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89 AutoData | Novembro 2024 manha. A nacionalização dos modelos está em fase de pré-projeto, para lançamento no mercado brasileiro em 2027 ou 2028. PLANO DE CRESCIMENTO “Após a adaptação ao Euro 6 as perspectivas da Iveco para o mercado são positivas. Temos um plano estratégico de crescimento na América Latina e seguiremos firmes e focados em realizá-lo.” O executivo relata que a empresa está firmando parcerias estratégicas para o desenvolvimento regional de produtos, a exemplo de unidade da Iveco dentro do campus do Senai MG, que deve ser inaugurada em 2025: “O resultado deste trabalho e destes investimentos será percebido em quatro ou cinco anos. Temos uma visão clara de onde queremos chegar no Brasil e o desenvolvimento da engenharia local é peça fundamental neste plano”. Alinhado à tendência de descarbonização Querichelli prevê o aumento do uso de combustíveis alternativos no mix de vendas, uma vez que os biocombustíveis como biodiesel e HVO deverão ganhar força com o incremento gradual da mistura ao diesel fóssil, assim como o biometano que deve se tornar mais disponível. O plano é, em até dois anos, zerar a diferença atual de 20% nos preços do caminhão a gás e do similar a diesel. Em toda a América Latina a Iveco já tem 2 mil caminhões em circulação que podem “ Após a adaptação ao Euro 6 as perspectivas da Iveco para o mercado são positivas. Temos um plano estratégico de crescimento na América Latina e seguiremos firmes e focados em realizá-lo.” Márcio Querichelli, presidente Iveco América do Sul rodar com gás natural fóssil ou biometano, e a perspectiva é a de que mais cem unidades semipesadas e pesadas a gás sejam emplacadas na região em 2025. MERCADO Querichelli projeta que as vendas de veículos comerciais acima de 3,5 toneladas no Brasil, em 2025, deverão crescer em torno de 5% sobre 2024. O desempenho da produção deverá acompanhar o crescimento do mercado doméstico e de leve alta das exportações. “O setor agropecuário deve retomar o crescimento em 2025 e o PIB deverá apresentar avanço de cerca de 2%, apesar da taxa de juros que não deve ceder”, afirma o executivo. “Assim o mercado deverá manter-se nos mesmos patamares deste ano. Embora haja demanda reprimida as condições financeiras não são favoráveis para projetar um aumento significativo dos negócios.” O Grupo Iveco repete para si as projeções macroeconômicas do Relatório Focus, do Banco Central, que na primeira semana de novembro indicava alta do PIB de 3,1% este ano e de 1,93% em 2025, câmbio variando de R$ 5,50 para R$ 5,40 no ano que vem, taxa Selic fechando dezembro próximo a 11,75% e a 11,25% um ano depois, para inflação IPCA de 4,59% e 4,03%. Querichelli justifica: “Estamos acompanhando as tendências apontadas pelos analistas. O PIB deverá apresentar alta menor em 2025 em comparação a 2024, mas continuará positivo. A taxa de juros e o cenário externo global são pontos de atenção”. Para o ano que vem Querichelli acredita que a regulamentação do Mover deve avançar, ainda que demore algum tempo para ser totalmente adotada: “A definição das metas de eficiência energética para veículos pesados é o ponto que merece nossa maior atenção. Trata-se de tema novo não apenas no Brasil mas em todo o mundo. Será necessário desenvolver metodologia para calcular a eficiência dos produtos comercializados e estabelecer as metas de eficiência”.

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