44 Dezembro 2024 | AutoData INDÚSTRIA » PLANO será feito o trabalho de localização de componentes. Shi definiu um prazo de nacionalização mais apertado com a intenção é chegar ao fim de 2026 com 60% de peças compradas localmente: “Este é o alvo, 60%. Eu não tenho certeza se poderemos alcançar, para ser honesto, mas eu tenho que desafiar a equipe”. “Sem um grande porcentual de localização no Brasil os custos serão muito altos. Custos de transporte, embalagem, entrega, tudo é custo. Nós temos 70% das peças produzidas em fornecedores próximos a nossas fábricas e entendemos que a localização é a chave do sucesso”, justifica, citando que trazer empresas parceiras da China, para o Brasil, é uma das opções. “Não é um investimento tão pesado.” A GWM já começou a perseguir a meta de Shi. Márcio Alfonso, que já dirigia no Brasil as áreas de engenharia, pesquisa, desenvolvimento e inovação da empresa, foi nomeado diretor industrial, função na qual poderá utilizar suas décadas de experiência que acumulou com a construção da fábrica da Ford em Camaçari, BA, e no desenvolvimento da planta da Caoa Chery em Anápolis, GO. A empresa já está trabalhando em parceria com a Bosch e a WEG para desenvolver o sistema híbrido plug-in flex para seus veículos a serem produzidos no Brasil. Também informa estar “em processo avançado” com fornecedores de fluidos, pneus, rodas, bancos e conectores elétricos, mas não revela os nomes por ora, por estar em fase de assinaturas de contrato. O programa de localização terá início em janeiro com a assinatura de contratos de confidencialidade. De fevereiro a abril serão realizados workshops no Senai Ipiranga, na Capital paulista, com exposição de veículos desmontados para que os candidatos possam conhecer o produto e formalizar seu interesse em se tornar um fornecedor. A etapa posterior é a de avaliação de capacidade técnica, em que as empresas de autopeças acessarão o Portal DIP, sigla em inglês para Plataforma de Interação de Dados, para obter informações técnicas de forma segura. Esta ação será sucedida por revisões em reuniões com engenharias do Brasil e da China e, segundo Márcio Alfonso, não será preciso reproduzir tudo exatamente conforme o desenho original da montadora: “Temos abertura. Podemos fazer algo que seja intercambiável, que entregue a mesma função e tenha igual desempenho com características um pouco diferentes. Em determinados casos, haverá a possibilidade de desenvolvermos um projeto local”. O último passo é o comercial, que envolve cotação e discussão de acordos logísticos, dados técnicos das embalagens Interior da fábrica da GWM em Iracemápolis: linha em preparação para começar operação em maio de 2025.
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