29 AutoData | Dezembro 2024 Cláudio Sahad e Márcio de Lima Leite: Sindipeças e Anfavea insistem no aumento do imposto de importação. Evandro Maggio, presidente da Toyota do Brasil, em entrevista aos jornalistas André Barros e Leandro Alves: mercado de 2,8 milhões de veículos em 2025. O dia da abertura do Congresso AutoData Tendências e Perspectivas 2025, a terça-feira, 26 de novembro, foi um marco importante para a indústria automotiva brasileira: não só por iniciar as discussões com os principais líderes do setor a respeito do que se enxerga para 2025 mas por ter igualado, ainda restando mais de um mês para o fim de 2024, o total de veículos vendidos em 2023. Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, anunciou: o mercado brasileiro alcançou, e superou, as 2 milhões 309 mil unidades do ano anterior. Ele admitiu: as expectativas oficiais da entidade, de 2 milhões 560 mil veículos a serem comercializados em 2024, serão superadas: “As medidas tomadas foram fundamentais para que o setor avançasse e surpreendesse em 2024. Estamos perto de superar novamente os 3 milhões de licenciamentos, mesmo com os desafios de importações e exportações, com investimentos realistas na ordem de R$ 130 bilhões da indústria”. Fizeram coro ao presidente da Anfavea todos os executivos que subiram ao palco do Centro Universitário Senac, em São Paulo, em 26 e 27 de novembro. A indústria errou, ainda bem que para baixo, sua visão para o mercado brasileiro em 2024 e precisou acertar os ponteiros para projetar 2025, que começará com base mais elevada de comparação e alguns desafios extras a enfrentar com cenário macroeconômico mais adverso. O INCÔMODO DAS IMPORTAÇÕES Mas nem tudo são flores no setor automotivo brasileiro, que sentiu o incômodo do crescimento das importações em 2024. Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil, propôs a retomada imediata da alíquota de importação sobre carros eletrificados importados para 35%, principalmente pelo descompasso do crescimento de vendas internas e da produção, 12% e 7% respectivamente, enquanto as importações cresceram 37%. “Temos que criar emprego e desenvolver tecnologia no Brasil. Todos os fabricantes que investem em novas tecnologias deveriam ter cota de importação de imposto. Queremos igualdade de condições. Outros países elevaram as alíquotas e o Brasil está de portas abertas. No curto prazo temos de trabalhar com políticas que permitam à indústria estabelecida, e que já investiu, fazer a transição.” Lima Leite, que durante o Seminário Revisão das Perspectivas 2024, em julho, pediu a recomposição imediata dos 35% do imposto de importação para veículos eletrificados, repetiu o pleito em cima do
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