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62 Novembro 2024 | AutoData PERSPECTIVAS 2025 » FORNECEDORES embora exista a possibilidade de não haver repasse total ao consumidor final, facilitando o crédito. “Estamos prevendo que esteja próximo dos patamares de 2018, quando foram emplacados mais de 2,5 milhões de veículos, e de 2019, que atingiu mais de 2,7 milhões.” Nas exportações as de 450 mil veículos leves e pesados parece uma projeção factível, considerando o crescimento do mercado mexicano e queda em mercados importantes, projeta Delich: “Em 2024 as exportações de veículos enfrentaram alguns desafios, com queda significativa em comparação ao ano anterior. Dentre as principais causas estão as crises enfrentadas por parceiros comerciais como Argentina, Chile e Colômbia. Estes são países que têm sido mercados-chave para a indústria automotiva brasileira. Essa queda nas exportações refletiu também o aumento da concorrência internacional, principalmente de veículos chineses, que ganhou espaço em mercados da América Latina”. Na avaliação do presidente da ZF América do Sul as perspectivas de vendas externas dependerão da recuperação econômica dos mercados parceiros e de projetos de diversificação caso as montadoras brasileiras busquem aumentar suas exportações para outros destinos. Sobre a capacidade utilizada Delich estima que a indústria automotiva tenha uma ocupação de 55%: “Apesar da recuperação sustentável da produção e emplacamentos, verificada desde 2022, ainda levará muito tempo para que a capacidade utilizada chegue ao patamar verificado de 2010 a 2012”. Neste período o mercado produzia acima de 3 milhões de unidades/ano, com 75% da capacidade utilizada. BOSCH FOCA NO CRESCIMENTO A Bosch projeta bom crescimento nas vendas do ano que vem no Brasil, impulsionado pelo desempenho sólido em todos os segmentos em que atua. Ao mesmo tempo em que a volatilidade econômica pode representar desafios, o presidente da Robert Bosch América Latina, Gastón Diaz erez, afirma que a companhia está estrategicamente preparada para responder com agilidade, ajustando o foco e explorando novas oportunidades à medida que surgem com muita inovação. As principais preocupações para 2025 estão focadas em saber qual a extensão da oscilação mais acentuada da variação do real com relação ao dólar e ao euro, o comportamento da taxa de juros e o controle da inflação, assim como qual será o resultado primário do governo. “Uma das pautas das indústrias brasileiras com a Alemanha, por exemplo, é a negociação de um acordo para evitar a dupla tributação [ADT], com o objetivo de aumentar a segurança jurídica nos negócios e os investimentos e exportações, além de estimular a aquisição de tecnolo- “ Um ajuste no Mover [para aumentar incentivos a P&D] poderia oferecer mais segurança nas tomadas de decisão do setor, promovendo ambiente mais atraente para investimentos.” Gastón Diaz Perez, Bosch Divulgação/Bosch

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