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71 AutoData | Novembro 2024 novo programa de seguros para os carros BMW e Mini, além das motos BMW. Fator preponderante para o segmento de importação como um todo, o câmbio deve se manter estável, com ligeira tendência de queda, segundo as estimativas com as quais ela trabalha, o que significa dólar a R$ 5,45 em 2025, contra R$ 5,40 este ano. Já o PIB brasileiro deve crescer menos: 1,93% contra 3,1% em 2024. NOVOS MODELOS NACIONAIS De todo o modo a líder da BMW reafirma o compromisso recém-anunciado, de investir R$ 1,1 bilhão no período 20252028. Os recursos serão aplicados para a fabricação de novos produtos na fábrica de Araquari, SC, que acaba de completar dez anos de atividade. Mas antes mesmo deste aporte, ainda em 2024, será iniciada a montagem do primeiro híbrido plug- -in na América do Sul, uma versão do utilitário-esportivo X5. Maru Escobedo também se mostra confiante quanto às definições finais de regulamentações do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, ao longo do ano que vem: “Ainda faltam regulamentos e ajustes no regime, que estamos otimistas para serem concluídos em 2025. Quando todas as diretrizes estiverem claras e definidas será possível a confirmação dos investimentos previamente anunciados pelas empresas”. “ Ainda faltam regulamentos e ajustes no Mover, que estamos otimistas para serem concluídos em 2025. Quando todas as diretrizes estiverem claras e definidas será possível a confirmação dos investimentos.” Maru Escobedo, CEO BMW Group Brasil Mais: “Pelo número de empresas que aderiram ao programa é preciso ampliar os recursos do Mover para pesquisa e desenvolvimento para que seja possível garantir os créditos financeiros gerados. A definição do IPI Verde é outro ponto de grande expectativa”. Para além do Mover há vários outros pontos a serem esclarecidos, na visão da executiva, caso da negociação com a Argentina do ACE 14 e a redução a 2% do imposto de importação sobre componentes e sistemas classificados como ex-tarifários – sem produção equivalente no País. Outro aspecto que a executiva destaca é a regulamentação dos aportes no FNDIT, Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico, que poderá impulsionar ainda mais a pesquisa e desenvolvimento no setor. ATENÇÃO AO IMPOSTO SELETIVO Uma análise mais cuidadosa do panorama tributário é mais uma questão relevante, de acordo com Maru Escobedo, principalmente no que diz respeito ao imposto seletivo, que pode mexer muito com os preços dos veículos eletrificados. Para a presidente do Grupo BMW Brasil “vale frisar que o imposto seletivo tem dois objetivos: o de aumentar a carga tributária para desincentivar o consumo, mas pode também ser reduzido para incentivar”, diz a executiva. “Neste conceito entendemos que todas as tecnologias veiculares deveriam estar contidas no imposto seletivo, para que veículos eficientes, seguros e sustentáveis possam ter a carga tributária reduzida ou zerada”. Maru Escobedo propõe maior cuidado ao taxar elétricos: “Veículos eletrificados trazem mais tecnologias, eficiência energética, conectividade e segurança veicular. Entretanto têm maior potência, pela característica dos motores elétricos com torque imediato. Portanto a potência não deveria ser um critério punitivo [para os elétricos]. A definição dos parâmetros para o imposto seletivo deve levar em conta o longo prazo da transição energética e tecnológica”.

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