» EDITORIAL AutoData | Dezembro 2024 Diretor de Redação Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Leandro Alves, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Pedro Kutney, editor Colaboraram nesta edição André Barros, Caio Bednarski, Soraia Abreu Pedrozo Projeto gráfico/ arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR/divulgação Capa Foto Bruna Nishihata Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, bloco 5, 4º andar, sala 434, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora autodataseminarios autodataseminarios Por Pedro Kutney, editor Mercado sabota o desenvolvimento Esta AutoData traz uma boa e outra má notícia. A boa é que, pelo segundo ano consecutivo, a economia real venceu a costumeira sabotagem do mercado financeiro e o PIB brasileiro deve avançar até 3,5% em 2024, após avançar 2,9% em 2023, muito acima de todas as expectativas externadas por analistas agourentos no início de cada ano, o desemprego caiu ao menor nível histórico, está na casa dos 6%, a renda cresceu, o consumo aumentou e o nível de pobreza extrema baixou para 4,4% da população, tudo isso com inflação que deve fechar o ano perto de 5%, algo bastante aceitável para um país em desenvolvimento que precisa atender demandas reprimidas recorrentes. A má notícia decorre da boa: cansados de errar seus prognósticos [ou seria torcida?] os agentes do mercado financeiro decidiram colocar mais pressão para que continuem ganhando muito dinheiro às custas do atraso do País. Especulam para que o dólar suba à inexplicável cotação recorde acima dos R$ 6,00, pressionando a inflação, lançam dúvidas sobre a capacidade do Estado de pagar a dívida pública – o que efetivamente nunca aconteceu neste século mesmo após cinco mandatos presidenciais de governos do PT –, e assim se locupletam ganhando na moleza com os juros mais altos do mundo, basta encarteirar títulos do Tesouro, aqueles mesmos sobre os quais colocam desconfiança de inadimplemento, enquanto o Banco Central independente do governo e vassalo do mercado ajuda elevando a remuneração destes papéis, aumentando vigorosamente os juros com a desculpa de combater a inflação. Esta batalha de narrativas consta de algumas formas nas páginas desta AutoData, com as novas projeções dos fabricantes de veículos representados pela Anfavea, que divulgou novamente previsões contidas para 2025 por causa dos indicadores agourentos do mercado financeiro, que insistem em dizer que o País cresce acima de sua capacidade – algo que efetivamente não cabe à indústria automotiva, que há anos produz abaixo de sua capacidade. Felizmente há gente mais otimista neste setor, como Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus e tricampeão, este ano, do Prêmio AutoData, que o reconheceu como Personalidade do Ano por sua competência em superar mais de vinte crises e seguir desenvolvendo a empresa que dirige, assim como a Toyota, eleita Empresa do Ano de 2024, que em vez de olhar para gráficos de economistas agourentos decidiu colocar em prática o maior plano de investimento em seus mais de sessenta anos de história no Brasil, porque acredita no potencial do País. E assim seguimos para 2025, na expectativa de que a economia real, mais uma vez, supere a sabotagem do mercado financeiro.
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