e Chrysler, que optaram por lançar no Brasil carros grandes e de alto consumo, que nem de longe tiveram o mesmo sucesso de vendas e longevidade do Opala. Com linhas elegantes e desempenho invejável o Opala foi a primeira peça de marketing altamente bem-sucedida da GM no Brasil, com dois anos de ações publicitárias antes do lançamento no 7º Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro de 1968. Campanha de lançamento do Opala, em 1968, e a versão cupê em 1972: divisor de águas para aumentar as vendas da Chevrolet no País. GM BRASIL 100 ANOS » O MERCADO
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