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14 FROM THE TOP » ROBERTO CORTES, VWCO Dezembro 2024 | AutoData A VWCO sempre foi rápida em adotar tecnologias, foi a primeira a desenvolver e lançar um caminhão elétrico do Brasil, na última Fenatran apresentou o primeiro protótipo de um caminhão pesado híbrido nacional. Ter a sede no Brasil facilita essa agilidade? Ter sede no Brasil é um fator importante porque temos a engenharia aqui, entendemos a necessidade do cliente e desenvolvemos produtos sob medida para eles. Mas tão importante quanto utilizar o conhecimento que temos aqui é fazer parte de um grupo internacional forte [o Traton Group], que nos propicia acesso a novas tecnologias que nós adaptamos às realidades brasileiras. Como o senhor vislumbra o futuro da indústria de caminhões e ônibus nesse momento de transição para a desfossilização das emissões? O caminhão do futuro será 100% conectado, para maximizar o custo de operação ao máximo, para isto teremos digitalização ao extremo e a conectividade no caminhão inteiro. A tendência é adoção de veículos elétricos principalmente nas aplicações urbanas, mas também acreditamos [nesta alternativa] para operações de longa distância no futuro. Outra tendência é a adoção de sistemas de direção autônoma. No caso específico do Brasil os biocombustíveis também farão parte desse futuro. O motivo para essa visão é a busca pela descarbonização e, ao mesmo tempo, eficiência, que é o custo do transporte. E nós estamos nesse caminho. No início das operações da Volkswagen Caminhões de Ônibus, no começo dos anos 1980, a empresa era uma divisão do grupo que só existia no Brasil e tinha pouco ou nenhuma atenção da matriz na Alemanha. Hoje a VWCO faz parte do Grupo Traton que também integra MAN, Scania e Navistar. Quais vantagens e desvantagens existe em administrar uma empresa neste atual contexto? Dos primeiros produtos com cabine avançada ao consórcio modular de Resende sempre fomos uma empresa flexível, vocacionada para mercados emergentes, focada em oferecer o melhor custo total de propriedade. As passagens por diferentes grupos empresariais renderam bons aprendizados e sinergias em produtos e serviços, tanto na época da Autolatina com a Ford, depois com a Volkswagen Commercial Vehicles, depois com a MAN, mais recentemente dentro da Traton com Scania e International/Navistar. Em função disso hoje temos o portfólio mais completo da nossa história. Temos “ Teremos oportunidades que, mesmo considerando os desafios, nos fazem prever um ano de mais conquistas. Eu continuo otimista. Haverá demanda por caminhões e ônibus para seguir o crescimento da economia mas existe também demanda reprimida de veículos velhos.”

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