87 AutoData | Novembro 2024 certificadas com I-REC, Certificado Internacional de Energia Renovável. LANÇAMENTOS Os lançamentos previstos para 2025 fazem parte do plano de investimento de R$ 16 milhões que a montadora anunciou no País até 2028 e, no mesmo prazo, dezesseis novos produtos serão apresentados, sempre com objetivo associado à descarbonização. O valor também será usado para bancar a chegada de uma nova plataforma, a MQB Hybrid, e de um novo motor mais eficiente para modelos híbridos. Dos dezesseis modelos que fazem parte do plano três já foram apresentados este ano: as atualizações de Amarok, T-Cross e Nivus. Para 2025 a Volkswagen já confirmou a chegada do Tera, SUV compacto que abrirá um novo segmento para a companhia, 100% desenvolvido no Brasil, a ser produzido na fábrica de Taubaté. Também estão na lista de lançamentos do ano que vem o Nivus GTS e Golf GTI MK 8,5 – este último importado. O CEO também confirmou várias vezes em 2024 a chegada de uma nova picape que será fabricada em São José dos Pinhais, PR, mas esta ainda não tem data definida para estrear. DE OLHO NO CRÉDITO Com esta série de lançamentos para o ano que vem e o objetivo de avançar “ Temas como transição energética, novos modelos de negócios, conectividade, digitalização e sustentabilidade em produtos e processos seguem acelerando, assim como a chegada de novos players.” Ciro Possobom, CEO Volkswagen do Brasil mais do que o mercado a Volkswagen está de olho na oferta e na concessão de crédito para os financiamentos em 2025, projetando que o cenário seguirá em ritmo positivo, como ocorreu em 2024, com o crescimento do número de contratos aprovados para modelos novos e usados. “Claro que a taxa de inadimplência precisa ser monitorada e pode eventualmente ser um gatilho para que os bancos reduzam um pouco a concessão, levando instituições financeiras a adotarem critérios mais rigorosos e dificultando o acesso ao financiamento para muitos consumidores”, pondera Possobom. “Mas na nossa visão, neste momento, não há nenhum movimento do mercado ou macroeconômico que nos leve a ver a concessão de crédito mais restrita no próximo ano.” O CEO também lembrou de outros fatores que podem influenciar a liberação de créditos no ano que vem, caso do cenário macroeconômico como crescimento do PIB, níveis de emprego e renda que afetam diretamente a capacidade e a disposição dos consumidores de contrair dívidas para a compra de automóveis, uma vez que 49% dos veículos comercializados no País são financiados. A taxa de juros também é vista como um ponto de atenção pois impacta diretamente no custo do crédito e, consequentemente, na demanda. Outros pontos também são monitorados pela Volkswagen, caso do retorno gradual do imposto de importação cheio para veículos eletrificados: a montadora pretende que seja retomada imediatamente a tarifa de 35%, sem cotas de isenção para nenhuma montadora, para garantir isonomia do setor e fortalecer os desenvolvimentos nacionais. A reforma tributária também é vista como necessária para reduzir e simplificar os impostos: “Precisamos reduzir impostos com urgência para impulsionar o setor automotivo. No Brasil os impostos sobre veículos já estão dentre os mais altos do mundo, passando de 40%, um número nove vezes maior do que na China, por exemplo”.
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