79 AutoData | Novembro 2024 está 90% pronta para receber os dois modelos, com novos equipamentos e novos processos, além da equipe toda treinada. O presidente afirma que o desenvolvimento está seguindo o cronograma definido: “Ainda não posso revelar a data de lançamento do novo Kicks, mas acontecerá em 2025 como já foi divulgado. Temos certeza de que o novo modelo impactará o mercado, como a primeira geração fez e segue fazendo desde que foi lançada no mercado brasileiro”. Ibarzábal reconhece que o desempenho da Nissan no Brasil tende a melhorar com os lançamentos, mas ele assinala que os resultados já são bons com a linha atual de produtos, mesmo com apenas um modelo nacional: “O nosso otimismo vai além dos novos produtos. Estamos muito felizes com o desempenho da atual geração do Kicks, que conviverá com a nova no Brasil. O modelo produzido em Resende segue sendo um forte competidor no seu segmento, superando todas as expectativas de vendas”. Com relação ao segundo modelo que será fabricado em Resende como parte do investimento sabe-se apenas que será um SUV, os pormenores seguem sob sigilo, mas Ibarzábal confirma que o carro será exportado para mais de vinte países. Sobre o novo motor turbo, que será usado nos dois novos SUVs, o mistério também foi mantido. “ Nós, da Nissan, aumentaremos tanto a produção quanto as vendas na casa dos dois dígitos, acima da média do mercado. Temos certeza de que o novo Kicks impactará o mercado, assim como a primeira geração.” Gonzalo Ibarzábal, presidente Nissan Brasil Para além dos lançamentos, diz Ibarzábal, a ideia é também seguir investindo em pós-vendas e atendimento das concessionárias para melhorar a experiência dos clientes e se aproximar cada vez mais deles, com o objetivo de construir fidelidade à marca. Finalizando seu investimento e esperando por um mercado maior a Nissan trabalha com mais um fator que ajudará na alta das vendas: a concessão de crédito, com a perspectiva de que a taxa de juros no País deverá recuar um pouco. Com isto a expectativa é de que a oferta de financiamentos deve ser maior, puxada pela economia estável e pelo crescimento da renda dos brasileiros. Ainda assim os primeiros meses de 2025 serão decisivos para definir o cenário ao longo do ano, dependendo muito de como a economia do País se comportará. A regulamentação do Mover, Programa de Mobilidade Verde e Inovação, também é esperada com atenção para o ano que vem e considerada fundamental por Ibarzábal, porque garante previsibilidade para toda a cadeia automotiva, que poderá definir seu planejamento em médio e longo prazo, além de tornar o Brasil mais competitivo: “A Nissan foi uma das primeiras habilitadas no programa para projetos de pesquisa e desenvolvimento. Já estamos desenvolvendo produtos e projetos de manufatura. Mais importante do que pontos específicos, no geral, é um programa que busca trazer melhorias para a indústria local”. O retorno integral e imediato do imposto de importação de 35% para carros híbridos e elétricos, um pedido da Anfavea ao governo, também está sendo monitorado pela Nissan e, segundo seu presidente, esta é uma questão muito estratégica para cada fabricante instalado no País, porque cada empresa tem seus planos e objetivos no mercado brasileiro e é isso que vai direcionar as decisões futuras. Mas o executivo ressaltou que a decisão de produzir um veículo localmente sempre leva mais tempo do que iniciar a operação de importação.
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