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85 AutoData | Novembro 2024 incertezas e “por falta da definição sobre a questão dos gastos federais”, não afetará o processo de exportação, segundo Maggio, para não comprometer a presença uniforme da marca nos países da região. Na avaliação dele entrar e sair de um mercado por causa da volatilidade cambial cria uma perda de credibilidade com o consumidor: “Este processo está demorando um pouquinho, isto está gerando pressão, fazendo com que o câmbio oscile. Há, também, as incertezas com a economia dos Estados Unidos”. Mas o executivo espera mitigar a volatilidade cambial: “Tomaremos outras medidas internas para equilibrar as variações do câmbio. A ideia é seguir o plano de produção e o plano de exportação normalmente. Esta é uma variável que forçará nossa administração interna além do ter impacto negativo no atendimento aos nossos clientes e aos nossos distribuidores”. A Toyota tem a expectativa do dólar fechar a R$ 5,40 este ano – ainda que no começo de novembro a moeda estivesse sendo comprada a R$ 5,79. No ano que vem a expectativa é de estabilidade, variando de R$ 5,40 a R$ 5,50. A taxa básica de juros, igualmente, será influenciada pelo esperado anúncio do ajuste dos gastos do governo. À medida que os cortes forem mais contundentes “ Projetamos mercado interno de até 2,7 milhões [em 2025]. A produção pode crescer um pouco por causa da exportação, mas o crescimento das vendas domésticas vai ser maior, pois existe o componente dos importados aí, que é significativo.” Evandro Maggio, presidente Toyota do Brasil “isto impactará na taxa de juro futura”, endossa Maggio. A projeção assumida pela Toyota é de que, partir do segundo semestre de 2025, a taxa deve iniciar um movimento de queda, o que deve alavancar os financiamentos. Se tudo ocorrer como vem sendo apontado pelos agentes econômicos Maggio estima a Selic caindo de 11,5% para 10,45% ao fim de 2025. E a inflação estará sob controle na faixa de 4% a 4,3%. “Tudo isto é importante para a Toyota porque em 2025 teremos um novo veículo compacto, numa faixa de preço que o consumidor necessita ainda mais de crédito para financiar sua compra.” CRESCIMENTO Para a Toyota o desempenho do mercado interno no último trimestre foi muito bom. Em outubro os 11,5 mil veículos emplacados por dia útil, superando setembro que teve média diária de 11,2 mil unidades, fizeram a projeção para 2024 passar de 2,4 milhões do início do ano para 2,6 milhões. Para 2025, no entanto, é esperado crescimento moderado, na esteira da redução da atividade econômica: “Acompanhamos as projeções iniciais de mercado interno de 2 milhões 650 mil unidades, e até chegar a 2,7 milhões. A produção pode, talvez, crescer um pouco por causa da exportação, mas o crescimento das vendas domésticas seguramente será maior do que o avanço da produção, pois existe o componente dos importados aí, que é significativo”. Mesmo considerando um primeiro semestre mais lento, com a economia sentindo os impactos de novos fatos, a Toyota estará bastante ocupada para conseguir atender os pedidos. O mercado argentino está respondendo melhor, então a perspectiva torna-se mais positiva para a exportação, voltando ao patamar de 2023, de 82 mil unidades, ou 40% da produção da Toyota no País: “Devemos produzir 211 mil unidades. É o que temos de capacidade produtiva, o máximo que somos capazes de entregar em três turnos”.

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