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48 Dezembro 2024 | AutoData INDÚSTRIA » INVESTIMENTO res que atuavam na operação causou a demissão de cerca de 10 mil trabalhadores. Portanto, se cumprir a promessa de 10 mil contratações até agosto a BYD já terá anulado todo o impacto do encerramento de atividades da Ford na Bahia. E pouco mais adiante ainda terá dobrado para 20 mil o número de postos de trabalho em toda a cadeia. Questionada para explicar como e para que contratará tanta gente em tão pouco tempo, e como colocará 28 novas edificações para funcionar sem ainda ter concluído a linha de montagem em SKD, a BYD não respondeu. OBRAS EM ANDAMENTO A reportagem esteve nas obras da nova fábrica da BYD em Camaçari, que pretende instalar ali sua maior operação industrial fora da China. Ainda faltam paredes e parte do piso do prédio onde será instalada a linha de montagem, embora já estejam presentes caixas com equipamentos. Também já foram importados os primeiros carros parcialmente desmontados a serem montados na unidade. Stella Li garantiu que a operação começa no primeiro trimestre: “Enquanto vocês estiverem celebrando o carnaval nós estaremos comemorando o início da produção”. Como em 2025 a festa de momo ocorrerá de 1º a 5 de março – e lembrando que, no caso da Bahia, os foliões continuam atrás dos trios elétricos pelo resto da semana –, a linha de montagem de Camaçari deve começar a operar a partir de 10 de março, na melhor das hipóteses. Em janeiro, garante Stella Li, 1 mil trabalhadores serão contratados e treinados por uma centena de empregados que já viajaram à China para receber capacitação. Até março outros 3 mil serão contratados e até o fim do ano, prometeu, “teremos 10 mil empregos gerados pela operação BYD em Camaçari”. A produção em SKD integra a fase 1.1 do projeto de operação da BYD em Camaçari. Além da linha de montagem ficarão prontas uma área para inspeção de qualidade e uma pista de testes. O pátio para armazenar os carros prontos é uma das poucas instalações que serão aproveitadas do legado da Ford no local. Na fase 1.2 serão agregadas as áreas de estamparia, armação e solda de carrocerias e pintura, também em novos prédios, “e até agosto de 2025 teremos a produção completa dos carros”, promete Stella Li. A partir daí a intenção é iniciar o processo de localização da produção, que tende a ser altamente verticalizada, de acordo com a executiva. A capacidade inicial será de 150 mil veículos por ano, que será dobrada para 300 mil/ano em período de tempo não informado. HÍBRIDO FLEX Em paralelo seguem os investimentos em pesquisa e desenvolvimento no Brasil. Stella Li diz, parafraseando o CEO global Lula é apresentado ao primeiro motor flex da BYD: projeto tocado por engenheiros da China e do Brasil. Ricardo Stuckert/Divulgação PR

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