36 Dezembro 2024 | AutoData INDÚSTRIA » PROJEÇÕES Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, sempre presentes em anúncios de programas de incentivos e investimentos de fabricantes, tanto em visitas às fábricas como em reuniões no Palácio do Planalto, em Brasília, DF. INDICADORES PIORADOS Do ponto de vista do crédito o presidente da Anfavea avalia que o Marco das Garantias – instrumento que facilita aos bancos retomar bens financiados em caso de inadimplência sem necessidade autorização judicial – poderá compensar a alta da Selic na forma de diminuição do spread, a diferença do juro básico para o cobrado do consumidor no financiamento. Contudo, um ano após a aprovação da legislação, isto ainda não aconteceu e o spread segue alto: segundo o BC a taxa média atual do CDC para compra de veículos por pessoas físicas é de 25,9% ao ano, em média, o que resulta em spread de 13,65 pontos porcentuais sobre a Selic atual. Com o azedume – e influência – do mercado financeiro com relação à política econômica do governo, corroborado pelas ações do BC independente do governo e vassalo do mercado, as projeções macroeconômicas da Anfavea também azedaram: a entidade espera crescimento do PIB este ano de 3,5% – outra grata surpresa – e de 2% no ano que vem, no mesmo período a inflação IPCA chega a 4,9% e cai quase nada para 4,5%, com taxa Selic que salta a 14,25% e empurra juro para financiamento de veículos a 28% ao ano em 2025, mas espera que o câmbio que persiste a mais de R$ 6,00 por dólar baixe a R$ 5,60. Os únicos fatores que seguem otimistas são o nível de desemprego, que dos já historicamente baixos 6,5% pode descer ainda mais para 6%, e a confiança do consumidor que evolui de 95 para 100 pontos. SEMESTRE SALVADOR Com o cenário de primeiro semestre mais difícil a torcida da Anfavea é que aconteça em 2025 recuperação no segundo semestre, semelhante ao que ocorreu em 2024. De julho a dezembro, com 1,5 milhão de veículos vendidos, os emplacamentos cresceram 32% sobre a primeira metade do ano, em expansão porcentual mais que o dobro do avanço registrado em doze meses, de 15%. A produção seguiu ritmo parecido, saltou 26,2% no segundo semestre ante o primeiro, com 1 milhão 436 mil veículos fabricados nos seis meses finais de 2024, contra crescimento anual previsto de 10,7%, para 2 milhões 574 mil. As exportações, que começaram o ano abaixo de previsões que já eram muito ruins, registraram recuperação no segundo semestre com crescimento de 44,2% sobre o primeiro, com 238 mil embarques de julho a dezembro, garantindo assim empate técnico com 2023, com o total de 402,6 mil veículos seguindo para outros países. BALANÇA COMERCIAL NEGATIVA O resultado mais favorável das exportações brasileiras de veículos foi obtido graças a uma inesperada retomada das compras da Argentina, que cresceram 39% sobre o ano anterior e representaram 40% das vendas externas das fábricas brasileiras, que acabou compensando a quedas acentuadas de 26% nas vendas ao México, de 35% para o Chile e 50% para o Peru. 2% 3,5% R$ 5,60 R$ 4,90 4,5% 4,9% 6,0% 6,5% 14,25% 12,25% 100 pts 95 pts 28% 25,52% 216 pts 194 pts PIB US$ IPCA Desemprego Selic Confiança Consumo Taxa anual CDC Risco-País 2025 2024 Projeções macroeconômicas Fonte: Anfavea
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