99 AutoData | Novembro 2024 Junqueira, da AGCO, também acredita que 2024 será fraco para colheitadeiras e espera por recuperação em 2025. O executivo da CNH Industrial projeta ano estável, com o mesmo volume deste ano, aproximadamente 4 mil vendas. CONSTRUÇÃO O setor de construção civil vive momento bem diferente do agrícola, com projeção de alta de 5% nas vendas em 2024, somando 35 mil unidades. Para Carlos França, diretor da Case Construction América Latina, marca da CNH Industrial, “nada indica até agora que teremos uma mudança de cenário: será mais um ano acima das 30 mil máquinas, o que representa um bom ano para o segmento”. Paula Araújo, vice-presidente da New Holland Construction para América do Sul, também do Grupo CNH, projeta um mercado ainda maior, chegando a 36 mil um idades até dezembro: “A demanda por máquinas avançou muito no Brasil nos últimos dez anos: saímos de um mercado de 8,5 mil unidades em 2014 para 36 mil em 2024”. Para o ano que vem ela projeta o maior mercado dos últimos vinte anos, chegando a 37 mil máquinas de construção vendidas no País, leve alta na comparação com 2024. França, da Case Construction, prevê um mercado estável, mas afirma que qualquer variação de até 5% para cima ou para baixo está no radar e pode acontecer. Para atingir o crescimento esperado no segmento alguns fatores que são realidade em 2024 seguem para 2025, caso do novo PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, e a retomada do setor de mineração, que sofreu bastante durante a pandemia e agora está voltando com força, investindo em equipamentos. Também é esperada boa demanda da construção civil pesada e de obras que foram liberadas por meio de concessões do governo. O agronegócio, ainda que sem perspectiva de alta relevante para o ano que vem, também deverá ajudar no aumento das vendas de máquinas de construção, pois há quinze anos apenas 5% do total vendido eram à agricultura e agora o cenário mudou e este porcentual subiu para 20%, segundo França. PROJEÇÃO GERAL A consultoria Power Systems Research divulgou suas projeções para o mercado de máquinas no Brasil, considerando todos os tipos de equipamentos, projetando 106 mil vendas em 2024 e 111 mil em 2025, unindo volumes do segmento de construção ao de agricultura. Caso o número se confirme o ano que vem ainda ficará abaixo das 115 mil unidades comercializadas em 2023. “ A venda de colheitadeiras está atrelada ao clima do País, que registrou seca muito forte em algumas regiões e muita chuva em outras. A isto se soma a taxa de juros para financiamentos que está bem alta.” Paulo Maximo, diretor de operações CNH Industrial América Latina “ As chuvas no Rio Grande do Sul puxaram uma renovação de tratores, pois uma parte da frota foi perdida. A produção de cana-de-açúcar e café também ajudou no avanço da demanda.” Rodrigo Junqueira, diretor geral AGCO América do Sul “ A demanda por máquinas de construção avançou muito no Brasil nos últimos dez anos, saímos de um mercado de 8,5 mil unidades em 2014 para 36 mil em 2024.” Paula Araújo, vice-presidente New Holland Construction América do Sul “ Nada indica que teremos uma mudança de cenário, será mais um ano acima das 30 mil máquinas de construção, o que representa um bom ano para o segmento.” Carlos França, diretor Case Construction América Latina
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