418-2025-02

107 AutoData | Fevereiro 2025 importados do Brasil. Existe agora o risco de os mexicanos se tornarem grandes consumidores e exportadores de carros da China montados no México, que serão barrados na fronteira Norte pelo protecionismo do vizinho rico, mas que poderão ser comprados localmente por preços competitivos e ainda serem enviados ao Brasil isentos de imposto. Os negócios com o Chile também continuaram a decair, com a maior retração do ano, de 28,8%, e redução de participação para apenas 4% das exportações brasileiras de veículos, com o embarque para lá de apenas 19,3 mil unidades. Com a revisão da regra de origem dos produtos, prevista para acontecer neste primeiro semestre, a Anfavea espera por aumento das exportações para os chilenos. O contrário é esperado para a Colômbia, que em setembro prevê pôr fim às cotas de importações de veículos leves, o que poderá favorecer os chineses e desfavorecer o Brasil com reduções de exportações. Em 2024 o mercado colombiano de veículos cresceu 8%, mas as vendas de carros brasileiros caiu 1,7% e o país baixou sua participação nas compras de 9% para 8%, caindo da terceira para quarta colocação na lista de maiores compradores de veículos made in Brazil. PROJEÇÃO MODESTA Em janeiro a Anfavea divulgou suas projeções para 2025 e espera por resultado levemente mais otimista para as exportações, que na visão da entidade deverão crescer 7,4%, alcançando 428 mil unidades, o que representará 15,6% da produção esperada para o ano, de 2 milhões 749 mil veículos. O principal lastro para sustentar o crescimento é, de novo, a Argentina, que tem expectativa de avançar 25% em 2025. Se crescerão em volume este ano, apenas 29,5 mil a mais, as vendas externas permanecerão exatamente com a mesma participação porcentual da produção de 2024. “O Brasil precisa exportar mais para reequilibrar sua balança comercial e ocupar sua capacidade de produção”, resume Lima Leite, sem no entanto dizer como isto pode ser possível diante da competitividade e do apetite das fabricantes chinesas, que só pode ser parada por pesadas sobretaxações. Divulgação/Renault

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